sábado, 31 de maio de 2008

Boston Celtics - Los Angeles Lakers


Vinte e um anos depois, os Boston Celtics regressam às finais da NBA. E quem é que vão defrontar? Os Los Angeles Lakers!

De um lado, os novos "Big Three" de Boston - Paul Pierce, Kevin Garnett e Ray Allen - muito bem acompanhados - Rajon Rondo, Kendrick Perkins, James Posey, Leon Powe, Glen Davis, Sam Casssel, P. J. Brown, Eddie House e mais uns quantos.

Do outro, o MVP da época regular - Kobe Bryant - igualmente muito bem acompanhado - Pau Gasol, Lamar Odom, Vladimir Radmanovic, Sasha Vujacic, Derek Fisher, Jordan Farmar, Ronny Turiaf, Luke Walton, e mais outros quantos.

Atendendo a que foram as duas melhores equipas da fase regular, e a toda a História que têm -



trinta títulos em conjunto (dezasseis para os Celtics e catorze para os Lakers) e uma eterna rivalidade cujo expoente máximo deve ter sido atingido nos saudosos anos oitenta, onde os magníficos Celtics de Larry Bird, Kevin McHale, Robert Parish, Dennis Johnson e Danny Ainge enfrentavam o show time dos Lakers de Magic Johnson, Kareem Abdul Jabbar, James Worthy, A. C. Cooper e Byron Scott!!!

- acho que era difícil haver uma final melhor! :)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pollack. Sydney Pollack.


Faleceu ontem o Sydney Pollack, um grande Realizador americano. De doença recente, mas fulminante.

Uma pena, digo eu. Para quem vai, e para quem fica.

Realizou um dos filmes de que mais gostei - "Out Of Africa".

Acho que será injusto lembrá-lo só por causa este filme - a sua obra é muito mais vasta, não só como realizador, mas também como produtor e como actor. Mas também acho que este é "o" seu filme, o seu maior contributo para a posteridade.

Para mim, foi o suficiente para ter um lugar entre "os meus eleitos", digamos. Aquele voo do biplano, a homenagem do clube masculino à baronesa com aquela última (primeira!) bebida, o Mozart na savana, "aquela" África, a banda sonora...

Absolutamente superior!


Resta-nos agradecer tudo o que nos deu, e prestar-lhe a melhor homenagem possível: rever a sua obra, e esta obra-prima em particular. Acho que vale muito a pena!

Gasosas e afins

Anda tudo muito preocupado com estes aumentos, mas alguém faz alguma coisa? Não, pois não? Parece que nem se pode.

Já agora, alguém nota diferença no trânsito?

E quem é que se anda a abotoar com esta negociata?

Será que a rapaziada das petrolíferas não poderia reduzir ainda mais as "margens de lucro" (e, claro está, os parcos lucrozitos que apresentam recorrentemente) para ajudarem, também eles, a suportar os custos associados a estes aumentos?


Acho que, qualquer dia, aqui os tugas inventam mas é uma gasosa alternativa (pode ser que me engane!).

Qualquer coisa à base de cevada, imagino eu..

Mas acho que só vamos começar a pensar nisto tudo mais a sério só lá para depois do Euro. Afinal de contas, deixa lá mas é ver como é que o Ronaldo se porta, com tanta pressão em cima...

domingo, 25 de maio de 2008

Um ano, já!

E não é que a menina Beatriz já fez um ano? Um ano!!!


Parabéns, Beatriz! Que contes muitos, e que nós estejamos cá para os ir vendo.

António, ela está um espectáculo! Um grande beijinho à Clara e um grande abraço para ti. Que continuem todos assim tão bem - ela a crescer, e vocês a educá-la.


O "Melhor Bolo de Chocolate do Mundo" estava absolutamente esmagador! Ou seja, estava à altura do nome e da fama. E ainda bem! :)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Euro-seca

Será que é só de mim, ou já não há pachorra para tanta cobertura televisiva do Euro 2008?

Ele é a chegada dos "atrasados", ele é os treinos sem bola, ele é os treinos com bola, ele é os almoços, ele é as conferências de imprensa, etc., etc.

E ainda faltam duas semanas para começar a prova!

Além disto, não há canal televisivo "tuga" que escape a esta febre...

Confesso que já não tinha muita paciência para este "circo". E então assim...



