segunda-feira, 16 de março de 2009
GT
O homem 'tá de volta! Ainda bem. E, para variar, deu-nos mais uma ganda filmalhada!
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Devo dizer que fujo um bocado das unanimidades. Geralmente, são fruto de militâncias das mais variadas origens e, por isso mesmo, lá fico eu de pé atrás - pelo menos até ver a razão dessa unanimidade com os meus próprios olhos. Mas vamos olhar para o seu caso em particular.
Desde há cerca de vinte anos para cá, tivemos dele, para o grande écran e enquanto realizador, o seguinte contributo: "Bird" (1988), "White Hunter, Black Heart" (1990), "Rookie" (1990), "Unforgiven" (1992), "A Perfect World" (1993), "The Bridges Of Madison County" (1995), "Absolute Power" (1997), "Midnight In The Garden Of Good And Evil" (1997), "True Crime" (1999), "Space Cowboys" (2000), "Blood Work" (2002), "Mystic River" (2003), "Million Dollar Baby" (2004), "Flags Of Our Fathers" (2006), "Letters From Iwo Jima" (2006) e "Changeling" (2008).
Impressionante!
Acho que esta amostra dos seus últimos vinte anos de carreira (que não é uniforme, diga-se, e que terá alguns exemplos "menos conseguidos", digamos assim) é suficiente para perceber o porquê da praticamente unânime opinião que existe sobre a sua importância na História do Cinema - que já é enorme. E ainda não acabou... :)
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Ontem foi dia de ver este "Gran Torino". E que grande filme que é!
Mostra-nos, com uma simplicidade desarmante e com uma sensibilidade que, para variar (lá está!...), roça o tocante - algo a que ele nos anda a habituar -, uma história dramática muito bem contada (que fica sem pontas soltas), recorrendo a alguns actores amadores (!), a uma música suave e muito simples e a um argumento muito inteligente. E também está cheio de pequenos pormenores que são absolutamente fantásticos! - pequenas coisas, por vezes muito simples, até, mas que revelam bem a perspicácia de um olhar que apenas consigo qualificar como "maduro", talvez.
E que grande composição, a deste Walt Kowalsky! Temos, no mesmo filme, um misto do inspector Harry Callahan, do preacher do "Pale Rider", do William Munny e do Frankie Dunn, que evolui de uma forma muito interessante e que nos dá uma verdadeira lição.
Até o carro é lindo! E que até é mais do que apenas um carro.
Vão vê-lo. Vão gostar. Vão por mim... :)
PS1: Segundo se sabe, vai ser o último contributo do Clint Eastwood para o Cinema enquanto actor. Se assim for, sai em grande estilo!
PS2: Quando um filme destes fica fora dos Óscares (é ainda de 2008), ficamos a pensar nos critérios escolhidos para a selecção dos filmes em competição...
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