sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Os Portugueses

Quem me conhece, sabe que estou muito longe de ser um pessimista. Mas devo dizer que até eu começo a perder a esperança.


É que, sinceramente, não me lembro de haver um sentimento tão... colectivo de descrença nas instituições como este que agora parece reinar.

Isto não será de "agora", propriamente. Mas parece-me que tem vindo sempre a piorar. E significativamente.

Para onde quer que nos viremos, só ouvimos falar em "broncas" (quase diárias, diga-se de passagem) em praticamente todas as frentes possíveis - desde a Política à Justiça, passando pela Banca, pela Saúde, pelo Futebol, etc. E parece que não só não há um fim à vista, como existir uma impunidade generalizada de todos aqueles que beneficiam desta enorme rebaldaria.

Porque é disso que, fundamentalmente, se trata: de uma enormíssima rebaldaria.

Eu tinha um colega que, aqui há uns bons dez anos, dizia que "anda tudo a gamar". A malta ria-se, na altura. Mas, agora, essa mesma malta lembra-se, e muito!, dele. E já não se ri assim tanto.


Isto faz-me lembrar uma outra história que se conta sobre este "jardim à beira-mar plantado": já desde o tempo dos Romanos se dizia que havia "um povo na Ibéria que, não só não se governava, como não se deixava governar".

Nestas coisas, pode-se (e deve-se) descontar algum exagero que lhes está sempre associado. Mas também costuma sempre haver uma ponta (pelo menos...) de verdade.

Ora, se já andamos nisto há praí uns dois mil anos - mais século, menos século -, a coisa promete...

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