Cá entre nós que ninguém nos ouve, ou muito me engano, ou esta campanha lusa na fase final do Euro 2008 vai ser um enorme balde de água fria.

Oxalá me engane.

Iron Man


Adaptação aos tempos modernos da história do super-herói Marvel "Homem de Ferro", este filme vale mais pelos efeitos especiais do que por qualquer outra coisa. Que são, diga-se de passagem, bem espectaculares!

Bem... e pela Gwyneth Paltrow, também. :)

E o Audi R8 que aparece também não é de deitar fora, digamos...

Achei o Robert Downey Jr. algo deslocado no papel principal. Mas não é actor de que goste muito, também. Já o Jeff Bridges não vai nada mal, não senhor!


Enfim, para quem gosta deste tipo de aventuras (e desta, em particular), vale a pena.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Mirtilo


Um cast à maneira - Norah Jones (!!!), Jude Law, David Strathairn (num "papelinho" que é um verdadeiro papelão!), Rachel Weitz e Natalie Portman -; um história de amor feita de vivências dramáticas, que atravessam (literalmente) a América, e que se inicia com um pote de vidro num café de bairro, onde se guardam chaves, devolvidas ou perdidas; tartes de mirtilo com gelado; neons vermelhos, azuis e sei lá mais de que cores que aparecem quase sempre entre nós e as personagens; uma música light mas absolutamente espectacular, e que lhe assenta que nem uma luva, acompanhada de silêncios perfeitamente reais e não menos perfeitos.

Eis "My Blueberry Nights", um filme "americano" do coreano Wong Kar Wai.

Um brinquinho! :)

Prá troca

Já tenho repetidos... :(

domingo, 18 de maio de 2008

Contra todas as expectativas... ou talvez não!


Grande (e justa!) vitória do Sporting na Taça de Portugal 2007-2008, e logo contra o F. C. Porto, o recentemente coroado Campeão Nacional!

E em pleno "Estádio de Oeiras"! :) Espectáculo!

Sem o Liedson, com o Vukcevic no banco (alguém percebeu esta?)... e com dois golos do Rodrigo Tiuí!


Quem diria? :)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Panini


Diogo, como é que é? 'Bora? :)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Zénite

(c) Getty Images

Para mim, o futebol dos russos do Zenit de São Petersburgo mereceu a vitória na Taça UEFA 2008.

Houve, nos jogos anteriores daquela equipa, momentos de pura perfeição, de uma beleza rara, de extrema eficácia (e de uma grande eficiência, também), enfim... Mostraram um futebol jogado de uma maneira como já (quase) não se vê: em velocidade e, por vezes, ao primeiro toque!

E aquele Arshavin?... Espectáculo!


Parece-me que o troféu está muito bem entregue.

Champions

Chamem-lhe "o primeiro dos últimos", se quiserem.

A verdade é que, depois de tudo o que se passou (mas, particularmente, o que não se passou...), este ano, o segundo lugar no Campeonato não é nada mau.


Sempre deu direito ao acesso directo à Champions League do ano que vem (ou seja, aí vêm umas jogatanas à maneira, com umas equipas de top, e uns milhões de euros de participação, de pontos - espera-se! - e de receitas), o que acabou por ser um prémio para aquela rapaziada que tentou ser uma equipa, mas que apenas o conseguiu de vez em quando.

Para quem tinha menos de metade do orçamento do Benfica, e cerca de um terço do do Porto...


Agora, giro, giro era de ver o Sporting a ganhar a Taça (e logo no Estádio "de Oeiras"... :) )! Mas vai ser muito difícil. O Porto está(va?) a jogar muito à bola.

Acho que vai ser um jogo mais renhido do que a diferença pontual entre Porto e Sporting pode fazer pensar.

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Parece que o Rochemback vai regressar. Sempre quero ver no que é que isso vai dar.

Pode ser até que seja bom, atenção! Afinal de contas, ele ainda só tem vinte e seis anos. Mas...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Afterlife

Andei um tempo à procura de uma análise, uma crítica que seja, ao novo disco dos James, mas nem preciso de tal coisa para afirmar o seguinte: o disco - "Hey Ma" - é um espectáculo!

Não encontrei, também...

Destaques: "Bubbles", "Hey Ma", Waterfall", "Oh My Heart", "Boom Boom", "Upside", "Whiteboy", "Of Monsters & Heroes & Men" e "I Wanna Go Home"!

Nove em onze: nada mau!


