segunda-feira, 26 de março de 2007
Heróis do Mar
André Silva, João Correia, Joaquim Ferreira, Gonçalo Uva, Marcelo D'Orey, Juan Serverino, João Uva, Vasco Uva, Luís Pissarra, Cardoso Pinto, Pedro Carvalho, Diogo Mateus, Miguel Portela, Diogo Gama, Pedro Leal, Rui Cordeiro, Duarte Figueiredo, David Penalva, Diogo Coutinho, Paulo Murinello, José Pinto e Gonçalo Malheiro.
Os "Lobos".
Estes Bravos (e outros que, desta vez, não foram escolhidos), liderados por outro case-study do nosso desporto que é o Prof. Tomás Morais (não é só o José Mourinho que o merece...), conseguiram um feito histórico para o Rugby nacional: a qualificação de uma selecção amadora (sim, leram bem: AMADORA; apesar de alguns destes jogadores já serem profissionais, a maioria joga por puro amor ao jogo e às camisolas) para a Taça do Mundo da modalidade, a realizar entre Setembro e Outubro deste ano, em França.
Na fase decisiva, tinham que vencer o Uruguai, numa eliminatória a duas mãos. Venceram a 10 de Março, no Estádio Universitário, por 12-5, e perderam no Sábado passado, em Montevideu, por 18-12. Valeu a diferença entre pontos marcados e sofridos: um ponto apenas. Um pontinho! Era tudo o que era preciso. :)
Para quem não conhece, aviso já que o Rugby é absolutamente lindo! Mas lindo, mesmo! Em Inglaterra (onde o jogo nasceu) diz-se que enquanto que o Futebol é um jogo de gentlemen jogado por brutos, o Rugby é um jogo de brutos jogado por gentlemen! :) E basta ver um jogo ou dois do famoso Torneio das Seis Nações (com a Inglaterra, a Escócia, a Irlanda, o País de Gales, a França e, mais recentemente, a Itália), para se ver que, entre outras singularidades, existe um respeito pelos árbitros praticamente sem par, um respeito pelo adversário por parte do público da casa (seja um jogo entre selecções ou entre equipas "locais") e um contacto físico intenso e quase permanente sem que isso leve a confrontos físicos entre os jogadores (que, por vezes, podem ocorrer... mas vejam primeiro e depois conversamos).
Qualquer dia, faço outro post sobre o Rugby. Há muito para contar. Por ex., vale a pena ver (e ouvir!) o Haka, o ritual/dança tribal Maori feito pelos jogadores da selecção da Nova Zelândia, antes de cada jogo. Experimentem este. Ou este. Espectáculo. :)
Em Setembro, lá estaremos. Vamos jogar com a Escócia, a Nova Zelândia (que será o "Brasil do Rugby", talvez... à falta de melhor comparação), a Itália e a Roménia. Apesar das diferenças existentes, vai ser lindo! Será que os emigrantes vão aderir e, pela primeira vez, apoiar esta Selecção? Acho que sim. Espero que sim!
Para mim, este foi, de longe, não só o maior e melhor resultado desportivo do ano (disse bem, do ano!), como também "o" acontecimento desportivo do fim-de-semana passado. Trivela do Quaresma incluída.
Nota: A minha querida Avó Raquel, que me ensinou a gostar do jogo (via com ela o Torneio das, na altura, Cinco Nações, na RTP1, no final dos Anos Setenta, andava eu na Escola Primária), haveria de gostar de saber deste resultado. E, se calhar, até sabe. :)
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3 comentários:
No ano passado, no fórum anual do nosso Grupo, tiveram a brilhante ideia de convidar o Prof. Tomás Morais para nos fazer uma apresentação, espectacular diga-se, na qual falou da formação, selecção e treino da equipe e de todas as "tácticas alternativas" que utilizou, nomeadamente a semana que estes senhores passaram nos comandos...entre outras, para além de muitas historias e glorias que estes senhores conseguiram com meios muito limitados, muito sacrifício e com muito amor à camisola. Estão de facto de Parabéns, são exemplo de que o que é nacional é bom…..
O objectivo final era fazer-nos ver que com motivação se vai longe….
Agora uma saída à gaja…quando vi aquele senhor entrar…..fiquei logo motivada :)
LLLiiiiinnndddooooo :)
É de facto um momento histórico que, na minha opinião, se deve ao Tomaz Morais. Não esquecendo a equipa, mas foi ele quem os fez acreditar e o tronou possível. No entanto, apenas uma correção, apenas o Diogo Mateus é profissional no Munster.
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