quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Luciano


Há uns tempos, desapareceu um dos maiores violoncelistas do séc. XX - Mstislav Rostropovich.

Agora, foi o maior dos tenores. Luciano Pavarotti.

O Maior.

Que me perdoem o José Carreras, o Placido Domingo e outros enormíssimos tenores, mas é assim mesmo...

Devia ser a figura mais conhecida da música clássica. E foi dos que mais ajudou a divulgá-la, quer através dos seus famosos "Pavarotti and Friends", onde cantava com muitas das vozes mais conhecidas da música pop/rock, quer através dos ainda mais famosos concertos a trio com os já mencionados Carreras e Domingo.

Se há coisas que arrepiam, uma delas é a sua interpretação do "Nessun Dorma" - uma ária do acto final da ópera "Turandot", de Puccini. Acreditem, ninguém a cantava como ele. Ninguém!

Até as interpretações das árias eram extremamente vividas.

Aqui vão três exemplos apenas, mas que ilustram bem a grandeza do seu dom. O primeiro é o tal "Nessun Dorma", a solo. O segundo é a mesma ária, agora em trio, com os "suspeitos do costume"... :) O terceiro é uma outra ária - "Vesti La Giubba", da ópera "I Pagliacci", de Leoncavallo - em dueto com o Michael Bolton, e foi uma surpresa absoluta! Foi de tal maneira que Pavarotti, após terminar a interpretação, solta um "Bravo, tenore!"... Espectáculo!

Como é que o Bolton terá ficado com um elogio daqueles?

Todos eles são, no mínimo, comoventes e, sinceramente, acho que nem é preciso dizer mais nada.


Resta-me apenas dar graças a Deus por ter nascido e vivido no seu tempo, e por ter tido o privilégio de tê-lo visto e ouvido (embora nunca ao vivo, para muita pena minha...).

1 comentário:

Anónimo disse...

deixa-me assinar por baixo. Parabéns pelos teus textos! Beijinhos