Eu ia escrever "não conheço nenhum disco recente que tenha esta relação qualidade em quantidade". Mas até conheço - o "Boxer", dos The National. :)

Um must, digo eu!

Para um grupo que renasceu, acho que era difícil fazer melhor. Por isso, toca a ir "descobri-lo"!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"Mr. November" - Aula Magna, 11 de Maio de 2008

Com a devida vénia ao autor.

O som é mau. Mas o resto é bom. :)

National. The National.

Chegaram às dez e dez. Depois, durante uma hora e meia, alternaram entre o "passar a malta a ferro" e "a calmaria total"...

Eu achei bem. Muito bem, mesmo! :)

Conheço poucos grupos capazes de o fazer, diga-se.


Depois de ter ido, já hoje de manhã, confirmar algumas das músicas e respectivos nomes (já não sou como fui, em tempos, quando fixava tudo...), tocaram - não por esta ordem - "Secret Meeting", Daughters Of The SoHo Riots", "Abel", "Mr. November", "About Today", "Fake Empire", "Mistaken For Strangers", "Brainy", "Squalor Victoria", "Green Gloves", "Slow Show", "Apartment Story", "Start A War", "Racing Like A Pro" e "Gospel", além de mais algumas que não conhecia.

Começámos todos sentados, e acabámos todos de pé, rendidos.

Às tantas, o vocalista Matt Berninger - que começou por dizer que a Aula Magna lhe fazia lembrar as Nações Unidas, e que se sentia meio na dúvida acerca de apresentar uma "Resolução"... :) - passou do palco para as doutourais e, apoiando-se na malta, cantou de pé, entre cadeiras (não sei bem, mas acho que foi o "Mr. November")!

Parece-me que vai demorar um pouco a digerir aquilo que se passou ontem... :)


Devo dizer que mal os conheço para além destes dois últimos álbuns ("Alligator" e "Boxer"). Mas isso resolve-se, também.

É curioso, mas apesar de já não serem propriamente uns miúdos, ainda têm um ar "de garagem", digamos, e, por estranho que possa parecer (ou não...), têm também uma certa timidez (Berringer à cabeça) que só desaparece durante as interpretações.

E que interpretações!

Acho que o vinho que trouxeram para o palco, e que acabaram por dar ao público (!) ajudou, também... :)


O som não começou lá muito bem, mas foi melhorando e acabou bastante melhor.

Na parte final, houve músicas que conseguiram trazer um silêncio à sala como, confesso, nunca tinha visto num concerto... E já vi bastantes, diga-se de passagem.

Espectáculo!


Daquelas de que gosto muito, só faltou o "Lit Up". Mas saí da esgotadíssima Aula Magna

que é, para mim, a sala certa para este tipo de concertos, que oscilam entre o "intimista" e o "de vez em quando, completamente a rasgar!"

a gostar muito de muitas outras. Melhor do que isto? Acho que é impossível! :)


Ó Mónica, eu acho que tu devias mas é pôr um par de patins nos Açores e ir ver estes rapazes, a 10 de Julho, ali ao Optimus Alive... :)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Peneda-Gerês III


Na ida para a Peneda, no terceiro dia deste nosso périplo nortenho, fomos surpreendidos pela bicharada, que domina completamente as estradas.

Literalmente!

Andámos a desviar-nos das já habituais vacas, às quais se juntaram alguns porcos, bodes e cabras! A calma desta malta é gira: afinal de contas, os visitantes somos nós e, como tal, só temos é que esperar que eles façam o que têm a fazer todos os dias... Pareceu-nos bem, de resto.


O caminho para a Peneda é sinuoso mas completamente alcatroado - coisa que, segundo nos disseram, ainda é relativamente recente. Mas faz-se bem. E, por entre paisagens lindas, com rios sinuosos, vales cavados, rochas misturadas com "verdes" e um céu meio nublado num dia sem vento, lá demos com o Santuário da Peneda.


Está metido num desses vales profundos, e rodeado de minifúndios (será que existem "microfúndios"?). Só de pensar que foi construído durante o séculos dezoito, e lembrando-nos de que os acessos eram muito difíceis, perguntamo-nos como é que foi possível fazer, naquela zona e naquele tempo, um santuário que é quase uma réplica do do Bom Jesus do Monte de Braga!

Mas está lá. E bem.


