Vejo futebol inglês há já bastantes anos. E gosto muito!
A Final da Taça de Inglaterra, por ex., é, provavelmente, dos jogos mais apelativos que há todos os anos e há muitos anos.
E torço pelo Manchester United desde os tempos em que lá jogavam o Bryan Robson e o Norman Whiteside.
Nesta altura, estamos no intervalo do jogo da meia-final da Liga dos Campeões entre o Manchester United e o AC Milan, e estes estão a dar um banho de bola nos outros. 2-0. E mais próximos do 3-0 do que do 2-1.
Apesar de reconhecer que os italianos estão a jogar muitíssimo mais do que os ingleses (não sei se será só porque têm mais jeito, ou porque terão melhor equipa), troco um jogo italiano por um inglês de olhos fechados. Mas sem hesitar.
Os italianos têm aquele jogo cínico que eu abomino. 1-0. 2-1. O necessário e suficiente para ganhar. Para mim, esse não é o meu futebol. O meu é futebol de ataque, "à inglesa", que pode ter falhas e maus passes, mas que é jogado para a frente, muitas vezes sem marcações, com o único objectivo (perseguido, por vezes, de uma forma quase cega) de marcar. Pode ser mais primário, menos "pensado", mas prefiro. Mil vezes!
Acho que as "marcações" estragaram o futebol, sinceramente. E quando me tento recordar das equipas que mais gostei de ver jogar, ou dos jogos mais vibrantes, julgo que nenhuma lembrança trará equipas italianas... Lembro-me (do pouco que vi em resumos) do magnífico futebol de ataque do Ajax dos anos 70 e da Holanda de 1974, do Brasil de 1970 e do de 1982
Faço aqui a devida vénia à equipa acima, treinada pelo Telé Santana
- a sua derrota deve ter sido uma das maiores desilusões desportivas que tive até agora - e, mais recentemente, da Dinamarca de 1986, de uma ou outra selecção Argentina ou Jugoslava, de alguns derbies espanhóis jogados abertamente ao ataque, e pouco mais.
Talvez por causa de tudo isto não tenha visto um único jogo inteiro do Campeonato Italiano nos últimos anos.
Pode ser um futebol eficaz mas, para mim, é terrivelmente aborrecido...
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