Hoje, ouvi um pai (ou seria um avô?) muito "ofendido" com os professores. Não compreendia a sua greve. Ou se compreendia, não a aceitava. É que, assim, já não tinha sítio para deixar o miúdo...
Espectáculo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
skip to main |
skip to sidebar
Artes, desporto, reflexões, trivialidades...
Moi même
Amigos na Blogosfera
A visitar:
Arquivo
-
▼
2009
(127)
-
▼
janeiro
(22)
- É por estas e por outras...
- Maranhão e Montinho
- Serviço Público
- Empatas
- Esta é eterna
- Industry
- Alcochetices...
- Que raio de época, esta...
- Era o Sporting, ontem?
- Achados
- Como só os Ingleses sabem fazer
- A Sensibilidade de Harry Callahan
- Cenas dos próximos capítulos
- Esquimós
- Dualidade - Razão - Blogosfera
- O estado decrépito da "bola lusa"
- Noel, old boy!
- Oz
- Que seja também um Ano Leonino!
- Mozart - K 488 - III
- Mozart - K 488 - I e II
- Votos
-
▼
janeiro
(22)
8 comentários:
As pessoas deviam pensar, antes de terem filhos, se têm condições para os terem.
lá chegará a altura em que te começarás a vergar e a mudar de opinião em relação a essas pessoas.
moura, o que é isso de se ter condições para terem filhos? precisamos realmente de quê? de 114 mil contos para os criarmos até aos 18 anos, altura em que a mãe - ou o pai - podem voltar a trabalhar?
Mas, ó Pitx, o que eu critico não são as pessoas, pá, é o sistema de vida que existe e a forma como está organizado (?) - acho que, na maioria dos casos, não existem alternativas quando coisas como estas acontecem...
Além disso, não fica a sensação de que, ao ouvir este tipo de opiniões, haverá por aí muita malta que olha para a Escola principalmente como um sítio onde se despeja a miudagem durante o dia e que, além do jeitão que lhes dá, até é porreiro para os miúdos, pois assim eles até aprendem umas coisas e arranjam uns amigos, e tal... Não achas? A mim, parece-me bem que sim, infelizmente.
Caro Pitx,
Mais que dinheiro, os pais devem pensar em ter mais tempo para os filhos. Nomeadamente, se têm tempo para ficar com eles (ou arranjar uma outra alternativa) no caso de ocorrer uma greve,por exemplo... Parece que a escola é algo "essencial" para despejar os filhos durante o dia e quando esse "processo natural" falha (neste caso, por um direito essencial dos trabalhadores) os paizinhos ficam todos stressados, sem saber o que fazer.
Cumprimentos, Moura Aveirense
vamos lá pôr as coisas como devem ser:
1 o pedro é meu irmão. sou incapaz de me zangar com um irmão. (esta coisinha que está aqui ao lado é um ponto final. posso também dizer, tenho dito!) muito menos julgar que o meu irmão se está a zangar comigo.
2 quando tinha dezoito anos comecei por fazer umas colónias de férias. foram a minha paixão durante uns tempos. serviram inclusivamente para me mostrar que as crianças é que são aquela base. a colónia de férias era fechada. ou seja, estivemos lá 15 dias seguidos com eles. dormiam connosco, comiam connosco, davamos-lhes banho, brincávamos, etc. ao domingo os pais iam lá visitá-los. uma das frases que usávamos era «estes pais, realmente, despejam-nos aqui os filhos para poderem ir para o algarve abanar o capacete e curtirem à grande».
era compreensível, tínhamos 18 anos, éramos "do contra" e éramos, obviamente a favor dum mundo naifezinho com pais sempre juntos dos filhos e filhos sempre juntos dos pais.
3 entretanto crescemos, somos pais e por aí fora.
4 o que me aborrece em comentários como os do pedro e da moura - mesmo que os tenha compreendido mal - é que dá a ideia que não é possível ter filhos. ou, caso os queiremos ter, teremos de saber se: temos dinheiro para os sustentar, temos um emprego que nos permita estar muuuuuuito tempo com eles, temos capacidade e dotes para os educarmos, temos condições para, caso isso tudo falhe, tenhamos umas cunhas nalguma fada madrinha para nos salvar da situação.
5 volto a referir que compreendo as vossas opiniões mas também julgo que são coisas que são pensadas e ditas da boca para fora.
6 eu não acho que haja assim taaaaaantos casos de pais que usam as escolas para despejarem as crianças. eu acho é que não temos outra hipótese. a verdade é que nós pais, apesar de tudo o que disse no ponto 4, apesar daquilo tudo, ainda conseguimos criar filhos. porque como vocês apontam, e bem, a sociedade já não permite que as pessoas tenham filhos como antigamente: as mães já não são domésticas; os avós já não são pessoas velhinhas mas são adultos ainda no vigor da força laboral; os empregos obrigam-nos a estar mais tempo fora de casa, etc.. e acreditem, isto acontece com tooooooda a gente. e se não contornássemos estas adversidades, não havia filhos para ninguém. por isso repito, temos filhos, apesar de tudo o que nos leva a não os ter.
7. resumindo e concluindo:
pedro, quando - e se - achares que chegou a altura de teres filhos, verás que tudo serve para colmatar os buracos que surgem na nossa agenda doméstica.
moura, faz-me crer que há alguma leviandade - e não maldade ou assanhamento - nos teus comentários. bates na tecla do tempo, mas quem me dera a mim puder trocar o meu emprego para poder ficar em casa com a minha filha. pensa comigo: tens a tua vida organizada: casa, emprego, filho, infantário. o teu marido idem idem. de repente, tens um dia em que os teus filhos precisam de ficar em casa. como fazes? faltas ao emprego, não é? e apresentas lá ao patrão que atestado? um emitido pelo sindicato dos professores? vês por que é que ficamos stressados? ah pois é, jacaré!
e se fomros a pensar que as greves podem acontecer e não temos onde os deixar, significa pois que o melhor é não os ter, é isso? acredita, se eu fosse rico e não precisasse de trabalhar, a minha filha se calhar não passava tanto tempo na escola. mas disso é que podes ter a certeza absoluta. pela tua ordem de ideias a nossa ministra da educação é a grande responsável pela falta de procriação. ou será que achas que a culpa é do mário nogueira?
abreijos para os dois!
Tens muita razão naquilo que dizes, mano. Não sei se terás toda, mas também, quem é que a tem? ;)
(O objectivo do texto era, em jeito de "suspiro impotente", digamos, criticar a forma para a qual a nossa vida de hoje evoluiu, precisamente por causa do teu ponto 6 e pelo que concluis no raciocínio que diriges à Moura.)
Tenho muitos colegas que, sim, têm que ficar em casa com a filharada nestes dias, ou que acabam por levá-los pró escritório por falta de alternativas.
---
Como será lá fora? Será que as escolas têm ATL's organizados, a funcionar em permanência, em paralelo com as aulas, para casos como estes? Bem, se calhar é raro haver casos destes, tb... Era giro saber como funciona nos países vizinhos.
---
Nota: ainda 'tá para vir o primeiro post que me faz "zangar" com alguém, e ainda para mais contigo... :)
Abraço, mano!
E a situação continua a piorar... http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358774&idCanal=58
Enviar um comentário