quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Porca miseria!

Como é que é possível? Que "galo"...

Este Sporting, 2 - Roma, 2 é o exemplo típico do "jogo-desilusão". Dominámos o jogo, conseguimos virar um resultado desfavorável, e depois não tivemos uma pontinha de sorte no final. Mas, para mim, não foi só falta de sorte.


Já não é de hoje: o Sporting, quanto a mim, não tem sabido jogar em contra-ataque. Hoje - e por mais do que uma vez... - houve ocasiões em que toda a malta na bancada via o passe óbvio, menos o jogador que era portador da bola! Isto, na minha opinião, só pode ser falta de treino. Só pode!

Agora o jogo: aqueles primeiros cinco-dez minutos foram horríveis! Os italianos entraram muito melhor, marcaram e dominaram. Era difícil ter havido um pior começo.

Depois, o Sporting acordou. Pegou muito bem no jogo, e conseguiu mostrar que este Roma é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Mas completamente!

Tudo bem que lhe faltam, actualmente, alguns jogadores-chave - Totti, Aquilani e Taddei - mas, apesar disso, e para lhe ser superior, não bastava saber que estavam desfalcados: era preciso jogar mais, com vontade, com garra, com confiança. E foi precisamente isso que o Sporting fez. E fê-lo bastante bem!

Marcou-lhe dois golos - três, mas um foi, segundo parece, mal anulado - dominou o jogo, e só não foi capaz de o "resolver". Só...

Teve vários contra-ataques que poderiam ter sido perfeitamente decisivos, caso tivessem sido concretizados em golos. Mas não o foram, hoje. Nem hoje, nem ultimamente.

O Liedson, o Romagnoli, o Izmailov, o Polga e também o Abel (a espaços) fizeram uma joga das antigas! E só foi pena é que não tivessem sido mais eficazes nos tais contra-ataques que lá acabaram por fazer - mas de uma forma tão atabalhoada que nem se percebe... - e que teriam resolvido o jogo.

Depois, no último minuto (no último minuto!), num remate de longe, zás! - duas tabelas a mudarem a trajectória de um remate que parecia dominado, e golo. Lá veio o já-não-tão-supreendente-quanto-isso-balde de água fria. Ou melhor, gelada.

Agora, lá vêm os teóricos da bola com a mesma conversa de sempre: "quem não marca, arrisca-se a sofrer", "nestas competições, não se pode falhar", e outras tiradas de génio...

Tudo muito certo, digo eu. Mas a verdade é que aquele desvio de trajectória podia ter levado a bola ao poste, ou para fora, mas não: entrou. Aqui, houve muito azar. Azar a mais.

Parece-me que este resultado é também injusto, depois de tudo o que se viu. Mas de vitórias morais já estamos todos um bocadinho fartos...


Por isso, e concluindo, digo o seguinte: para se deixar de falar neste "triste fado", é preciso, primeiro, saber criar (treinar!) oportunidades para aumentar as vantagens no marcador e, depois, concretizá-las! - só assim se pode ficar a salvo dos "azares" que estes jogos podem trazer.

Mas foi pena!

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente "comentário" ao jogo e ao "estado" do nosso SCP! Partilho 100% da mesma opinião. E realmente, apesar de não ter visto o jogo em "directo" e pelo que vi no resumo alargado da RTP, desta vez tivémos mesmo algum azar...
Abraço, Diogo.

Gonçalves disse...

Acima de tudo, o que eu vi ontem em Alvalade foi perder-sea oportunidade de fsazer o 3-1, várias vezes.
Andamos sempre com este fado.