segunda-feira, 30 de junho de 2008

Fogos? Onde?

"A área ardida em Portugal mais do que duplicou entre Janeiro e Maio de 2008 relativamente ao mesmo período do ano passado, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF)."

Esta notícia vinha na edição de hoje do Correio da Manhã.

Haverá algum... entendimento, digamos, para não passarem as imagens "do costume" na TV?

Acho que ainda não mostraram fogo algum, pois não?


E eu que julgava que estava a ser um ano muito bom, até (neste particular, claro!)...

Painéis solares... e não só!

Li um artigo no DN sobre este assunto, e vim dar aqui.

Devo dizer que não tenho qualquer espécie de interesse nem na empresa, nem no produto. Foi apenas a curiosidade científica que me puxou.

O conceito é extremamente engenhoso! E acho que já está a ser um sucesso, por cá e lá por fora.

Vão lá ver. Vale a pena. :)

domingo, 29 de junho de 2008

Olé!


Bastante interessante, esta final do Euro 2008. Muito bem jogada pela Espanha, a espaços, que mereceu claramente o título.

Talvez possamos aprender algo com estes hermanos. Bem que precisávamos!

Speed Racer


Esqueçam lá a bolinha dos críticos, e vão mas é ver este "Speed Racer" - isto é, se não sair de cartaz entretanto...


Não ia com muitas expectativas, devo dizer. Mas como li alguma desta banda desenhada em miúdo - era publicada pela Abril, dos Disney's Especiais! :) - fiz questão. Entrei na sala numa de "é um filme para miúdos e graúdos, segundo consta". E, talvez por isso, gostei!

Além disso, foi massacrado pela crítica e, quando assim é, gosto sempre de ir tentar saber porquê. E não achei o filme assim tão mau como o pintavam. Nem de perto, nem de longe.

Muita animação, muitos efeitos especiais (alguns verdadeiramente espectaculares!), muita cor, muito... speed. Por outro lado, pouca densidade nos personagens, algumas das quais perfeitamente dispensáveis. Tem algumas coisas demasiado infantis, mas é um filme com alguns motivos de interesse - a forma como se contam algumas partes da história é bem feita, por exemplo.


É o chamado "filme de aventuras". E, neste género, já tenho visto bem pior...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nyet


Hoje, foi mau demais: Espanha, 3 - Rússia, 0.

E foi tudo zero - exibição, golos, querer, velocidade, Arshavin. Zero.

Foi pena: sem a pressão que os espanhóis lhes impuseram, os russos jogaram aquele que foi, para mim, o futebol mais giro de todos os vistos neste Euro 2008.

Mas o jogo, hoje em dia, é mais táctica, pressão, correria, manha. E, nestes aspectos, os espanholitos foram bem melhores. E mereceram, claramente, a vitória e a passagem à final.


Sinto-me tentado a primar pela ausência, no jogo da final. Sinceramente. É que, entre espanhóis e alemães, não há rigorosamente nada de que "puxe". Mas já sei que vou acabar por ver o jogo. Afinal de contas, sempre é a final do Campeonato da Europa de Futebol.

Que seja animado, pelo menos!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mais uma prova...


... de que o futebol nunca será justo: esta Alemanha venceu hoje a Turquia, e vai à final do Euro 2008!!!

Mas como é que é possível?

Estes alemães são, como equipa... banais! Mas perfeitamente banais!

Que saudades do Littbarski, ou do Rummenigge, do Haessler, do Riedle, do Moeller, do Matthäus! Estes sim, grandes jogadores alemães.

E, também à conta de alguns brindes que tiveram em momentos-chave dos seus jogos (por ex., no jogo contra Portugal e no de hoje), e que mais ninguém teve - até à data - lá conseguiram chegar ao jogo do título.

Incrível.

Mais uma vez, e como diria o meu saudoso Avô Abel, "- Foi sem saber ler nem escrever!"... Nem mais, Avô, nem mais.


Os turcos também tiveram (muita) sorte, diga-se. Mas lutaram imenso, e fizeram por merecê-la. Eles foram, ao longo da prova, um exemplo para todos verem o que é garra, crença, coração, tudo!

Hoje, acho que só tinham treze (!) jogadores disponíveis. E, mesmo assim, foram eles quem rematou mais, criou mais perigo e trocou melhor a bola. Mas não chegou.

E os alemães tiveram que aproveitar uma lesão de um jogador turco que, na jogada do terceiro golo, se lesionou ao tentar acompanhar o tipo que acabou por meter a bola na baliza, e que, até aí, não tinha jogado népia - o Phillip Lahm. Como aquele não o acompanhou, este apareceu isolado na cara do keeper Rüstü, e não teve grande dificuldade em concretizar.