Apesar de haver bastantes lugares de estacionamento, nem quero imaginar a confusão de trânsito nos dias de romaria, principalmente com uma zona de entrada e saída cuja largura só permite a passagem de uma viatura tipo autocarro de cada vez...

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Um ou dois quilómetros antes da chegada, cruzámo-nos com duas daquelas senhoras que só devem existir por cá: de preto dos pés à cabeça, cajado na mão, uma cara branquíssima à mostra, uns brincos pendurados nas orelhas, colares ao pescoço e uma vitalidade que não corresponde minimamente ao aspecto físico.

Uma delas tinha uns olhos azuis lindíssimos e um sorriso que nos faziam esquecer os mais de setenta anos que, certamente, já tinha. Ao carro da frente, confirmou o caminho que estava quase a terminar, e a nós, que íamos atrás, só nos disse, com esse sorriso de orelha a orelha, que "ainda bem que lá íamos!", pois eles também iam "à Barca, aos Arcos, a Ponte de Lima, a Braga, ao Porto, a Lisboa... Tem que ser!".

Espectáculo. :)

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Daqui, e depois de visitarmos a Igreja e de percorrermos o santuário, de respirarmos aquele ar puro (mais uma vez, o ar "puro"...), de passarmos por uma belíssima queda-de-água que existia coladinha à igreja (!),


e de bebermos um cafézinho na praça principal que está frente ao Santuário - onde moram as tradicionais lojas de lembranças - regressámos "à base" pelo mesmo caminho. É que a Carla e o Bruno não tinham vindo connosco (tinham uma passeata a cavalo marcada que, soubemos mais tarde, foi interrompida por uma tentativa - bem sucedida, diga-se! - de salvação de uma cadela atropelada pela carrinha do padeiro...), e precisavam das chaves do bungalow que tinham ficado connosco.


O almoço de permeio foi um piquenique completamente "à antiga": havia uma mantinha no chão, uns tupperware's com a paparoca, uns sumos, frutas, e uma "das tais" paisagens! Há muitos anos que não fazia uma destas e, sinceramente, gostei de matar saudades.


Já no final, passaram por nós três senhoras com três rafeirotes-pastores. Quando fomos dar aos cães os restos do repasto, uma delas viu que havia ainda bastantes favas (tinham sobrado do jantar de quinta, e com elas fizémos uma misturada que tinha também arroz, alface e salsichas, e que resultou muito bem!). Disparou logo, sem hesitar: "Não sei se ele vai gostar das favas!..."

Só nos faltava encontrar um rafeiro-pastor selecto no petisco...

O que é facto é que ele "rapou" as salsichas, e pouco mais. Fartámo-nos de rir com o cuidado da escolha do farrusco. :)


Depois da passagem por casa, fomos directos à Portela do Homem, passando por Lobios (e, desta vez, dissemos apenas "Adeus!" ao garagista merengue). A estrada, uns quilómetros depois de Lobios, estava em obras, e acho que a poeirada que se acumulou na macchina depois daquela passagem por terrenos carregados de pedras e terra ainda não saiu...


Pois a Portela do Homem é assim uma espécie de um mix de Sintra com o Bussaco: cheia de arvoredo, de silêncios, tudo bastante arranjadinho, riachos, vistas belíssimas... Ou seja, um espectáculo!

Depois de darmos uma volta de carro para um reconhecimento muito "ao de leve" deste lado do Parque Nacional, metermo-nos por uma estrada romana que corre lateralmente ao Rio Homem, através da qual conseguimos descer para aquela que é, certamente, uma das piscinas naturais mais bonitas que existem neste Parque - aqui mesmo, em Portugal Continental!


Dois destes maduros ainda deram um mergulho, mas aqui o escriba "cortou-as". Fiquei-me pelas fotos, que nem de perto, nem de longe conseguem transmitir a beleza do local. Um sítio que não esquecerei!



O regresso fez-se pelo mesmo caminho. À chegada, o sentimento era de grande satisfação e, ainda, de alguma incredulidade: um sítio daqueles aqui mesmo "ao lado", no Gerês! E ainda há malta que só fala em viajar para o estrangeiro...

Aposto que muitos portugueses nem sequer conhecem esta pequena-grande maravilha lusa! Pois nem sabem o que perdem. :)

A Carla e o Bruno, entretanto, puseram-nos ao corrente das aventuras com a Boneca ("no comments!"), que já se tinha encaminhado para o lado "positivo", digamos.

