segunda-feira, 30 de abril de 2007

Leg Godt


Os LEGOs foram, e são, para mim, o brinquedo por excelência.

Adorava os LEGOs. E ainda adoro!

Tenho muitos. Algumas das minhas caixas ou dos livrinhos de instruções de montagem mais antigos estão aqui mostrados, pois são brinquedos que têm um lugar muito especial "aqui dentro". Ou, como agora se diz, "fazem parte do meu imaginário"...

Pffff! Que baboseira! :)







Presto aqui a devida homenagem a alguns gajos completamente malucos, que se dedicaram a reunir em sites todas as caixas de LEGO que encontraram. Alguns até têm a lista das peças originais que vinham dentro das caixas, com as respectivas quantidades! :) Sem o contributo deles, este post viria quase sem imagens... Bem hajam!

Acho que os LEGOs são brinquedos excelentes para desenvolver o raciocínio, a capacidade de ver a três dimensões, a entender mecanismos. Mas, fundamentalmente, permitem dar asas à imaginação de cada um.

Começando por peças muito básicas, formavam-se caixas muito interessantes, pois conseguia-se criar objectos como carros, casas, motas, aviões, cidades, e mesmo comboios apenas com elementos muito simples.



Depois, como tudo na vida, os LEGOs foram evoluindo. Apareceram bonecos humanos articulados, as peças começaram a ser mais trabalhadas, surgiram vidros coloridos, rodas com pneus, "lagartas", peças "lisinhas", autocolantes, motores a pilhas, caixas com peças variadas e livros de ideias e sugestões, etc. Criaram várias linhas autónomas de LEGOs - cidades, combóios, cavaleiros, naves espaciais (e que é absolutamente fantástica!), modelos "técnicos", etc.



Mas, apesar desta evolução, a piada de os construir, desconstruir e reconstruir à nossa imagem, com outras ideias, estava lá. E julgo que ainda está.

Ainda me lembro de fazer a capa do Super-Homem em papel, ou o trenó do Luke Skywalker da Guerra das Estrelas, com as peças da altura, claro! Aqui está a versão que saiu muitos anos depois. Agora, imaginem as diferenças... :)


Hoje em dia, já há caixas temáticas de filmes, ou séries, numa clara tentativa de adaptação dos LEGOs ao mundo actual. E é giro ver o Harry Potter, o Homem-Aranha, ou mesmo o Batman (!) em LEGO.

Também no modelos mais avançados - os chamados Technic, cheios de peças articuladas, engrenagens, eixos, veios, rodas dentadas - houve evolução. Surgiram grandes carros, motas, helicópteros e outras construções avançadíssimas. E também algumas temáticas: as naves da Guerra das Estrelas (numa edição para coleccionadores), carros de Fórmula 1, etc.


Até a Ferrari se associou à LEGO, tendo aparecido modelos de carros que vão dos Duplo (dos 0 aos 3 anos) até aos Technic (mais de 9 e até aos 14 anos, dizem eles... :) ).


Também surgiram caixas com CDs, jogos de computador e uma linha absolutamente inovadora, chamada Mindstorms, que têm um autómato programável! Podem-se construir várias máquinas à volta desse aotómato, com sensores de som, de luz e de toque, por ex., depois liga-se o conjunto a um PC, programa-se o tal autómato e pimba!, o gajo mexe sozinho e reage às instruções.

Espectáculo!


Isto, para mim, parece-me ter sido uma atitude inteligente, pois ao associar as novíssimas tecnologias a um brinquedo com umas largas dezenas de anos - relembro que surgiu na Dinamarca, em 1932 - procura atrair uma clientela mais exigente. Será que tem sucesso?


Parece-me que dá para ver que a evolução da LEGO tem sido enorme. Mas a do nosso mundo também, não é?

É pena que, hoje em dia, se vejam menos LEGOs. Julgo, no entanto, que isso se verifica apenas neste nosso lindo país - que vai revelando, também aqui, uma incompreensível tendência terceiro-mundista - pois o site deles parece-me prosperar.

Chateia-me. A sério que me chateia. Mas lá estamos nós a voltar à mesma conversa...


Não digam a ninguém mas, mesmo passados estes anos todos, quando encontro um de que gosto, nem hesito. :)

Teria sido Sol a mais?...


Tem uma história relativamente original.

Um argumento cheio de "potencial", como se diz agora.

A nave é "à maneira". Lindíssima! Por dentro e, especialmente, por fora.

Os actores até vão "benzinho".

Os efeitos especiais são muito actuais e, por vezes, espectaculares!

Com isto tudo, como é que o nabo do argumentista (e eu chamo-lhe nabo para não lhe chamar outra coisa, que é o que ele merece!) conseguiu... ehh... como dizer, "mandar pró espaço" - passe a graçola - aquilo que seria um granda filme de Ficção Científica? Como é que é possível??

Até cerca de quê, meia hora?, do final, este "Sunshine" é espectacular! Tem acção q.b., decisões difíceis, incidentes, irreversibilidades, etc. Enfim, dentro deste género, estava a ser um filme a sério! Depois...Bem, depois vejam o que acontece.

Sem querer estragar o filme a quem o quer ver, digam-me depois o que pensam da forma escolhida para justificar a evolução dos acontecimentos, Ok?

Apesar de tudo, vale muito a pena irem espreitar o dito cujo! Afinal de contas, é um filme de Ficção Científica, o que, para quem gosta, é um facto digno de registo, tal tem sido a escassez recente...

Terceiro Mundo


Parece-me que as lojas da Valentim de Carvalho estão a falir. Tenho ido ultimamente à única loja que fica relativamente perto da minha casa - a do Centro Comercial de Alvalade - e aquilo está com um aspecto que é, no mínimo, deprimente. Pouca gente, bancas de livros no sítio onde, ainda não há muito tempo, apenas se vendiam DVD's, pouquíssima variedade de discos, etc.

Se não estão, bem... Parece mesmo! O que é uma pena. Comprei lá tantas coisas, ao longo de mais de vinte anos... Quando é assim, sinceramente, dá-me pena.

Não só por causa disso, mas também por causa disso, lembrei-me do Natal passado, e da dificuldade que tive em encontrar alguns discos na altura crítica - duas semanas antes da data propriamente dita.

Para já, acho mais próprio de um país subdesenvolvido, e não de um país que se quer (?) moderno, não haver outro sítio para se comprar "cultura" que não seja dentro de um centro comercial.

Depois, se não se encontrar um disco, ou um filme, na Fnac, ou na Worten, ou no Continente, ou no Carrefour, onde é que se encontra? Dificilmente se encontra. E porquê? Porque, pura e simplesmente, não há praticamente mais nenhum sítio onde se vendam esses produtos. Isto, para mim, é absolutamente incrível! ... Será que sou só eu que penso assim?

Há honrosas excepções, atenção! Mas são excepções... E, sinceramente, agora só me ocorre uma ou duas - como seja a "Trem Azul", loja de discos de jazz localizada na Rua do Alecrim.

Já no que toca a livrarias, o panorama, graças a Deus, é diferente. Mas, também, só faltava!...

Será que a maioria da malta não procura discos? Ou será que, hoje em dia, só se saca música da Net?

