terça-feira, 6 de maio de 2008
Peneda-Gerês I
No fim-de-semana (que se tornou prolongado), reuniu-se uma inédita, mas excelente!, equipa - eu, Dora, Marta, Hugo, Patrícia, Miguel, Carla e Bruno - que rumou ao Norte do país - mais propriamente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês - para gozar uns já merecidos dias de férias.
A ideia era andar a pé, entre trilhos e estradas em zonas protegidas, e espairecer - fugir da selva do costume, como dizia aqui há uns dias.
Na quinta-feira "Primeiro de Maio", e depois de umas cinco horas de viagem com almoço pelo meio (a tal "nódoa no curriculum" - os canelonni em Ponte de Lima!!!),
Mas onde é que eu estava com a cabeça? Mesmo que chegássemos um pouco depois das duas e meia, nada justificava tal sacrilégio... Mas enfim. Bem, mas... bem vistas as coisas, os canelonni até estavam bastante bons! :)
chegou-se finalmente a Paradamonte, já na serra da Peneda.
Os bungalows que nos aguardavam eram bastante confortáveis - excepção feita aos noventa centímetros de largura das casas de banho... - e estavam muito bem equipados. O único ponto menos bom eram os curtos cinquenta litros do cilindro para a água quente - houve sempre alguém a acabar o banho com água fria.
O Dream Team apenas se reuniu todo por volta das cinco da tarde, e foi só depois das apresentações e da (bastante reveladora!) conversa de circunstância - percebeu-se logo que a malta estava muito motivada para caminhar, respirar ar puro e arejar as ideias - que partimos em direcção ao Mezio, perto da famosa aldeia de Soajo (que tem mais de vinte daqueles espigueiros - recipientes tradicionais para secagem das espigas de milho - em que aquela zona é muito rica).
Depois de uns bons quilómetros "aos esses", alternando entre a segunda e a terceira velocidades, e a encher o carro de uma muito saudável poeirada - durante os quais passámos por várias "mamoas" (pequenos monumentos megalíticos que constituem um importante núcleo que existe naquela região) e por um trilho que pedia BTT's a plenos pulmões - começámos a perceber a beleza agreste daquela zona: do alto do Mezio, viam-se manchas verdes numa paisagem maioritariamente rochosa, mas com flores, vacas barrosãs e até garranos!
Espectáculo!
O dia não estava brilhante - longe disso... - mas o ar era do mais puro que tínhamos respirado em meses.
Só por isso já tinha valido a pena...
A vista também era belíssima. Ou seja, a coisa prometia!
Depois do regresso à base, fez-se uma bela jantarada e planeou-se, durante as "bicas" pós-refeição tomadas no "Pires", a jornada do dia seguinte: a ida aos Pitões das Júnias.
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O "Pires", que parece ser apenas um daqueles cafés de aldeia, merece uma visita só por si: além de ter dois "plasmas" enormes, pendurados numa sala com as paredes feitas daquele granito típica das casas "lá de cima", tinha um corredor à esquerda da fachada, ao comprimento da sala, que dava acesso à zona de mercearia/loja de artigos de pesca!
Naquela zona, sítios para pescar é coisa que não falta; aliás, assim que nos aproximámos de uma das represas-alvo das romarias da malta da região, fomos mirados de alto a baixo - tipo "olha, lá vêm mais uns meninos da cidade passar uns dias...". Nada mais certo. :)
A dona da "casa" tinha uma voz que era, por vezes, de tal forma esganiçada que seria arriscado ter, como disse o Miguel, "copos pendurados ao longo do balcão"!
Que o diga o seu marido, o sr. Cipriano, que tem que a ouvir em todo o seu esplendor sempre que, por exemplo, se atrasa a trazer da mercearia o leite para os galões dos clientes (situação que presenciámos, e que alimentou as muitas imitações do Hugo que nos levaram, invariavelmente, às lágrimas, de tanto que nos rimos!).
Escusado será dizer que o "Pires" - onde comprávamos o pão, as batatas fritas, os leites achocolatados, as águas do Fastio e onde líamos o "Record" (que chegava lá para a hora do almoço) - foi um dos pontos altos desta jornada. E muito justamente!
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A estafa da viagem era grande, e aquela moleza pós-refeição fez o resto: deitámo-nos todos com as galinhas.
Já se sabia, mas acreditem: faz muito bem! O difícil é conseguir fazê-lo aqui... :)
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1 comentário:
e não foste comer um "sarrabulho" à Pombinha? Imperdoável
;-)
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