Depois, e já com o Expresso na mão - a malta até se esqueceu dos jornais... :) - passámos uma vista de olhos por algumas das novidades destes últimos dias, antes da preparação da janta caseira que, para variar, estava um espectáculo! :)

À noite, e para variar, fomos ao "Pires" para beber um cafézinho e conversarmos sobre as magníficas passestas que demos nestes dias. E devo dizer que aqueles "Favaitos" fresquíssimos que bebemos a seguir foram outro dos pontos muito altos destas férias!



A viagem de regresso fez-se no Domingo, passando por Ponte de Lima (que grande lombo assado no "Muralha"!), seguindo depois a A1 e desviando pela A8, em Leiria, para fugir ao regresso da malta - acho que nem era preciso, mas enfim...


Só vos digo uma coisa: depois de tudo o que vi(ve)mos, mal posso esperar para regressar ao Parque Nacional de Peneda - Gerês! E mesmo que não seja com este Dream Team - o que me leva a concluir que as sensações já não vão ser as mesmas, pois sou daqueles que acredita que são as pessoas quem faz os ambientes - ficou ainda muito por ver.

E se for sequer parecido como isto que vimos... ;)

All About Eve



quarta-feira, 7 de maio de 2008

Peneda-Gerês II


Os Pitões das Júnias são, talvez, "a" atracção da zona mais a leste do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Tem como principais motivos de interesse os "trilhos" que levam a um mosteiro do século XII (semi-recuperado) e a uma bela cascata, à qual se chega através de uma longa e recente escada de madeira.




A dificuldade das caminhadas não me pareceu assim lá muito grande, mas como assentam em descidas e subidas feitas por caminhos um bocado irregulares, também não será propriamente muito pequena.


Digamos que a maioria da malta chegou cansada ao ponto de partida (o percurso começa e acaba praticamente na mesma zona, na aldeia de Santa Maria das Júnias), depois de cerca de três horas de caminhada, intervalados pelo almoço ligeiro feito de sanduiches, frutas, sumos e água, devidamente preparado de manhã, antes da saída.

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A viagem começou cedo, e fez-nos atravessar duas vezes a fronteira - foi nessa jornada que o "bálsamo" da diferença de preços entre a gasosa espanhola e a nossa se fez sentir, pela primeira vez.

Depois de me refazer da surpresa que foram aqueles vinte e seis cêntimos, e durante o atestar do depósito, lá meti um pouco de conversa com o garagista (lembram-se desta palavra, "garagista"?). Falámos de bola, e dos resultados da véspera - as surpresas das meias-finais de Taça UEFA: Zenit de São Petersburgo, 4 - Bayern de Munique, 0 (!!!) e Fiorentina, 2 - Glasgow Rangers, 4, após desempate por penalties (tinha acabado 1-1, como na primeira mão)!

Ele, depois de me dizer que quem devia ter eliminado o Bayern não era o Zenit, mas sim o Getafe - como se houvesse justiça no futebol... - disse-me que o seu chefe era "un cabr..", e que o tinha gozado imenso aquando de uma derrota do "seu" Real Madrid (não percebi bem qual, mas imagino que tenha sido para a Champions, com o Roma).

A bola também ajuda à confraternização, não há dúvida.

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A reentrada em Portugal levou-nos a passar, entre outras, pela pequena, muito isolada e completamente rural aldeia de Tourém.

Quando perguntámos a um habitante qual o caminho a seguir para os Pitões,

(é, é verdade: num mundo já muito virado para os GPS's, ainda há quem abra a janela e pergunte o caminho... :) )

ele respondeu de imediato e de uma forma muito cordial, indicou-nos qual o percurso a fazer dentro da aldeia para depois apanharmos a estrada que queríamos e, como se já não bastasse, ainda repetiu a explicação, para que não restassem dúvidas!

É depois destas e doutras que, por vezes, se fica com aquela sensação que as pessoas que moram nestes lugares mais remotos têm mesmo que ser "diferentes" daquelas que, diariamente, nos rodeiam. Um espectáculo! :)

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Já nos Pitões das Júnias, a caminhada começou bem agasalhada, mas terminou já de mangas arregaçadas. Coisas de um dia que começou fresco e que aqueceu bastante lá pelo meio.