Nas grandes cidades europeias, há megastores de quase tudo, nas respectivas zonas comerciais - é verdade: zonas comerciais nessas cidades. Assim de repente, lembro-me das enormes lojas de discos em Londres, em Paris, em Milão - só para falar naquelas onde estive. Mas também as há em Madrid, em Bruxelas, em Roma, em tudo quanto é capital ou grande cidade europeia.

Mas, afinal de contas, Lisboa e Porto não são grandes cidades europeias? Ou, pelo menos, não aspiram a tal? Começo a achar que não...

Eu devo ser assim um bird, tipo ave rara, pois ainda gosto de comprar discos. Desculpem lá, mas é assim! Gosto de, quando se justifica, ter o livrinho com as letras das músicas, com os participantes, de ler as dedicatórias, etc. É verdade que já vão rareando os discos que o justificam, mas essa é outra história...

E a mesma coisa se passa em relação a outras coisas. Lembro-me, por exemplo, dos brinquedos.


Aqui há uns anos, compravam-se brinquedos na Baixa, nas Avenidas Novas, no Chiado, enfim, em quase tudo quanto era sítio com as tais zonas de comércio. E hoje em dia? Nos Toys 'R' Us. E no El Corte Inglés. E nos hipermercados...

É lindo, não é?

Já agora, se souberem de uma loja de discos "à antiga" que venda música clássica, por ex. digam-me. Eu agradeço. É que a Discoteca Roma também já faliu...

Outra coisa: alguém sabe onde é que se vendem LEGOs, actualmente? Mas vender "a sério!", com variedade. Não é tipo uma dúzia de caixas semi-abertas, na sua maioria com modelos das linhas Technic ou Star Wars...

Prepare for Glory!


Baseado numa banda desenhada do grande Frank Miller, "300" é a adaptação ao cinema de uma história verdadeira: a Batalha das Termópilas, que teve lugar cerca de quinhentos anos antes de Cristo, entre Persas e Espartanos.

Eram umas dezenas (ou centenas) de milhar de soldados persas, contra apenas cerca de três centenas (!) de guerreiros de Esparta - cidade-estado grega - liderados bravamente pelo seu Rei, Leónidas. Os Espartanos defenderam, até ao fim, a única passagem possível - um desfiladeiro - para que os Persas, liderados por Xerxes I, pudessem continuar a expandir os limites do seu vasto Império.



Tratando-se de um desfiladeiro, a vantagem estaria sempre do lado de quem o defende, contra quem o quer atravessar. Mas a diferença de soldados era enorme...

Só os superiores conhecimentos das tácticas de batalha dos Espartanos - povo guerreiro por excelência, cuja maior glória seria "morrer em combate por Esparta" - permitiu que essa esmagadora desvantagem numérica não se fizesse sentir senão ao fim de vários dias! E, mesmo assim, teve que haver uma traição para a coisa se desmoronar - um Espartano "imperfeito" que, por ter sido rejeitado, se quer vingar do seu povo, dando aos Persas a informação de uma passagem secreta para o outro lado do desfiladeiro, e recebendo em troca a sua integração nas fileiras persas.

É um filme sobre, entre outras coisas, uma batalha. Como tal, o sangue não pára de jorrar. Mas a fotografia é absolutamente fantástica! É muito dinâmico. Realça valores como a honra, a dignidade, e bravura, a valentia - que, neste caso, são um bocado levados ao extremo.



Por vezes, faz lembrar o "Gladiator". O que é bom, acho eu. De resto, é um filme graficamente parecido com o "Sin City" (que foi feito com base numa banda desenhada do mesmo Frank Miller) - actores reais em cenários como que animados. Parece que foi "colorizado".

Eles, os Espartanos, são apresentados como autênticas estátuas. E as suas mulheres, também. É uma referência à fama (julga-se que verdadeira...) que tinham por seleccionar apenas os melhores logo à nascença. Os mais capazes. Supostamente apenas "os perfeitos".



Parece-me, por vários motivos (por ex., vejam a caracterização dos Persas - tipo "porcos, feios e maus", ou as frases atiradas um pouco para o ar, em certas alturas), que a visão desta "realidade" é um bocado distorcida. Mas também, o Cinema é uma arte, não é?

Além disso, fica-se um bocado com a sensação de que eles eram assim meio (se não completamente, mesmo) passados. Mas isto também é a minha interpretação da coisa.

Não há assim muita "densidade" nas personagens, diga-se.

Aviso já: as senhoras vão, positivamente, "babar" com os Espartanos; já os homens, é com a mulher do Rei Leónidas (suspiro!), entre outras... mas depois vêem. Ou seja, ninguém se fica a rir. :)

Eu gostei. Se quiserem ir ver, preparem-se para umas cenas de batalha muito bem feitas!


Ah, e leiam também as críticas. Recomendo vivamente! :)

domingo, 29 de abril de 2007

Oportunidade perdida


Hoje foi dia "do" derby.

Peço desculpa aos meus amigos Portistas mas, para mim, e por mais que se fale no indiscutível domínio e actual grandeza do fêquêpê, "o" grande derby do futebol português é o Sporting - Benfica, ou o Benfica - Sporting.

Grande entrada do Sporting no jogo! Golão do Liedson! Linda cabeçada, respondendo a um espectacular centro do Abel. Aos dois minutos! Depois, sem saber como e após vinte minutos de domínio leonino, um tiraço do Miccoli e zás!, o empate. Injusto na altura.

A partir daí, o Sporting foi-se abaixo. Talvez por mérito do Benfica (acertos nas marcações?), mas não só.

Esperava mais do Moutinho (viu-se pouco). E do Nani e do Djaló (idem, idem, aspas, aspas). O Benfica subiu, equilibrou o jogo, mas... acho que foi mais o Sporting que piorou do que o Benfica que melhorou.

É de mim, ou o Benfica está de rastos? Houve vários jogadores que, a partir de determinada altura do jogo, não podiam, positivamente, "com uma gata pelo rabo"...

A determinada altura da segunda parte, ficou a sensação de que o jogo podia "cair" para qualquer um dos lados. E, no final, acho que o resultado se aceita. Mas, sinceramente, fiquei desiludido. Mesmo.

Ok, podem-me dizer que "sempre ficámos à frente na luta pelo segundo lugar" - o tal do acesso directo à Liga dos Campeões. E que "empatar na Luz não é mau". Mas acho que podíamos e devíamos ter feito mais, pois sabemo-lo e podemo-lo. E esta era uma boa oportunidade para tal.

Além de tudo o mais, não jogou o Simão Sabrosa...

Talvez seja o preço a pagar pelo tal "juventude" de praí metade da equipa... É pena. Acho que estes miúdos do Sporting mereciam mais.

Será que lhes falta experiência nestes jogos? Mas no Porto, estiveram bem... Garra têm. E querer também. Talvez não permanentemente. Mas têm-no! Agora a tal experiência... Isso vem com o tempo, apenas.

Parece-me que, este ano, isto vai mesmo pró Porto. Será o menos mau dos três grandes, no cômputo geral do Campeonato.

Mas algo me diz que o melhor é esperar e ficar até ao fim, para ver como é que isto vai acabar...

sábado, 28 de abril de 2007

Os Melhores


Pensem nos Melhores.

Vêem-nos logo (ou quase) à memória alguns daqueles que se destacaram nas suas actividades, sejam elas científicas, culturais, desportivas, laborais, etc.

Aqueles que "se vão da Lei da Morte libertando", como dizia o nosso Luís Vaz de Camões.

