Ida ao Porto, para uma formação de dois dias.
Tinha algumas saudades, devo dizer.
Primeiro: o trabalho.
Sim, porque senão, ainda dizem que só passeio... :)
Num ambiente fabril bastante limpo (também os há... :) ), foram dois dias de visita a uma fábrica que poderiam ter sido mais bem organizados.
Algumas empresas começam a estar demasiado na mão da malta nova, que nem sempre é bem inserida (ou ensinada...) no meio empresarial; ora, isto presta-se a falhas graves... digo eu.
Independentemente disto, estas visitas/acções valem quase sempre a pena: vêem-se os processos de fabrico e a evolução dos equipamentos, tem-se contacto com outros colegas de outras empresas e/ou de outras zonas da nossa empresa, etc.
Não foi mau.
Ah, e esteve sol, no Porto, durante dois dias inteirinhos!
Eu sei, eu sei... :)
Segundo: o lazer.
Acho um espectáculo, o Porto. Sempre gostei de lá ir, e logo desde aquela marcante primeira vez, em Novembro de 1988 (vinte anos...).
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Na tardinha de segunda-feira, dei por mim a sorrir e a reviver, mentalmente, aquele fantástico choque cultural Norte-Sul que tive precisamente nessa viagem quando, juntamente com o Pedro e o António, com as malas às costas e em plena Rua de Sá da Bandeira, não fazíamos a mínima ideia de onde estávamos... Quando perguntámos a uma senhora que ia a passar que rua era aquela, ela respondeu com um "Oh senhuores! Estão em Sá da Baundeira!" que nunca mais esqueci, e que era sempre motivo de gozação por parte da minha saudosa amiga Cristina. :)
Recordações. :)
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Desta vez, deu para reparar, entre outros pormenores, num ponto que me andava a escapar: os tipos têm muitos cafés antigos recuperados, em pleno centro da cidade! Assim de repente, lembro-me dos famosos Majestic, Guarani e Brasileira. Todos impecáveis, e todos bons exemplos de "como fazer".
Por cá também há alguns, diga-se. Mas poderiam (e deveriam, digo eu!) ser tantos mais...
Ficámos no Grande Hotel do Porto, em plena Rua de Santa Catarina - hotel centenário, recentemente recuperado/actualizado, tem na sua localização o ponto forte. Quartos razoáveis, bom pequeno-almoço, serviço atencioso. Eu gostei.
Momento alto do périplo nortenho: a noite de segunda-feira. Depois das andanças de táxi de e para Leça do Balio, comprámos um Andante (o passe para o já famoso Metro local), e andámos um pouco pela cidade.
O Metro do Porto é (está) bonito, levezinho, bem cuidado, e - parece-me... - cobre razoavelmente a cidade e os arredores! Só falta a Foz...
Em cerca de quatro horas, matei saudades da Confeitaria Cunha - onde se comeu um lanchinho muito saboroso, no qual brilhou um croissant que fazia inveja a muitos aqui do burgo... - passámos pelo Mercado do Bulhão, pelo Via Catarina e pela dita Rua Sá da Bandeira, antes de rumarmos ao famoso Aleixo, para uma janta "daquelas": uns filetes com arroz de polvo,
(que não é nada malandrinho, atenção! Sequinho e solto q.b.! - nunca tinha comido nenhum assim...),
regados com um Vila Régia tinto de 2004, e rematados com uma aletria amarelíssima e finíssima, tudo, tudo a pedir meças a qualquer bom restaurante que se preze!
Numa palavra: Magnífico!
Para desmoer, uma mini-passeata (de Metro e a pé) até à zona da Boavista. Deu para ver, entre outros pontos de interesse, o polémico edifício da Casa da Música by night. Gosto.
E a seguir, caminha! Afinal de contas, a alvorada às sete a isso obrigava.
A terça-feira foi, profissionalmente falando, parecida com a segunda: "razoável" - não mais do que isso.
Ainda consegui, na espera do comboio, ir beber um cafézinho com a "Lena do Porto" - uma Amiga de há mais de vinte anos, já!, e que, três filhos depois, está completamente na mesma! :)
Ao final da tarde, estávamos de volta à Capital do Império.
Gostei muito deste regresso.
Para uma viagem de trabalho de dois dias, acho que era difícil fazer melhor... :)
Deu para relembrar que, a Norte, há uma bela cidade para se ir descobrindo. Sim, porque este Porto é muito rico. Há lá muito para ver, e para viver.
Um bálsamo, esta "Inbicta"! :)
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2 comentários:
Só faltou mesmo a Francesinha no Capa Negra! R
A trabalhar para a elegância, assim é que é.
Abraço;-)
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