quinta-feira, 17 de abril de 2008

Bilhete para o Jamor - II

Fica para a História: Sporting, 5 - Benfica, 3. Épico!

Deve ter sido a maior reviravolta da história dos derbies portugueses. E, sinceramente, depois daqueles zero a dois com que terminou a primeira parte, se me dissessem que íamos ganhar ao Benfica por cinco a três, diria, no mínimo, para não me gozarem.

Mas aconteceu. E ainda bem! :)


Devo aqui dizer que disse tão mal, mas tão mal do Sporting da primeira parte, que nunca imaginei que a mesma (não era a mesma, pois não?) equipa fosse capaz, apenas com uns minutos de intervalo, de inverter a sorte da eliminatória e de garantir, acho que com todo o mérito, a presença no Jamor para defender o troféu ganho no ano passado.

Nem sei bem como é que o Yannick Djaló, por exemplo, depois daquela primeira parte perfeitamente inacreditável que (não) fez, ainda conseguiu - e bem - marcar dois golos!


Foram noventa minutos muito emocionantes, acima de tudo. Mas as duas partes deste jogo foram de tal forma distintas que qualquer análise que possa fazer nunca será muito... certa, digamos: é que praticamente todos os intervenientes tiveram altos e baixos. Por isso, nem me vou dar a esse trabalho. Fico-me, apenas , por algumas notas:

- O Benfica, na primeira parte, passou positivamente o Sporting "a ferro". Foi de tal forma simples e eficaz que até pareceu fácil. E acho que até foi.

- Até praí aos sessenta minutos o Sporting não fez um único (!!!) remate à baliza; depois, rematou com muito perigo praí umas oito vezes, e marcou em cinco delas!

- O Paulo Bento inventou - na linha inicial - mas teve ou sorte, ou "olho clínico" (inclino-me mais para a primeira...), e mudou-a bem.

Já na primeira volta do Campeonato, quando não se conseguia furar a defesa adversária, passava-se do sistema do tal "losango" para um "três-cinco-dois" (ou seja, asim uma espécie de "tudo lá para a frente"), e lá chegávamos ao(s) golo(s).

- O Chalana surpreendeu tudo e todos com o Di Maria de início e, enquanto este jogou, o Sporting passou "as passas do Algarve"; depois, começou cedo demais a defender o zero a dois, tirou-o de campo (porquê?) e, a partir daí, praticamente só deu Sporting.

Devo confessar que tive pena dele, fundamentalmente pela forma que escolheu para justificar a derrota.

- Com aquele três-três, julgava que ambas as equipas iam começar a jogar com mais cautelas na defesa; qual quê!

- Hoje, um colega disse-me algo que o meu avô dizia amiúde (apesar de parecer uma "verdade de La Palisse", assenta que nem uma luva nisto tudo, e a ambas as equipas), e que me deixou a sorrir, pelas lembranças que me trouxe: que "uma equipa só joga aquilo que a outra deixa jogar".


Enfim... Como diria o saudoso Jorge Perestrelo (fartei-me de imaginar o que ele diria ontem, se cá estivesse...), "Haja coração"!

Acho que mais emoção só no jogo de Alkmaar, com aquele golo inesquecível do Miguel Garcia, no último minuto do prolongamento da meia-final da Taça UEFA de 2005!

Duas horas depois do jogo, estava de rastos, tal foi a ansiedade, o sofrimento e a alegria!

Coisas da bola. :)


Independentemente de não ter sido lá muito bem jogado - que não foi -, este foi "o" derby mais mexido e mais emocionante que vi. E o Sporting ganhou-o!

Espectáculo! :)

Agora, meus amigos, venha o F. C. Porto. E, que diabo!, venha a Taça!

2 comentários:

Gonçalves disse...

Já há bilhetes? Quando houver avisa
Um abraço;-)

Anónimo disse...

Fica para a história, de facto! E soube me muito bem "engolir" todas as mensagens mais "azedas" sobre a equipa do Sporting que te enviei na primeira parte e no intervalo... ;-) 1 Abraço Sportinguista, Diogo :)