Depois de ficarmos encantados com o Mosteiro e suas imediações,


com a cascata, com a grande categoria do ar puro que (mais uma vez) respirámos, com as inúmeras vistas e com um Portugal que a maioria ainda não conhecia,


descansámos da estafa que apanhámos a subir a dita "escadaria da cascata" num café na aldeia - onde jogámos uns matrecos à maneira (e a vinte cêntimos, Alex!) - e rumámos "à base".

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Seguiu-se a parte mais cansativa deste segundo dia. É que, para fazer praí uns oitenta quilómetros, demorámos cerca de três horas!

Apesar de termos feito parte de um bonito percurso conhecido como "a estrada das barragens" - passámos pelas da Venda Nova,


da Caniçada e da de Vilarinho das Furnas - e de termos passado também pelo Santuário do S. Bento da Porta Aberta (enorme, e com muito boas condições para receber os fiéis!), tudo foi feito a trinta e tal quilómetros por hora de média... Ele era curva, contra-curva, depois uma curta recta, a que se seguia mais uma curva, e lá vinha mais um bocadinho de recta... Uma seca!!!

Passámos pela muito arranjadinha aldeia de Brufe e, depois de nos termos cruzado com mais umas quantas vacas barrosãs (que são "mato", por aqueles sítios) lá perguntamos a uns pastores como é que se chegava a Germil - que ficava a caminho (que não vinha nos nossos mapas) de Entre-Ambos-Os-Rios, já na estrada que vai dar ao Lindoso.

Depois de uma explicação muito esclarecedora, soltei um deslocadíssimo "Thank you", que me soou pessimamente - foi de tal maneira que tive de o completar com um mais convencional e natural "obrigado".

Escusado será dizer que estou a ser alvo de gozação até agora... :)

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A janta foi na Pousada (que tem uma magnífica vista das traseiras), junto dos bungalows. Comemos um bacalhau com natas saboroso e competente, mas bastante... normal, digamos. A sopa que o antecedeu era robusta, o vinho verde tinto que o acompanhou caiu bastante bem, e o café no "Pires" que fechou a noite nem sequer beliscou a vontade enorme de cair na cama.


No dia seguinte, iamos rumar à Peneda e ao Gerês mais tradicional, digamos. Assim o fizemos, e em boa hora! :)

terça-feira, 6 de maio de 2008

The Living Years

Peneda-Gerês I


No fim-de-semana (que se tornou prolongado), reuniu-se uma inédita, mas excelente!, equipa - eu, Dora, Marta, Hugo, Patrícia, Miguel, Carla e Bruno - que rumou ao Norte do país - mais propriamente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês - para gozar uns já merecidos dias de férias.

A ideia era andar a pé, entre trilhos e estradas em zonas protegidas, e espairecer - fugir da selva do costume, como dizia aqui há uns dias.


Na quinta-feira "Primeiro de Maio", e depois de umas cinco horas de viagem com almoço pelo meio (a tal "nódoa no curriculum" - os canelonni em Ponte de Lima!!!),

Mas onde é que eu estava com a cabeça? Mesmo que chegássemos um pouco depois das duas e meia, nada justificava tal sacrilégio... Mas enfim. Bem, mas... bem vistas as coisas, os canelonni até estavam bastante bons! :)

chegou-se finalmente a Paradamonte, já na serra da Peneda.

Os bungalows que nos aguardavam eram bastante confortáveis - excepção feita aos noventa centímetros de largura das casas de banho... - e estavam muito bem equipados. O único ponto menos bom eram os curtos cinquenta litros do cilindro para a água quente - houve sempre alguém a acabar o banho com água fria.

O Dream Team apenas se reuniu todo por volta das cinco da tarde, e foi só depois das apresentações e da (bastante reveladora!) conversa de circunstância - percebeu-se logo que a malta estava muito motivada para caminhar, respirar ar puro e arejar as ideias - que partimos em direcção ao Mezio, perto da famosa aldeia de Soajo (que tem mais de vinte daqueles espigueiros - recipientes tradicionais para secagem das espigas de milho - em que aquela zona é muito rica).

Depois de uns bons quilómetros "aos esses", alternando entre a segunda e a terceira velocidades, e a encher o carro de uma muito saudável poeirada - durante os quais passámos por várias "mamoas" (pequenos monumentos megalíticos que constituem um importante núcleo que existe naquela região) e por um trilho que pedia BTT's a plenos pulmões - começámos a perceber a beleza agreste daquela zona: do alto do Mezio, viam-se manchas verdes numa paisagem maioritariamente rochosa, mas com flores, vacas barrosãs e até garranos!