Na Música, e nomeadamente na Música Clássica, lembramo-nos de compositores como Beethoven, Bach, Brahms, Mozart, Schubert, Liszt, Mahler, Debussy, Ravel, Schumann, Vivaldi, Verdi, Wagner. Entre muitos outros.

Se pensarmos nos Maestros, temos Toscanini, Karajan, Abbado, Bohm, Metha, Sinopoli, Bernstein, Ozawa, Boulez.

Já nos intérpretes, depende: se pensarmos no Piano, lá vêm Rubinstein, Benedetti, Kempf, Serkin, Gilels, Cortot, Richter, Gulda, Ashkenazy, Pollini, Gould, Brendel, Baremboim, Argerich, Lupu, Perahia. E, por cá, também temos uns bons... :)

Se for no Violino, lembramo-nos de Heifetz, Milstein, Thibaud, Stern, David e Igor Oistrakh, Menuhin, Perlman, Mintz, Zuckerman, Kremer, Vengerov.

Já no Violoncelo, temos Casals, Suggia, Tortelier, Rostropovich, du Pré, Ma.

E atenção: estamos a pensar apenas nos mais recentes.

Estes são apenas alguns deles. Faltarão certamente muitos outros que só não menciono porque, pura e simplesmente, não me ocorreram enquanto estive aqui a escrever. Só por isso.

Graças aos meus Pais, tive a sorte de ouvir uma ínfima parte deles na Gulbenkian. Bem hajam também por isso! :)

Alguns foram (ou ainda são) extraordinários. Mas há, dentro de cada uma destas (ou de outras) listas, "o Top". Aqueles que, ou porque tocam vários instrumentos, ou porque também regem, ou porque também compõem, ou porque acumulam tudo isto, conseguem ver a coisa "de cima".

A esse "Top", pertence e continuará a pertencer um enorme violoncelista e maestro que, recentemente, nos deixou: Mstislav Rostropovich.


Considerado um dos maiores violoncelistas do Século XX, havia quem lhe chamasse, não há muito tempo, "o maior músico vivo". Estudou com Shostakovich e Prokofiev. Tocou com e regeu muitos dos outros atrás mencionados. E foram-lhe dedicadas peças escritas por alguns dos maiores compositores do Século XX, que conheceu e com quem chegou a trabalhar.


Quando algum destes vultos nos deixa, ficamos mais pobres. O que vale é que, neste nosso tempo, temos sempre discos e vídeos para o ouvirmos e revermos. Bem bom! :)

Se não conhecem, vão muito a tempo. Escutem-no.

Oiçam, por ex., as magníficas mas difíceis Suites para Violoncelo solo, de Bach (da EMI, por ex.). Ou o belo Concerto para Violoncelo, de Dvorak. Ou também o lindíssimo Triplo Concerto de Beethoven, com o David Oistrakh (Violino) e o Sviatoslav Richter (Piano), dirigidos pelo Herbert von Karajan, que rege a Berliner Philharmonic Orchestra (da EMI, também)- naquela que é considerada uma das melhores gravações de sempre desta peça.

Vão lá ouvi-lo, então. Depois, digam-me se não valeu a pena. :)


Nota: bastava colocar uma foto, não é? Que fosse assim mais representativa da sua actividade. Pois eu achei por bem pôr duas. Uma a preto e branco e outra a cores. É que, sabem, a Música Clássica não é nada "a preto e branco" - contrariamente ao que muita gente ainda possa pensar... :)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Tati, Jacques Tati


Revi recentemente "Mon Oncle", de Jacques Tati, realizado em 1959. Uma pérola.

Muito já foi dito deste e de outros filmes de Jacques Tati, por pessoas especialistas na matéria. Estas linhas são apenas uma opinião.

Juntamente com este, há mais quatro que são considerados um marco na filmografia deste cineasta francês: "Jour de Féte - Há Festa na Aldeia" (1949), "Les Vacances de Monsieur Hulot - As Férias do Senhor Hulot" (1953), "Playtime - Vida Moderna" (1967) e "Traffic - Sim, Senhor Hulot" (1971). São cinco obras superiores. Acreditem.

É (são!) um filme de pormenores. Crítico da evolução da sociedade contemporânea da altura, mas feitos com muita subtileza, sem (muita) agressividade, fazendo quase sempre o contraponto entre a modernidade reinante e o mundo mais tradicional, digamos - quase sempre encarnado pelo Sr. Hulot (o próprio Tati), personagem que raramente fala mas que não precisa de o fazer, tal é a expressividade empregue nas suas diversas acções/reacções (seja qual for a situação com que se depara).

A música que o(s) acompanha é fantástica - francesa, anos 50/60, instrumental. Todos os actores são deliciosos, e a sua direcção é meticulosa - entram como que "no tempo exacto", cada um com a sua "mensagem", seja ela falada ou meramente presencial.

Há em DVD um pack com todos menos o "Traffic". De vez em quando (é o caso...), são repostos normalmente no Nimas, ou no King. Este ainda lá está.

Só vos posso dizer o seguinte: vejam-no. Eu, apesar de já o ter visto, revi-o, e fi-lo com um sorriso nos lábios...

Qual Eva, qual carapuça!

Acho a Eva Longoria, das "Desperate Housewives", gira. Se calhar, até há quem a ache bonita, mesmo. Dentro daquele estilo, é talvez do melhor que tem aparecido, ultimamente.

Para mim, a Teri Hatcher mete-a num chinelo. Assim, sem esforço. Mas é que nem há a mínima dúvida...


Gira, (muito) charmosa, sexy, com uma "pinta" desgraçada, tem por vezes aquele ar meio desajeitado... Enfim, está a milhas das suas "vizinhas". Numa classe à parte, mesmo.


Depois de alguns anos a fazer a sua travessia do deserto, regressou. E em grande!

Eu acho bem.

Quem me conhece melhor sabe que nem sequer sou muito dado a "babanços" com actrizes e derivadas - talvez não haja muitas que o justifiquem... - mas com esta... :)

Juntemo-la, pois, num grupo com a Salma Hayek, a Rene Russo, a Michelle Pfeiffer, a Uma Thurman e, talvez, as duas Moore (Demi e Julianne). Só para falar nas mais actuais.

Assim de repente, parece-me bem. Não?

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Bai Naite

Para muita pena minha, nunca mais houve futebol à tarde. Era giro ver os jogos com luz do sol. Que saudades.

Agora q é tudo "bai naite", sai-se dos jogos muitas vezes já pró tardote, especialmente quando se trabalha no dia seguinte. Não é grave mas, às vezes, é chato. Chato porque se chega a casa sem a mínima vontade de ir prá cama... Mas, aqui, o mal deve ser meu.

Começo a achar é que quem vai à bola e não pára numa roulotte para comer uma bifanazita, acompanhada pela imperial da ordem, é como quem vai a Roma e não vê o Papa. E tenho dito!

Ando há anos a ir ao futebol e só agora é que me entreguei a este prazer.

Bem, mais vale tarde...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Clássico


Hoje, apanhei, na RTP Memória, um clássico: "An Affair to Remember". Com a Deborah Kerr e o Cary Grant.

