quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Falta-nos defender mais o que é nosso

O Quique Flores disse que "foi um mau dia".

O Paulo Bento já disse - e por mais do que uma vez... - que o adversário do Sporting tinha sido "um justo vencedor" (quando o Sporting perde, claro está).


Pondo de parte uma certa... como dizer?... descrença, talvez (ou, então, será "falta de confiança") com que ando em relação ao meu Sporting - que não é o que me move nesta prosa,

(ou seja, usei este exemplo como podia ter usado outro qualquer)

acho que estas opiniões, transmitidas em circunstâncias idênticas, ilustram bem uma diferença grande que existe entre muitos de nós e (talvez...) a maioria dos estrangeiros:

- Por cá, há muita malta que está sempre pronta a criticar, a dizer mal, a elogiar desde logo o oponente ou o exemplo que vem de fora (mesmo que tal possa não se justificar), esquecendo-se de defender o que é seu;

- No estrangeiro, protege-se muito mais uma imagem "nacional", digamos. Quando se é melhor - seja na bola ou noutra coisa qualquer - elogia-se, realça-se, destaca-se (sem medos nem receios); quando não, e mesmo que se elogie o oponente, ninguém se apressa a criticar os seus pares.


Dizendo de outra maneira, há por aí muita alminha lusa que, por querer ser tão imparcial, mas tão imparcial!, muitas vezes é-o em demasia. E contra si fala.

É pena que assim seja.

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