quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Crescimento


Mais uma vez, e apesar de mais uma derrota - contra a Itália, por 31-5 - o râguebi luso fez questão de mostrar ao mundo que se está a desenvolver, que está a crescer.

A Itália, há coisa de uns dez meses, passou-nos positivamente a ferro, em jogo a contar para a qualificação para esta mesma Taça do Mundo: 83-0. Foi um massacre; talvez tenha sido o pior jogo que fizemos em muitos anos.

Esta Itália já se tornou, em cerca de uns dez anos, na sexta equipa da Europa. O famoso Torneio das Cinco Nações tornou-se no Torneio das Seis Nações, com a Itália a meter-se na luta pelo troféu. E, se nos primeiros anos, levava umas cabazadas jeitosas, já conseguiu ficar, este ano, em quarto lugar. Isto é evolução, crescimento.

Por tudo isto, era difícil, à partida, fazer um bom resultado.

Não sei bem o que seria um bom resultado, diga-se de passagem: uma derrota por poucos? Ou não permitir os quatro ensaios aos italianos, que dão direito a um ponto bónus? Marcar mais do que um ensaio?

Parecia ser impensável lutar pelo resultado. Mas o facto é que, ao apresentarmos uma defesa tenaz, uma maior concentração e uma variação de jogadas no jogo dos médios (o "9", o de formação, e o "10", o de abertura), alternando o jogo ao pé com o jogo à mão, com bastante "fluidez", talvez, chegámos a assustar os gajos!

Aliás, foi de tal forma sintomática a qualidade do jogo português que o prémio de "Homem do Jogo" (instituido pela Federação Internacional de Râguebi - IRB) foi, pela segunda vez em três jogos que já fizemos, para um português! Desta vez, foi atribuído ao número "9", o José Pinto. Espectáculo! :)

Perdemos, é verdade. Mas temos vindo a melhorar, de jogo para jogo. E isso vê-se. Vêem os adeptos e, também, as pessoas ligadas mais directamente ao jogo - e, por isso, talvez alguns destes jogadores emigrem, e se tornem profissionais em equipas de prôa, lá fora.

De referir também que foi completamente ultrapassada, do ponto de vista psicológico, a pesada derrota de Sábado com os neozelandeses. Acho que a nossa equipa técnica fez, também aqui, um excelentíssimo trabalho! É que, apesar das (muita) coisas boas que saíram desse jogo, sempre foram noventa e cinco pontos de diferença...


Agora, falta a nossa "final": o jogo com a Roménia, no próximo dia 25. Se ganhármos, é o brilharete! Se não, também não faz mal, pois parece-me que já provámos que merecemos estar entre a elite deste "jogo da oval".

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