Espectáculo!


O dia não estava brilhante - longe disso... - mas o ar era do mais puro que tínhamos respirado em meses.

Só por isso já tinha valido a pena...

A vista também era belíssima. Ou seja, a coisa prometia!


Depois do regresso à base, fez-se uma bela jantarada e planeou-se, durante as "bicas" pós-refeição tomadas no "Pires", a jornada do dia seguinte: a ida aos Pitões das Júnias.

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O "Pires", que parece ser apenas um daqueles cafés de aldeia, merece uma visita só por si: além de ter dois "plasmas" enormes, pendurados numa sala com as paredes feitas daquele granito típica das casas "lá de cima", tinha um corredor à esquerda da fachada, ao comprimento da sala, que dava acesso à zona de mercearia/loja de artigos de pesca!

Naquela zona, sítios para pescar é coisa que não falta; aliás, assim que nos aproximámos de uma das represas-alvo das romarias da malta da região, fomos mirados de alto a baixo - tipo "olha, lá vêm mais uns meninos da cidade passar uns dias...". Nada mais certo. :)

A dona da "casa" tinha uma voz que era, por vezes, de tal forma esganiçada que seria arriscado ter, como disse o Miguel, "copos pendurados ao longo do balcão"!

Que o diga o seu marido, o sr. Cipriano, que tem que a ouvir em todo o seu esplendor sempre que, por exemplo, se atrasa a trazer da mercearia o leite para os galões dos clientes (situação que presenciámos, e que alimentou as muitas imitações do Hugo que nos levaram, invariavelmente, às lágrimas, de tanto que nos rimos!).

Escusado será dizer que o "Pires" - onde comprávamos o pão, as batatas fritas, os leites achocolatados, as águas do Fastio e onde líamos o "Record" (que chegava lá para a hora do almoço) - foi um dos pontos altos desta jornada. E muito justamente!

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A estafa da viagem era grande, e aquela moleza pós-refeição fez o resto: deitámo-nos todos com as galinhas.

Já se sabia, mas acreditem: faz muito bem! O difícil é conseguir fazê-lo aqui... :)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nódoa

Se me dissessem que iria almoçar canneloni num restaurante em Ponte de Lima,

(atenção, eu escrevi "em Ponte de Lima"; ou seja, Minho...)

certamente que o negaria - peremptoriamente, e a rir!

Mas aconteceu.


Chama-se a isto "uma nódoa no curriculum". :)

Hombre!

Gasolina, 95 octanas.

Em Espanha: 1,19 €; aqui no burgo: 1,45 €.

Joder!

Depois queixem-se que a malta vá encher o depósito "ali ao lado"...

Amostra



Isto é nos Pitões das Júnias, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Espectáculo!

Tirem-me daqui!!!

A "pica" para escrever é grande, diga-se! Mas a estafa é ainda maior.

Depois de quatro dias completamente afastado da civilização, digamos, eis-me caído de volta à confusão do costume. E quando digo "confusão", é mesmo confusão!

E hoje - logo hoje... - foi um dia "daqueles".


Tirem-me daqui!!!

Uma semana diferente

Acho que todos temos semanas assim mais preenchidas, digamos, com mais actividades do que as habituais, e que fazem com que as estas fiquem um pouco para trás.

Não só não tive muito tempo para pensar nas minhas Casas Brancas, como acabei por perder o certame dos carros, na FIL...

Foi o caso desta última, que, apesar de ter sido mais curta, foi mais movimentada, stressante, variada, preenchida e rica do que muitas das anteriores.

Amanhã, regressa-se ao "normal". Espero eu.


Entretanto, o Sporting lá venceu (!!!!!) em Paços de Ferreira - lá vem o meu Avô de novo à lembrança, pois foi completamente "Sem saber ler nem escrever!"... - e parece ("parece", só) que está próximo de garantir a presença directa na Fase de Grupos da Champions de 2008/2009.

Melhor do que nada, sem dúvida, mas é um fraco consolo. Digo eu.


O prato forte foi, sem dúvida, a minha descoberta do Parque Natural da Peneda-Gerês.

Foi um verdadeiro espectáculo! :) Mas disso falarei apenas a partir de amanhã. É que os mais de mil e quinhentos quilómetros que fiz já moem um bocadinho...