quinta-feira, 7 de junho de 2007

É por estas e por outras...

Lavagem manual do carro, no Elefante Azul da Repsol da Segunda Circular. 22h.


Numa das máquinas das três zonas de lavagens existentes, pode-se ler: "Só aceita moedas de 1 €". As moedas normalmente aceites são ou de cinquenta cêntimos, ou de um Euro. Esta estava limitada, digamos. Um começo premonitório.

Felizmente que havia outra zona de lavagem livre. E como não havia ninguém atrás de mim na fila para a lavagem, mudei o carro para essa zona. Não havia nenhum letreiro.

Começo a lavagem. Primeira moeda de cinquenta cêntimos: lavagem apenas com água. Depois, passo para a lavagem com detergente. Ponho a segunda moeda de cinquenta cêntimos., e... e detergente? Nem vê-lo. Só água.

Ia a passar um funcionário da Repsol. Falei-lhe nisto. Resposta dele: "Eh pá... Não me diga! Ainda não me tinham dito isso...". Pois. E quando lhe perguntei pelos meus cinquenta cêntimos, nada. Nem sequer respondeu.

Pensei: "bem, vai lá dentro ver se pode fazer alguma coisa", ou mesmo "se calhar, até buscar uma moeda". Santa ingenuidade!

Como dizem certas pessoas que eu conheço, até parece que acredito no Pai Natal.

Lavei o resto do carro como normalmente. Acabei a lavagem com (sem!) detergente, depois foram mais duas lavadelas só com água, e terminei.

Depois, ainda fui passar com os paninhos da ordem (para absorver a restante água que ficou no capot), na zona destinada à aspiração.

Do tipo da Repsol, nem sombras. E vim-me embora. O carro ficou porreiro.


Acho que devia ter ido exigir os meus cinquenta cêntimos da (não) lavagem com detergente. Imagino que seria o que a maioria da malta faria. Mas nem sempre reajo a tempo...

Mais tarde, dei comigo a pensar que é por estas e por outras que nós, Portugal, enquanto país e enquanto pessoas, não andamos prá frente como devemos (e como sabemos... acho eu! Ou será que, afinal de contas, não sabemos ?).

Eu também tive culpa no cartório, atenção!, pois não devia ter ficado contente apenas com o aspecto "porreiro" do carro. Nem tão-pouco aceitar a resposta do tipo da Repsol! Mas, de uma forma ou de outra, acabei por aceitar.

Se estivéssemos num país civilizado, deveria haver, em primeiro lugar, um funcionário que acompanhasse minimamente estas lavagens, não fosse acontecer qualquer percalço deste ou de outro género.

Depois, num caso como este, haveria um letreiro a avisar os utentes.

E, caso não houvesse - apenas por esquecimento - o funcionário certamente devolveria o dinheiro perdido, e pediria desculpa pelo sucedido, procurando resolver a situação de outra forma - talvez se conseguisse mudar o carro para uma zona que tivesse a lavagem com detergente a funcionar, caso houvesse alguma zona livre... não?

Mas não. Estamos em Portugal. Neste "jardim à beira-mar plantado". Espectáculo!


Cá para mim, este jardim está mas é a ficar cada vez mais degradado. A tratarem dele assim...

1 comentário:

gir@f disse...

Eu já deixei de acreditar no pai natal ha algum tempo....mas tb ninguem lava o carro às 10 da noite de uma segunda feira...