domingo, 13 de julho de 2008
Festival II
Ontem à noite, ida ao Optimus Alive - o "rival" do Super Bock Super Rock - novamente com o Pedro, o Papa-Concertos. :)
Organizado no Passeio Marítimo de Algés, tem uma filosofia idêntica - embora aqui houvesse um segundo palco a sério - e com o mesmo género de ofertas.
Devo dizer que o pão com chouriço, as tachadinhas e as farturas eram igualmente boas neste Alive 2008. Por isso, e neste particular, houve um claro empate técnico com o Super Bock.
O cartaz de Sábado para o palco principal prometia: além de Xavier Rudd e Donavon Frankenreiter - tipos já bastante conhecidos e elogiados pela crítica (isto vale o que vale, mas sempre é digno de registo...), iam tocar o Neil Young e o Ben Harper. E que bem o fizeram, meu Deus!
É que cada um tocou muito - cerca de duas horas - e bem! Depois, falaram q.b., - sem entrarem em grandes "excessos comunicacionais", digamos - tocaram do melhor que já compuseram, e conseguiram fazer-nos esquecer durante largos períodos do vento fresquinho que se fazia sentir.
---
Um reparo, ó organização: para o ano, vejam lá se alcatroam o resto do recinto, ok? Não deve ser lá muito caro (digo eu!)... É que andar permanentemente a levar com aquela poeirada toda em cima é um bocado chato - especialmente durante os "morfes".
---
Bom, mas vamos por partes.
Notei muito mais gente do que no SBSR, embora fossem dias muito diferentes. Estrangeirada a montes - espanhóis, bifes e australianos! - mas uma clara maioria portuguesa. Também, era melhor!...
Para começar, Donavon Frankenreiter. Parece que este moço é amigo do Jack Johnson, que fazem surf juntos, e tal... Pois eu devo dizer que gostei bastante do que ouvi - um rock suave mas muito bem cantado e tocado! Para estreia no Palco Optimus (o principal), foi muito bom!
Depois, lá vieram as tais iguarias. Muito boas, por sinal!
Agora que penso nisso, preferi as Sagres de ontem às SuperBock's de quinta-feira... Mas isso também já é costume.
Em seguida, e também para fugir ao vento e à poeirada, uma saltada à tenda do Palco Metro On Stage, para ouvir, a pedido do Pedro, uma tal de Roisin Murphy. Desconhecia-a - é a ex-vocalista dos Moloko. Não morri de amores, devo dizer.
Em cerca de quinze minutos, deu para ouvir uma pop electrónica muito dançável. Mas como já estava mentalizado para outro tipo de sons.... Ou seja, o mal foi meu.
O Neil Young entrou às dez para as dez, e mostrou ao muito público presente, durante as tais duas horas, algo que já todos devem saber: que "velhos são os trapos".
De blazer azul-escuro, calças claras desportivas muito folgadas (ambos salpicados de tintas multicolores) e ténis, portou-se excelentemente nas interpretações! Cantou, com aquela sua voz inconfundível, muito bem, tocou igualmente muito bem, e fartou-se de vibrar com a (sua) música. Vê-se que ainda toca com muito gosto. Aos sessenta e três anos, é louvável!
Gotei bastante da sua banda de suporte - ou não fossem estes tipos de músicos de eleição... - e, em particular, do baterista Chad Cromwell. Curiosamente, a senhora do coro - que, a dada altura, foi deselegantemente filmada de corpo inteiro... - era a sua mulher!
Reconheci "Powderfinger", "Cortez The Killer" (interpretação verdadeiramente espectacular!!!), "Rockin' In The Free World" e "Unknown Legend". As restantes ou não conhecia, ou não me lembro dos seus nomes.
Fez algo de muito interessante, quanto a mim: conseguiu equilibrar a electricidade com o acústico, sendo que as músicas mais pesadas abriram e fecharam esta magnífica prestação, que teve no meio uma muito conseguida e melodiosa fatia mais suave, digamos (na linha "Unplugged").
Apenas uma nota: achei um bocado excessivo o solo de guitarra da última música, que a fez esticar até praticamente à meia-hora de duração...
Quarenta minutos e uma segunda fartura depois, e após ter andado a mentalizar-me para "desculpá-lo" se não conseguisse estar à altura dos acontecimentos (depois daquela performance muito profissional, mas cheia de categoria, do Neil Young), entrou o Ben Harper. E não só entrou muito bem, como saiu melhor!
Esteve claramente acima do nível que dele esperava - não sendo eu um bom conhecedor do seu trabalho, e nunca o tendo visto ao vivo, digamos que fiquei com curiosidade para ir "investigá-lo" ali à Fnac... :)
Reconheci mais músicas do que esperava - "Fight Outta You", "Excuse Me Mr." e "With My Own Two Hands", por exemplo, e gostei particularmente de duas coisas giras que ele fez: que tivesse convidado o Frankenreiter - que tinha actuado umas boas quatro horas antes, para interpretarem a meias um excelente "Diamonds On The Inside" - e do dueto que fez com o público na música que gravou com a ausente Vanessa da Mata ("Good Luck"). A grande maioria da malta sabia a letra e, como tal, o resultado foi verdadeiramente espectacular! Ele gostou tanto que quis repetir! Depois, reconheceu que tinha sido uma das melhores interpretações do público em concertos seus.
Chama-se a isto "passar a mão pelo pêlo da malta". Só lhe ficou bem, atenção! :)
Uma curiosidade: quando toca, sentado, todas aquelas guitarras estranhíssimas, brilha a grandíssima altura; quando passa para as guitarras mais convencionais, apenas faz ritmo (!), acompanhando o guitarrista que com ele tocou...
Ah, a propósito: grande equipa essa, a que o acompanha! Gostei de todos, sem excepção e sem destaques.
Saímos às três da matina, claramente satisfeitos e, literalmente, de barriga cheia. Eu ainda trouxe prá cama umas dores nas pernas de ter estado cerca de cinco horas em pé... Mas valeu a pena!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
poi poi
mas antes vai passear ao oeiras parque, vê pessoas conhecidas e 2horas depois reage e manda mensagem a perguntar: eras tu? de azul? vais ao festival?
pronto...era o nervosinho da festa não é
p.s-ainda n esqueci aquele sms de engano: vais à festa da M80?
Enviar um comentário