Depois de se conhecerem e se apaixonarem num cruzeiro - estando ambos com casamento marcado - combinam um encontro no cimo do Empire State Building seis meses após o fim dessa viagem, dando tempo para refazerem as suas vidas e prepararem o feliz reencontro. Ela, Deborah Kerr, acaba por não comparecer, por causa de um acidente que a atira para uma cadeira de rodas. Mas não quer que ele, Cary Grant, saiba, pois teme que ele lhe queira pagar os tratamentos. Ele fica destroçado com a ausência, não entendendo o porquê.

Depois, o filme tem a sua evolução e um final à altura - quem quiser saber mais, que o veja. Há em DVD. :)

Esse tal reencontro falhado serve de mote a uma das cenas giras de uma outra comédia romântica com a Meg Ryan e o Tom Hanks - onde ele, viúvo recente, tem que educar um filho sozinho que resolve contar na Rádio (num programa de difusão nacional) que tem saudades da Mãe e que gostava que o Pai se casasse de novo, pois achava-o muito sozinho; e ela, em vias de se casar com um amigo de longa data, ouve-o e fica simultaneamente emocionada e curiosa em conhecer pai e filho, virando a sua vida do avesso para atingir esse fim.

Quem o viu, lembra-se certamente dessa cena e do paralelismo com este filme.



Na altura, tinha ficado com curiosidade em ver o primeiro (há dele excertos neste último). Foi hoje.

E é mesmo um verdadeiro "clássico": actores, direcção, música, a forma de contar uma história simples mas interessante, etc., etc. Um espectáculo!

Já não se fazem filmes assim. Era outro tempo. Outros actores. Outra forma de se fazer cinema.

Agora que penso nisso, rever os filmes clássicos devia ser obrigatório. Devia haver uma cadeira de Cinema Clássico, praí no Liceu.

Enfim... Excelente. E é também giro que, apesar das diferenças entre ambos, hoje também se fazem excelentes filmes.


Uma nota, apenas: deve ser só uma fase, esta das comédias românticas. Acho eu... Espero eu!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Frio

Já devem certamente ter reparado que há algumas pessoas que, quando vão de iPod (ou derivado) na rua, vão com uns "fones" assim tipo-XXXL. Daqueles que dantes se usavam em casa, ligados às aparelhagens, para ouvirmos música melhor, mais calmamente, sentados no sofá - lembram-se? Eu já vi, e não foram só um ou dois gajo(a)s.


Dentro do estilo, há outros, igualmente XL (mas só XL), que são bastante leves, e que se vêem mais.


Não consigo perceber porque é que aquilo se usa agora assim, na rua, expondo os donos a gamansos completamente evitáveis (parto do princípio que há quem game aquilo) e, acho eu, ao ridículo.

Parece-me que aqueles mais maneirinhos que os restantes 99,99% da malta usa até não são mauzitos de todo... E, para o efeito que se pretende, é o ideal. Julgo eu também.

Será que é por causa do frio?

Alpendre



Que saudades...

domingo, 15 de abril de 2007

Julia...


Hollywood, 22h. "Pretty Woman". Outra comédia romântica... E eu agarradinho ao ecrã! Estão a ver isto?

Acho que a coisa está a piorar...

Timmins e C.ª


Regressaram assim, de repente. Acho bem.

À primeira, pareceu-me bom. Vamos ver com a continuação.

Teatro dos Sonhos

Tacão,

Irmão, já deves saber, nesta altura. Eu, comum mortal, soube apenas há pouco. Coliseu do Porto, dia 20 de Junho.

Algo me diz que já deves ter encomendado a Edição Especial, não? :)


Aquele abraço!

Fado

À volta do adro,
Duas ou três casas
Os bancos vermelhos,

Ao meio uma cruz

Ali, num café

Ao lado da Igreja,

Dois homens parados

E uma linda luz.


Com a voz que me resta

Eu não vou poder cantar

Às coisas do mundo,

Não sei descrever,

Estou longe

São portas fechadas,

Segredos por revelar,

São coisas do mundo

Só se podem ver

Ao longe


Sim, estou convencido

Que isto é mesmo assim,

Que nunca se conta

O Bem que se vê,

E levo comigo,

Já sem aprender,

O que os olhos vêem,

E eu já não sei


Com a voz que me resta

Eu não vou poder cantar

Às coisas do mundo,

Não sei descrever,

Estou longe

São portas fechadas,

Segredos por revelar,

São coisas do mundo

Só se podem ver

Ao longe


Ao longe…

Soft


Desde há alguns anos que sou um incondicional adepto de um estilo de filmes mais… chamemos-lhe , vá lá, “soft”. Levezinhos. As comédias românticas.

Será grave, isto? Se calhar, é. Mas se for grave, então é muito grave, pois eu gosto mesmo muito do género! Há quem lhes chame “filmes de gaja”. Se calhar, estou pior do que imaginava…

Isto a propósito de mais um que vi hoje: “Music and Lyrics”, com a Drew Barrymore e o Hugh Grant.

Para começar, temos todos que agradecer o facto de a Drew Barrymore estar (aparentemente) recuperada da passagem pelo “lado negro” da vida (digo eu). E em bom tempo se recuperou porque, meus caros, há passagens neste filme em que ela está linda! Mas linda! Uma cara, uns olhos… Enfim. Ainda bem. É bom saber.

Depois, aquele jeito “desajeitado” do Hugh Grant não tem igual. Não tem. Ele, por onde quer que passe, quer se esforce muito ou pouco, é e sempre será (felizmente!) um “bife”. Mas um “bife” com estilo. Com dúvidas. Com hesitações. Receios. Mas igualmente com pinta. Com presença. É por isso que gosto do gajo.

Agora que estou a pensar nisso, gostei bastante de todos os filmes que vi em que ele entrou – não, não vi a Bridget Jones 2 e, cá entre nós, acho que fiz bem…

A história é, obviamente, levezinha – um ex-Pop Star estilo Anos 80, a viver de cantar velhos hits em festas para pequenas plateias de mulheres que o adoravam na sua adolescência, é contactado por uma superestrela da actualidade para lhe escrever em dois dias uma música, com quem a gravará e posteriormente cantará. Descobre uma letrista (uregentemente necessária, pois ele é apenas intérprete) na pessoa mais improvável – a rapariga que lhe rega provisoriamente as flores do apartamento (!), e que é substituta temporária da “original”, ausente.

O filme prende. Tem piada. Vê-se com um sorriso (quase) do princípio ao fim. E dispõe bem. Não é certamente uma obra-prima. Mas será que tinha que o ser?

É óbvio que, quando se vai ao cinema, vai-se por dois motivos principais, quanto a mim: distracção (ou “entretenimento”, se quiserem) e “enriquecimento”. E se há filmes que caem exclusivamente apenas numa destas duas categorias, outros há que conseguem abranger ambas. Estes são aqueles que ficam marcados na nossa memória como “as nossas” obras-primas. Podem não agradar a todos, mas isso também é muito difícil…

Dentro deste género, lembro-me do “Sleepless in Seattle” (é excelente do princípio ao fim), do “French Kiss” (idem, aspas), do “Notting Hill” (um bálsamo – uma grande dupla numa grande cidade), do “My Best Friend’s wedding” (excelente Julia Roberts), do “Four Weddings and a Funeral” (espectáculo!), do “Bridget Jones’ Diary” (com um excelentemente contido Colin Firth, o eterno Mr. Darcy de “Pride and Predjudice”), do “About a Boy” (mais um à medida do Hugh Grant), do “You’ve Got E-mail” (que tem um final muito apressado e mauzinho), do “How to Lose a Guy in Ten Days” (Matthew McConnaughy e Kate Hudson muito dinâmicos), do “Laws of Attraction” (novamente com dois actores em grande, Julianne Moore e Pierce Brosnan), só para mencionar alguns dos mais recentes, e dos quais gostei muitíssimo.

