
Duas semanas em Areias de S. João. E com espaço para se estar na praia! Acreditam? Eu também não, se não tivesse lá estado.
Ia com algum receio de ir parar mesmo no meio da "molhada" (dos bifes, dos holandeses, dos portugas, etc.). Afinal de contas, sempre é coladinho a Albufeira. Andei a ver no Maps onde era o sítio, falei a montes de gente, mas não fiquei com nenhuma indicação. Nem para o bom, nem para o mau.
Pois a verdade é que correu bem melhor do que o esperado! Talvez porque as expectativas não eram muito elevadas (bem pelo contrário!)...
Para começar, o apartamento era porreirinho. A logística de limpeza também funcionou bem, o que nem sempre acontece. E depois, ia-se a pé para a praia.

A praia do local, a do Forte de S. João (ou dos Alemães), era assim pró pequeno; tinha uma pequena falésia rochosa por trás, e não tinha assim muita areia até chegar à água. Ou seja, o caminho era a descer, desde o apartamento até à areia. Mas a distância era pequena.
Tinha umas rochas granditas dentro de água, mas viam-se, independentemente da maré. A areia estava limpinha, e a frequência era praticamente só a malta dos aldeamentos das redondezas. Ou seja, não havia os "milhões" que imaginava que inundavam estas paragens (pelo menos por aqui, não...).
Nunca me passou pela cabeça não haver vizinhança num raio de praí uns quatro ou cinco metros!...Dava para umas grandes passeatas - não é, meninas Susana e Mónica? A água esteve um bocado gelada, na primeira semana (segundo soubemos, não foi só lá). Depois, melhorou substancialmente. Apesar disso, os banhos foram sempre bons. Até a Dora ia à água!
Ok, era depois de uma meia hora de preparação, bem sei, mas ias! :)Pontos altos, além dos já mencionados: o pouco vento; o só ter chovido no dia de véspera do do regresso (!!!); a relativa proximidade da "civilização" - não se estava bem muito próximo, nem muito longe, fosse para o que quer que fosse; os inúmeros banhos refrescantes, com pouca ondulação; os bares com os
Sky Sports; as jantas no "Panacee" - onde se comeram umas boas postas de salmão, sempre acompanhadas por umas saladas muito bem temperadas (e eu nem sequer sou assim um fã de saladas!...); a simpatia (!!!) das muitas pessoas empregadas nos diversos serviços para com os turistas portugueses; ninguém adoeceu; o franguinho "à Guia" no Teodósio, quando fomos buscar a Susana e a Catarina; o
risotto da Mónica (
babe, 'tava ao nível do que se come na "Itália", em Coimbra!), em que até eu colaborei:

Menção ainda para um "Serras de Azeitão" tinto, de 2005 e para as minhas havaianas "à Sporting". :)

Confirmação de uma "excelência": a tradicional ida ao fantástico "Bate Que Eu Abro", em Altura - restaurante simples, acessível, discreto, com um atendimento muito simpático e "nada algarvio" (sem horas de fecho, digamos assim), e que tem uma entrada de barrigas de atum, uma feijoada de gambas e uma tarte de alfarroba únicas em todo o Sotavento Algarvio!

Descobertas: os "Adagio Magro Sublime", de
vanilla cookies; os novos
Magnum - especialmente o Java; existem ingleses discretos; o "Moiras Encantadas", em Paderne - restaurante mais pró carote, mas com um serviço muito simpático e que nos apresentou uma excelente confecção dos diversos pratos, servidos numa zona exterior muito bem resguardada da rua; a requalificação da Manta Rota (praia, parques e acessos), a prometer melhor qualidade de vida numa próxima ida.
Pontos menos bons: pagar 2,70 € por um pacote de dez molas da roupa (mas que têm um design fantástico, atenção!); a falta de pão quente nas redondezas.

Valeu bem a pena! Para o ano, queremos mais. :)