quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Jogatana!


Mais um SuperBowl (o quadragésimo terceiro, desta vez), e mais uma joga a sério de futebol americano (jogo que recomendo vivamente!).

Desta vez, os favoritos (Pittsburgh Steelers) venceram os underdogs (Arizona Cardinals), por 27-23. Mas não foi nada fácil...

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Os Steelers são, agora, a equipa que mais troféus venceu (seis). Os Cardinals, que começaram em Chicago e que - facto comum nos states - já mudaram de cidade (estão agora em Phoenix, no estado do Arizona), há quase setenta anos que não vencem o campeonato (desde o começo da prova). E estiveram muito perto de se estrearem, este ano.

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Num jogo onde houve de (quase) tudo, os Steelers chegaram a 17-7 ao intervalo, com um dos ensaios (touchdowns) a aparecer na que foi a intersecção (de um passe) vitoriosa mais longa da história da prova: cem jardas! (É a distância inteira do campo.)

Ou seja, com os Cardinals praticamente em cima da linha de ensaio, o Steeler que foi eleito como o "Melhor Jogador Defensivo do Ano" (um armário que só visto...) interceptou um passe para ensaio e correu o campo todo sem ser travado... É certo que teve as ajudas necessárias dos colegas, mas conseguiu! Chegou, obviamente, sem fôlego à zona de ensaio... :)

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Ainda 'tava tudo a rever mentalmente a jogada, quando entra o Boss (esse mesmo!) para o espectáculo que decorre ao intervalo. Quatro músicas em doze minutos, entre as quais o "Born To Run" e o "Glory Days" (que é sobre basebol, o jogo de que ele gosta, mas que teve a letra adaptada à ocasião - "I had a friend was a great football player, back in high school"... :) ). Um espectáculo de profissionalismo e de dinamismo!

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A segunda parte foi assim mais morna, digamos. Mas só até cerca de três minutos do final, altura em que os Cardinals viraram o jogo (em três jogadas...) de 20-7 para 20-23!... E foi já no último minuto do jogo que se deu a jogada decisiva: um ensaio mesmo no limite, e 27-23. Nos restantes trinta e tal segundos, os Cardinals já não conseguiram marcar.

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Nunca uma equipa que tenha estado a perder por mais de dez pontos conseguiu vencer o campeonato.

Os "américas" adoram estas estatísticas, diga-se de passagem.

Mas estes fantásticos Cardinals - que têm um futuro Hall of Fame no seu quarterback (Kurt Warner, 37 anos) e um jogo dos mais atacantes (e, por isso mesmo, dos mais bonitos) de todas as equipas em prova - quase conseguiram acabar com este facto (viraram o resultado, mas não o conseguiram segurar...). Foi preciso um momento de inspiração atacante dos Steelers (que é, curiosamente, a equipa com a melhor defesa da Liga) - um passe absolutamente cirúrgico do quarterback Ben Roethlisberger para o extremo (wide receiver) Santonio Holmes, a trinta e cinco segundos do fim, que resultou no tal ensaio decisivo - para garantir a sua manutenção por mais um ano (pelo menos).

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Eu, para variar, estava pelos Cardinals. :) E, se este ano não tive sorte com o desfecho, no ano passado tive o privilégio de ver a que terá sido a maior surpresa de que há memória neste jogo, com a inesperadíssima vitória dos New York Giants sobre os hiper-favoritos New England Patriots - decidido, curiosamente, também a trinta e cinco segundos do fim. Coincidências.

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Diz quem sabe que este Super Bowl XLIII pode muito bem ter sido o melhor de sempre... Não sei se foi, ou se não foi. Sei é que foi uma jogatana "a sério", com grandes jogadas atacantes, grandes jogadas defensivas, um belo mini-concerto ao intervalo, e tudo com comentários agora também profissionais! (Além da transmissão já habitual feita pela SportTV, o jogo também foi transmitido no agora denominado ESPN America - anteriormente designado NASN.)... Ou seja, um show a sério! E pelo que tenho lido, foi completamente digno da sua riquíssima história. Ora, quando assim é...


Valeu a pena ter ficado acordado até às três e meia da matina. :)

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