As histórias, algumas, são muito fraquinhas. Mas os actores, normalmente, são excelentes, as músicas (ligeiras, algumas são verdadeiramente “da história da Música”) ficam quase sempre bem, e são filmes que acabam bem. Acabam bem.

Já agora, há alguma coisa contra um filme que acabe bem? Digam-me!

Estes filmes são positivos. Dispõem bem, como já disse do filme de hoje.

Eu acho que isto também é “cinema”. Não é preciso ser um filme negro, ou sangrento, ou violento, ou acabar mal, ou ser feito por “amigos da côr”, ou ser de autêntica “militância política” (estamos em “terreno escorregadio”, agora…) para ser considerado “cinema”. Ou será que é?

Acho que já vi muito “cinema”. Alguns dos filmes fundamentais nunca vi. Mas vi muitos “dos outros”. Alguns violentos, outros sangrentos, outros que acabam mal, outros “militantes”. Sem querer ser pretensioso – é coisa que nunca fui, felizmente – vejo que os meus filmes favoritos passam por várias décadas (estão quase todos aqui):

“Casablanca”, Michael Curtiz, 1942;
“It’s a Wonderful Life”, Frank Capra, 1946;
“The Quiet Man”, John Ford, 1952;
“Rio Bravo”, Howard Hawks, 1959;
“The Man who shot Liberty Valance”, John Ford, 1962;
“My Fair Lady”, George Cukor, 1964;
“El Dorado”, Howard Hawks, 1966;
“Bullitt”, Peter Yates, 1968;
“The Godfather”, Francis Ford Coppola, 1972;
“Star Wars”, George Lucas, 1977;
“Apocalypse Now”, Francis Ford Coppola, 1979;
“Alien”, Ridley Scott, 1979;
“Raiders of the Lost Ark”, Steven Spielberg, 1981;
“Blade Runner”, Ridley Scott, 1982;
“E.T.”, Steven Spielberg, 1982;
“Rumble Fish”, Francis Ford Coppola, 1983;
“The Big Chill”, Lawrence Kasdam, 1983;
“War Games”, John Badham, 1983;
“Amadeus”, Milos Forman, 1984;
“Out of Africa”, Sydney Polack, 1985;
“Silverado”; Lawrence kasdan, 1985;
“Always”, Steven Spielberg, 1989;
“The Abyss”, James Cameron, 1989;
“Grand Canyon”, Lawrence Kasdan, 1991;
“Schindler’s List”, Steven Spielberg, 1993;
“The Bridges of Madison County”, Clint Eastwood, 1995;
“The Usual Suspects”, Bryan Singer, 1995;
“Contact”, Robert Zemeckis, 1997;
“Saving Private Ryan”, Steven Spielberg, 1998;
“Castaway”, Robert Zemeckis, 2000;
“Gladiator”, Ridley Scott, 2000;
“Minority Report”, Steven Spielberg, 2002;

Estes e outros são filmes de que muitos gostaram e eu não sou excepção.

Géneros dos filmes acima mencionados? São vários. Talvez também por causa disto, desta lista e da sua variedade, reservo-me o direito de gostar das tais comédias românticas - um género por vezes mal-amado por uma certa crítica pseudo-intelectualóide que, sinceramente, me irrita e que, como sabemos, normalmente “move-se” por motivos que pouco ou nada tem a ver com cinema. Mas isso é outra história.

Ou seja, venham mais Drew's e Hugh's e outros do género - eu agradeço!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Nova Ordem

Para mim, são 'o meu grupo'.

Perto, só ficam os U2.

Quem fez estes álbuns (fizeram mais, até, mas, para mim, bastava estes...) só pode ter sido tocado pela mão de Deus. :)


"Movement" (1981). O primeiro. Vem na ressaca da morte de Ian Curtis que, cerca de quatro anos antes, com Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris tinha fundado os seminais Joy Division. Entra a teclista Gillian Gilbert, que lhes começa a trazer uma nova sonoridade. Escuro, mas excelente.

Guitarras e baixo que marcaram um certo estilo de música - chamemos-lhe pop electrónica alternativa, sem qualquer espécie de pretensão - que se fez daqui para a frente.


"Power, Corruption and Lies" (1983). Uma pérola. Heterogéneo - dançável, calmo, dançável, guitarradas, dançável, etc. Uma montra da sua criatividade.

Sumner mais seguro, talvez afirmativo, da sua voz. O baixo é único. Escrevo de novo: único. Ninguém ainda o tinha tocado assim.


"Low-Life" (1985). Sintetizadores a emergirem ainda mais, mas num casamento como ainda não deve ter havido outro com a guitarra, o baixo e a bateria.


Mais tarde, "Technique" (1989). Fase de ganzas/zangas. Gravado em Ibiza. Também por isso, música incrivelmente dançável, talvez como nunca deve ter sido reunida num único álbum. Quase sempre melodiosa, sob a forma de canções.


Antes, "Substance" (1987). 'A Mãe de Todas as Colectâneas'. Doze músicas que espero ouvir até ao final dos meus dias. Não é preciso dizer mais nada.

Capas, todas, de Peter Saville. O designer que as criou para a editora do grupo até 1989, a mítica Factory, da sua Manchester.

Oiçam-nos. E depois, voltem a ouvi-los. A partir daí, acho que deve ser difícil parar.

Já era de prever que eles fizessem mossa. Tinham-no começado em 1977. Mas isso fica para outro post.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

UnI

Independentemente (não, não era uma piada...) de todas as histórias que rodeiam esta confusão pouco socrática, pareceu-me acima de tudo muito triste que um Primeiro-Ministro tenha que vir para a televisão provar (?) todas as habilitações literárias que possui, desde o ISEC à Independente.

Volto a dizer, independentemente de todos os aspectos mais sérios e mais folclóricos desta molhada. Que os há. Os folclóricos, sinceramente, dispenso. Já os mais sérios, talvez fiquem para mais tarde.

Mas que raio de país é este em que o Primeiro-Ministro tem que (ou quer) vir a público defender-se dessas acusações desta forma?

Será que não era suficiente passar toda essa documentação através de um comunicado à imprensa, ou coisa que o valha, do Gabinete de Imprensa do Primeiro-Ministro?

Onde descreveria toda a situação, por forma a defender-se das acusações... Até podia ser lido pelo próprio, sei lá! Olha, por ex., numa conferência de imprensa. E ainda digo mais: sem perguntas - até isso parece-me que seria minimamente aceitável. Desde que fossem fornecidas cópias dos documentos...

Quem não deve, não teme, não é?

Será que é preciso fazer um show em prime-time? Eu cá preferiria um CSI, ou um Dr. House ou, claro, um JAGzito...! :)

E só não falo do Thirtysomething ou do Once and Again porque já acabaram...

Ou será que isto faz parte de alguma técnica comunicacional?

