segunda-feira, 30 de abril de 2007

Prepare for Glory!


Baseado numa banda desenhada do grande Frank Miller, "300" é a adaptação ao cinema de uma história verdadeira: a Batalha das Termópilas, que teve lugar cerca de quinhentos anos antes de Cristo, entre Persas e Espartanos.

Eram umas dezenas (ou centenas) de milhar de soldados persas, contra apenas cerca de três centenas (!) de guerreiros de Esparta - cidade-estado grega - liderados bravamente pelo seu Rei, Leónidas. Os Espartanos defenderam, até ao fim, a única passagem possível - um desfiladeiro - para que os Persas, liderados por Xerxes I, pudessem continuar a expandir os limites do seu vasto Império.



Tratando-se de um desfiladeiro, a vantagem estaria sempre do lado de quem o defende, contra quem o quer atravessar. Mas a diferença de soldados era enorme...

Só os superiores conhecimentos das tácticas de batalha dos Espartanos - povo guerreiro por excelência, cuja maior glória seria "morrer em combate por Esparta" - permitiu que essa esmagadora desvantagem numérica não se fizesse sentir senão ao fim de vários dias! E, mesmo assim, teve que haver uma traição para a coisa se desmoronar - um Espartano "imperfeito" que, por ter sido rejeitado, se quer vingar do seu povo, dando aos Persas a informação de uma passagem secreta para o outro lado do desfiladeiro, e recebendo em troca a sua integração nas fileiras persas.

É um filme sobre, entre outras coisas, uma batalha. Como tal, o sangue não pára de jorrar. Mas a fotografia é absolutamente fantástica! É muito dinâmico. Realça valores como a honra, a dignidade, e bravura, a valentia - que, neste caso, são um bocado levados ao extremo.



Por vezes, faz lembrar o "Gladiator". O que é bom, acho eu. De resto, é um filme graficamente parecido com o "Sin City" (que foi feito com base numa banda desenhada do mesmo Frank Miller) - actores reais em cenários como que animados. Parece que foi "colorizado".

Eles, os Espartanos, são apresentados como autênticas estátuas. E as suas mulheres, também. É uma referência à fama (julga-se que verdadeira...) que tinham por seleccionar apenas os melhores logo à nascença. Os mais capazes. Supostamente apenas "os perfeitos".



Parece-me, por vários motivos (por ex., vejam a caracterização dos Persas - tipo "porcos, feios e maus", ou as frases atiradas um pouco para o ar, em certas alturas), que a visão desta "realidade" é um bocado distorcida. Mas também, o Cinema é uma arte, não é?

Além disso, fica-se um bocado com a sensação de que eles eram assim meio (se não completamente, mesmo) passados. Mas isto também é a minha interpretação da coisa.

Não há assim muita "densidade" nas personagens, diga-se.

Aviso já: as senhoras vão, positivamente, "babar" com os Espartanos; já os homens, é com a mulher do Rei Leónidas (suspiro!), entre outras... mas depois vêem. Ou seja, ninguém se fica a rir. :)

Eu gostei. Se quiserem ir ver, preparem-se para umas cenas de batalha muito bem feitas!


Ah, e leiam também as críticas. Recomendo vivamente! :)

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