PS: Há uns dois anos, a isto chamava-se "trapalhada". Que nome lhe darão agora? :)

The name is Cabo, NetCabo

Os posts abaixo estiveram em banho-maria durante quase vinte e quatro horas. E porquê? Porque a NetCabo deve estar sobrecarregada nesta minha zona e, como sempre acontece nestes casos, não se "entra na Net". Lindo. Estamos em 2007.

Confesso que não percebo. Tantos clientes, Powerboxes e não têm um serviço de suporte digital de Internet à medida? É que parece que não sou só eu quem se queixa, apesar de ter muitos conhecidos sem motivos para tal - também tem que ser dito que não moram em Lisboa-Cidade.

Dir-me-ão alguns: privilegiado! Mora em Lisboa e ainda se queixa! Ao que eu respondo: Bah! Isso não é razão para não ter a mesma qualidade (?) dos restantes clientes.

Já foi um filme conseguir configurar este acesso aqui para o meu excelente Mac - aqui, desculpem-me, mas eu derreto-me completamente: o meu Mac não tem igual, ainda. Um PowerBook lindíssimo (que já teve a sua evolução natural, digamos). Acreditem. Mas adiante.

Será que vou ter que me aborrecer novamente para que esta coisa melhore? Da outra vez, a da configuração, tive sorte e apanhei uma senhora na Assistência Técnica muito solicita e simpática que, com maior ou menor dificuldade, lá me conseguiu ajudar nessa tarefa ciclópica!

Isto das minorias tem destas dificuldades... E estou à vontade para dizer tudo isto pois, como já deu para perceber, não tenho quota nesta empresa.

Mas digam-me lá: isto não devia passar de meros pormenores técnicos para um simples e-escriba amador?

Fado Luso

“Portugal – Um Retrato Social”. Ontem à noite, no Canal 1 da RTP.

Apesar do tom negro, por vezes deprimente, da realidade que o Prof. António Barreto nos mostra, acho que vale muito a pena ver este documentário. É uma análise do nosso povo, focando assuntos tão diversos como a vida do dia-a-dia, a terceira idade, e outros que ainda veremos, apresentados em sete programas feitos para que nos conheçamos melhor. Só por isso, já vale a pena.

Até a música (Rodrigo Leão) é boa. Mas isso já era de esperar.

É igualmente muito interessante comparar as épocas, e a evolução da nosa sociedade – vai desde o tempo do Antigo Regime, passa pelo pós-25 de Abril, pelos anos 80 e 90, e termina na actualidade. Se há diferenças absolutamente chocantes, também há algumas semelhanças. E isso também é outra das coisas surpreendentes.

Acho demasiado triste o tom geral dos programas, sinceramente. Falta disto, falta daquilo, excesso de aqueloutro, corrupção, compadrio... Podem-me dizer que é a realidade. Aceito. Mas continuo a achar que talvez fosse mais positivo dar um tom mais leve, mais esperançoso, a tudo aquilo que este grande comunicador

parecido, só o Prof. José Hermano Saraiva que, para mim, está noutra divisão...

encontrou e registou. Quanto mais não seja, para dar algum alento às gerações futuras.

Ou será que já não temos salvação?

Indochina revisited


Baseado no livro homónimo de Sommerset Maugham, conta-nos a história de um médico investigador inglês, Walter (Edward Norton) que se casa com uma rapariga de classe média-alta, Kitty (Naomi Watts), ambos em início de vida adulta. Após o casamento, embarcam para a China colonial, onde ele é colocado a exercer a sua profissão.

A relação amorosa é de “sentido único”, à partida: Walter apaixona-se por Kitty, mas ela encara-a como um meio de sair debaixo da alçada dos pais (especialmente da Mãe). A devoção de Walter à investigação e consequente afastamento da mulher deteriora a relação entre eles, ao ponto de Kitty, que nunca gostou verdadeiramente do marido, o trair. Quando Walter descobre, para se vingar aceita uma colocação numa aldeia recôndita do interior, numa zona altamente fustigada pela cólera, levando Kitty com ele - ou ia, ou aceitava um divórcio que nada lhe(s) traria de bom.

Interpretações muito boas, paisagens belíssimas (lembram-se do "Indochina"?), uma fotografia muito interessante, música inspirada. A história é bem contada, e a sua evolução prende durante todo o filme. É um filme do “tipo inglês”, o que, só por si, já (ainda) é um bom cartão de visita.

Experimentem. Acho que vai valer a pena!

terça-feira, 10 de abril de 2007

Rearviewmirror


Passei a década de Noventa a adorar os Pearl Jam. Tenho os discos (quase) todos deles, dessa época – os “piratas”, como dantes se dizia, é que não, mas isso deve ser virtualmente impossível, tal a quantidade e variedade de gravações que deve haver. E também os vi num concerto fantástico no Estádio do Restelo.

No outro dia, fiz (mais) uma lista dos discos tipo-que-levaria-para-uma-ilha-deserta. Só lá estava o “Ten”: "Even Flow", "Alive", "Jeremy", "Black", "Porch", "Release". Todas músicas fantásticas! Deve ser, certamente, dos melhores discos de estreia dessa década. Mas foi por pouco que coube na lista...

Entretanto, houve, talvez, um regresso às origens. Voltei a ouvir os Marillion, os James, os Supertramp, os Waterboys, os Cure, os Smiths, os Simple Minds. E os Depeche Mode como que ressuscitaram, e fizeram dos melhores discos da sua carreira. Voltei a ouvir muita Música Clássica. Ah, e descobri o Jazz - é um mundo, digo-vos, e que mundo!

Os PJ entraram naquele rame-rame do som-mais-soft-e-politicamente-correcto, que tanto me irrita neles e em todos os outros. Nunca mais se ouviram as guitarras como no princípio, o Vedder ‘tá mais contido, vocalmente falando. E músicas assim mais conhecidas deles desde há uns dez anos? Nem uma. Houve, e há, certamente momentos altos em qualquer um dos álbuns mais recentes, mas… Talvez por isso só sobrem o “Ten”, o “Vs.” (o segundo álbum) e pouco mais, na lista das boas recordações. Nem comprei este último. E eu sou daqueles que (ainda) compra CD's.

É engraçado ver a evolução nos nossos gostos, ao longo do tempo. E também ver que é esse tempo que faz o filtro, que se encarrega de mostrar o que realmente nos interessa, aquilo que, para nós, tem efectivamente qualidade (agora, a “qualidade” é que varia de pessoa para pessoa, mas isso…).

Se repararem, algumas das coisas de que gostávamos há alguns anos, agora quase que dão vontade de rir. Pensem em séries de televisão, pensem em música, em filmes, etc.

As fases por que passamos na nossa vida também têm associadas certos gostos, seja pelas épocas, pelas amizades, etc. E quando passamos para outra fase, lá podem mudar esses gostos.

Se calhar, daqui a algum tempo, estou de novo a adorá-los. Será?

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Meio segundo


Foi "O Maior". Chamava-se Ayrton Senna da Silva.

Dele dizia o Domingos Piedade que, nos treinos de qualificação, o seu pé direito 'tirava' meio segundo ao melhor tempo dos adversários.

A sua primeira vitória foi aqui no Estoril, no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, em 1985, ao volante do Lotus mais bonito que a Fórmula 1 alguma vez viu - o John Player Special, preto - , e numa pista completamente molhada devido à chuva intensa que caiu nesse Domingo. Era aí que ele mostrava todo o seu virtuosismo.

No ano anterior, em Monte Carlo, no Grande Prémio do Mónaco, na altura ainda ao volante de um Toleman, deu um verdadeiro recital de condução à chuva, que o tornou célebre.


Terminou em segundo lugar, numa altura em que a corrida foi polemicamente terminada antes do final por 'razões de segurança', pelo director da corrida. Nessa altura, vinha em franca recuperação, a ganhar vários segundos por volta ao líder da corrida e, mais tarde, vencedor, o francês Alain Prost.

Foi três vezes Campeão do Mundo. E ficou próximo mais umas quantas.

Como qualquer grande piloto, tinha um feitio 'difícil', digamos, que lhe trouxe alguns inimigos. Mas era um Mestre na condução e, com isso, criou uma legião de admiradores pelo mundo fora.

Lembro-me que, quando morreu, em 1994, claques adversárias de futebol começaram a gritar e a aplaudir, em conjunto e em uníssono, "É Campeão! É Campeão", durante os jogos desse Domingo no seu Brasil natal. Nunca se tinha visto nada assim.

Na Fórmula 1, só vi um piloto parecido com ele - o igualmente lendário Gilles Villeneuve. Mas lembro-me mal, pois era muito miúdo nessa altura. Quis a Vida que também ele, Villeneuve, não vivesse muito tempo.

Se se pudessem comparar modalidades, e pegando nas corridas de Motas, das quais também sou adepto (mas só das corridas), em destreza equiparo-o a dois outros 'grandes' que vi correr: o fantástico Kevin Schwantz - lembram-se das travagens da sua Suzuki Lucky Strike '34' em derrapagem controlada, a cento e tal kilómetros por hora? - e a 'Il Dottore', Valentino Rossi.

Gostava de ter visto corridas com os dois, mas tal nunca pôde acontecer. Devia dar faísca, na certa. Mas também deveria ser um espectáculo único!

Talvez agora andem a lutar pelas vitórias, noutro Campeonato qualquer, onde quer que estejam...

Quero crer que sim.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Bicaense

Fica já ali, no princípio da descida do Elevador da Bica, junto ao Largo do Calhariz. Um lugar muito normal, que parece “estar a dar”. Têm boas caipirinhas/oskas, boas tostas, uns cálices de Porto mais bem servidos do que muitas Coca-Colas que conheço, excelente atendimento e muita gente (talvez até gente a mais, mas isso…) para o espaço em questão, que nem sequer é pequeno! Tem uma sala principal, com poucas mesas e uns bancos de pé alto junto ao balcão (é uma mercearia antiga, recuperada), que liga a uma segunda sala, sensivelmente com a mesma área, mais escura, onde há frequentemente Jazz ao vivo e DJ’s.

Ideia pioneira tiveram os donos quando colocaram um PC AT (ou será XT?) – que funciona, atenção! – com o Tetris, O Prince Of Persia, o Pac-Man e outras raridades do século passado, para diversão ocasional de qualquer frequentador, esteja ele(a) à espera de alguém, ou não. O monitor é que é monocromático (âmbar, parece-me), mas também… o que é que esperavam?

Pára lá malta mais para os vinte e tais, trintas, de todo o tipo. Tem uma “vizinhança” à altura, com outros barezinhos/restaurantes semelhantes, a não mais de dez, quinze metros de distância. O Bairro Alto fica uma centena de metros acima.

Conversa-se principalmente na rua, em pé, de copo na mão. "À lá Bairro Alto", portanto. Lá dentro, é mais difícil arranjar poiso sentado. Mas tentar não custa...

Por volta da uma da manhã, o cruzamento onde se situa já ´tá a rebentar pelas costuras, e só as habituais passagens da recolha de lixo conseguem abrir uma brecha – temporária… – na fiel clientela.

É bom para espairecer. Para conversar. Consegue-se fazê-lo sem ter que gritar, o que, nos dias que correm, é um cartão de visita assinalável (parecido, só no Bairro). De lá, parte-se para outras paragens. Ou não. :)


Aviso já que, contrariamente ao que possa eventualmente parecer, não tenho quota nenhuma no dito cujo...

Tempo

A evolução do tempo "livre" desde que nos lembramos:

Pré-primária e Primária - manhãs/tardes inteiras para brincar.
Liceu - manhãs/tardes e noites para ler, ouvir, estudar e conviver.
Universidade - períodos de borga e períodos de "clausura".
Trabalho - as noites.

Sobram os fins-de-semana (comuns a qualquer uma destas etapas).

Algo me diz que esta evolução não nos é muito favorável... Será que também é por causa disto que não me consigo deitar mais cedo? :)

É de mim, ou falta-nos permanentemente tempo para tudo aquilo que precisamos de fazer e também para tudo aquilo que queremos fazer?

Acho mal.

Brava Dança


Acabei de viajar no tempo. Literalmente.

Há uma (julgo que de entre muitas...) coisa que eu tenho em comum com um certo amigo, e da qual ambos não só não abrimos mão, como até cultivamos: as saudades da nossa adolescência. Tem coisas boas, e talvez tenha coisas más. Mas como eu me considero uma pessoa positiva, que encara o futuro com optimismo, quando olho para trás tiro partido dessas memórias e navego esta onda revivalista que agora reina.

Mas adiante.

Há pouco, dei de caras na Fnac com o já lançado "Amor", uma (mais uma) colectânea dos Heróis do Mar - para mim, talvez a melhor banda portuguesa. Como já tenho uma da Antena 3, lançada há um par de anos, pensei: "mais do mesmo". E foi quando estava a ver o alinhamento, que a Máquina do Tempo arrancou, e só parou em 1986: "Fado"! Era o "Fado"!! Umas linhas abaixo, outro salto: "Café", para 1989. Lindo!!!

Estas - e outras! - músicas andavam arredadas das prateleiras, pois o "Macau" e o "Heróis do Mar IV" julgo estarem "descatalogados", como se diz agora. Mas acabaram por ficar aqui na minha cabeça, de onde nunca saíram. E hoje regressaram.

Comecei a relembrar o meu 10º ano, na melhor turma que tive, "a milhas" - a Turma de Artes Visuais, no 10º e 11º anos, no Liceu Rainha D. Leonor, que vai merecer um post -, e depois o meu 12º ano, de marranço pré-universitário (comecei com um auspicioso 7 a Física!), numa turma um bocado fria, estranha,

Mas também... sofreu, sem ter culpa nenhuma disso, e perdeu, numa comparação inevitável com "a" tal Turma...

mas com duas ou três pessoas que me marcaram imenso.

E lá me lembrei das futeboladas no Liceu, das paixonetas, das idas ao snooker, de grandes cinemadas, das jantaradas de pifos e de grande camaradagem, das férias como nunca mais tive, de croissants com chocolate, das idas às praias da Costa da Caparica sem trânsito (é verdade!), dos primeiros concertos,

Alguém viu os Durutti Column, na Aula Magna, em '85? Foi a minha estreia. Levei um gravador tipo-Spectrum escondido, para "gravar o concerto". Ficou um espectáculo... :))

descobri e comecei a gostar dos U2, dos Waterboys, dos Dire Straits, dos New Order, dos Simple Minds, dos tais Durutti Column, do Bruce Springsteen, dos Van Halen, do Bryan Adams, dos Marillion, dos Supertramp, enfim...

Estávamos nos Gloriosos Anos 80, numa altura de grande mudança no país, de grande criatividade, de crescimento em muitas frentes. Mas isto é assunto, se calhar, para mais uns posts. :)

Quem não conhece os Heróis (mas há quem não conheça?), recomendo vivamente: são Canções Portuguesas originais, feitas numa altura em que já não se tinha medo de cantar em Português (vejam os Jáfumega, Trovante, Xutos, Delfins, Sétima Legião, Madredeus, Pop Dell'Arte, GNR, Ban, Mler Ife Dada, etc.). São melodiosas, simples. Muitas a puxar para a cantoria. Experimentem!

Quem conhece, "já sabe do que é que eu estou a falar"... :)

Regresso a 2007. O que é que ouvimos de jeito, em português de Portugal, agora? ... Bem, se calhar, é melhor não pensar muito nisso. Pelo menos agora. Ou então, o mal é meu.

Olha, vou prá número 3: "Paixão". :)

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Irrita-me...

Alvalade XXI. Sporting - Beira-Mar, 19h45m.

Que raio de hora para se fazer um jogo do Campeonato! Porque será que em qualquer país civilizado se joga ao fim-de-semana, à tarde (em Inglaterra, até se joga de manhã...), menos neste "jardim à beira-mar plantado"? Que saudades desses tempos...

Uma dúvida do tal "treinador de bancada" aqui radicado (quem souber, faça favor):

- porque é que o Sporting tem apenas uns quinze a vinte minutos de brilhantismo por jogo? E passa os outros setenta a trocar a bolinha ali no meio-campo, a jogar para trás e pró lado?

Nem o Benfica, nem o Porto (para mencionar apenas os "grandes" lusos) jogam assim! Irrita-me!!! Ando a pagar para ver FUTEBOL durante noventa minutos!

Dir-me-ão que é "falta de consistência", ou "falta de maturidade", ou é "da juventude da equipa"... Não aceito! Se sabem jogam excelentemente - repito, excelentemente! - durante certos períodos do jogo, porque é que não correm (sim, porque julgo tratar-se basicamente disso, de correr, ou melhor, da falta disso!) durante o jogo todo? Jogadores pagos a peso de ouro...

É por isso que dá gosto ver os jogos do Futebol Inglês - assim mesmo, com letras maiúsculas. Futebol a sério. Noventa e tal minutos a correr, em todos os campos. Todas as semanas. Várias vezes por semana! Chelsea, Man United, Liverpool, Arsenal, Tottenham, Aston Villa, Fulham, Everton, Middlesbrough... Até nisso os Ingleses são diferentes.

Pena é que seja só na SportTV. Mas isso merece outro post.


(Aproveito esta ocasião para fazer uma vénia ao meu querido Pitx, a quem tenho o prazer de chamar Irmão, que reencontrei após anos de afastamento a que a vida nos votou - aquela manhã de Segunda-feira em que descobri o Pipáterra, via-Capristano, foi 'o' momento marcante do meu ano passado; acreditas?... - , e que é um admirador incondicional do Campeonato Inglês. Aquele abraço!)

Los Angeles, 2019


'Replicants are like any other machines - they're either a benefit or a hazard. If they're a benefit, it's not my problem'.

O melhor filme de ficção-científica de sempre. '2001' e 'Alien' incluídos. Mas assim a milhas.

Faz vinte e cinco anos, este ano.

Consta que está para sair uma 'versão final' do realizador Ridley Scott (denominada de 'Final Cut'), que irá para os cinemas ainda este ano. E que, depois, sairá uma Edição Especial em DVD com quatro discos (!), que incluirá a versão original - a de 1982, - a versão 'Director's Cut', a tal nova versão 'Final Cut' e mais um disco de extras.

Eu acho bem. E também acho que já vem muito atrasado...

domingo, 1 de abril de 2007

Intelligence



Um filme de espionagem como não se via há muito tempo.

História(s) da CIA. Antes e depois da sua formação. Recrutamento de agentes. Episódios da Segunda Guerra Mundial passados em Londres e Berlim. O início da Guerra Fria. As movimentações da espionagem e contra-espionagem nos Anos 50. A ascensão de Fidel Castro em Cuba. A recriação do episódio da 'Baía dos Porcos'.

Um 'cast' de luxo - Matt Damon, Angelina Jolie, John Turturro, William Hurt, Robert de Niro (que também realiza!), Alec Baldwin, Joe Pesci, Timothy Hutton, etc., etc. . Fotografia excelente. Recriação histórica muito bem feita. História a pedir muita atenção, com muitos flashbacks. Interessantíssimo. Embora me tenha parecido, por vezes, um pouco parado. Mas como o Quarteto está um bocado em baixo, desde a projecção ao som (mas as cadeiras da sala 2, atenção, são muito boas!), não sei se será só de mim...

Para quem gosta do género, um 'must'!

Justiça

Na primeira volta do Campeonato, no Porto-Benfica, o Katsouranis 'arrancou positivamente pela raíz' o Anderson, numa entrada inadmissível. Como, de resto, temos visto outras por esse Campeonato fora, embora sem as consequências dessa. O João Moutinho será, provavelmente, 'o' alvo preferencial.

Como resultado, o Anderson lesionou-se com gravidade, e passa quase meio ano lesionado, com prejuízo claro do Porto. Na altura, nada de significativo (ou mesmo nada, sequer - não sei) foi feito disciplinarmente ao grego, que foi 'pedra decisiva' no Benfica durante toda a época, apenas atrás do Sabrosa.

Tenho para mim que, nestes casos, quando um jogador se lesiona por acção de outro (e não me venham dizer que o Katsouranis não teve intenção...), enquanto o lesionado não regressar à actividade - demore o tempo que demorar - o prevaricador não poderá jogar. Assim, sem mais. O meu querido avô Abel, que jogou futebol e me ensinou a ver o jogo e muito do pouco que sei, decerto que pensaria o mesmo.

(Julgo que, em tempos, já houve jogadores castigados nestes moldes...)

Talvez isto contribuísse para erradicar as entradas criminosas (disse bem - criminosas) que se vão vendo no nosso Campeonato. Afinal, o Futebol é para ser jogado construtivamente, pela positiva, para construir e concluir. Ou não?

Empatas

Bom jogo, hoje à noite, na Luz. Não um grande jogo. Apenas um bom jogo.

Domínio total do Porto na primeira parte. Bom golo do Pepe, mas pareceu haver alguma descontracção a mais na desfesa do Benfica. Invertem-se os papéis na segunda parte. Sorte do Benfica com o auto-golo do Lucho.
Julgo que, pelo número de oportunidades criadas, talvez o Porto merecesse ganhar. Já pelo domínio no conjunto das duas partes, o Benfica não merecia perder.

Várias ausências. Lucho, Katsouranis, Simão e Quaresma (especialmente destes dois últimos). Os verdadeiros, pelo menos... Alguém os viu? Estiveram uns furos abaixo do que seria de esperar. Não me venham agora dizer que é das Selecções...

Destacaram-se o Leo, o André Luís, o Karagounis, os defesas do Porto e o Helton. Boa entrada do Rui Costa, também. Decisiva no 'crescendo' até ao empate.

Foi o melhor resultado possível. Vamos ver amanhã, com o Beira-Mar. :)

(É de mim, ou este Campeonato ainda vai dar que falar? Pode ser que me engane...)