Acho que, se os russos não ganharem amanhã à Espanha, vou ter que pensar seriamente em se vale ou não a pena ver o jogo da Final...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sete semanas...

Já só faltam sete semanas para as férias. Mas férias, férias - daquelas de papo para o ar, mesmo, em que normalmente até dá para esquecer as passwords todas.

Por mim, ia já.

Men in Trees


Por cá, chama-se "O Amor no Alasca". Acho que o nome não ajuda nada, mas é uma série com (muita) piada.

Na RTP2 e no FoxLife.

Chicuelina

Esta mudança do uruguaio Cristian Rodriguez do S. L.Benfica para o F. C. Porto foi uma chicuelina das antigas!

Foi tudo tratado nos conformes, segundo parece. Mas, mesmo assim, não deixou de ser uma autêntica surpresa. Pelo menos, para mim.

Também estranhei a ausência total de "reacções", digamos.


Deve estar tudo ainda a banhos.

Stone

Num restaurante meio atascado em plena Baixa, numa transversal à Praça do Rossio, estava escrito, no placard da lista, algo do género:

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Prove a nossa Sopa da Pedra

Try our Soup of Stone

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Parece-me que não terá "tradução idiomática", digamos. Nem me lembro se existirá algum equivalente, do ponto de vista gastronómico. Mas lá que soa bem, ai lá isso soa!


"Soup of Stone".

Espectáculo! :)

Vazio

Acabei de perceber porque é que sentia um certo... "vazio", mais ou menos na altura em que chegava a casa.

É que hoje, e pela primeira vez nos últimos dezasseis dias, não houve jogo de futebol algum às 19h45m!

É a neura. :)

domingo, 22 de junho de 2008

Vodka Laranja



Holanda, 1 - Rússia, 3!

Já contra a Espanha, jogo em que os russos tinham perdido por 4 - 1, tinham jogado bem. Foram ingénuos, talvez, perante uma Espanha mais... adulta. Mas, nesse jogo, ainda não tinham um tal de Arshavin - o número 10 -, que estava castigado.

Este menino já se tinha fartado de jogar pelo Zenit de São Petersburgo na Taça UEFA (troféu que estes russos venceram), onde foi peça fundamental no sucesso da equipa. Ontem, voltou a jogar lindamente. Mas não foi o único, atenção!

Semak, Zhirkov, Pavlyuchenko, Arshavin, Torbinsky, Zyryanov, Anyukov e mais uns quantos, ajudam todos "à missa". E, de vedetas, parecem ter pouco.

Acho que o Guus Hiddink, o treinador holandês que dirige estes russos, vai mesmo ganhar o prémio de "traidor do ano", como já vêm dizendo no país das túlipas.

Curiosamente, o treinador do tal Zenit de São Petersburgo é outro holandês, Dick Advocaat. Estes tipos sabem, nitidamente, da poda. :)


Este futebol dos russos tem sido bem giro de ver. Fluido, rápido, pela positiva. Só por isso, já valeu a pena vê-los a jogar. E, cá entre nós, se isto continua assim, acho que vão causar a maior surpresa deste Euro. Pelo menos, eu gostava que assim fosse.

Sou daqueles que gosta do futebol bonito. Ou seja, sou um caso perdido... :)

Isto, assim, até dá gosto. E dá esperança a tipos que, como eu, ainda acredita "neste" Pai Natal...


Uma nota: na fase de grupos, Portugal resguardou a sua equipa principal contra a Suíça - com quem acabou por perder -, e saiu derrotada no "mata-mata" contra os alemães; a Croácia fez o mesmo contra a Polónia - mas aí venceu - , para depois perder (e de que maneira!) contra a Turquia; agora, foi a Holanda, que os imitou nesse particular - contra a Roménia, a quem venceu -, e zás!, foi agora batida pela elegante Rússia.

Haverá aqui algo a concluir, ou não?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Desta vez, foram os alemães...

... a acabarem com as nossas hipóteses, por remotas que fossem (ou talvez não - nunca saberemos).

Mas... mesmo realçando o óbvio - ausência quase total do Ronaldo (para "o melhor do Mundo", deixou muito a desejar...), fífias imperdoáveis de uma defesa (com o Ricardo à cabeça) de cujos centrais se diziam (e dizem) maravilhas, empurrão ao Paulo Ferreira no terceiro golo alemão - acho que os alemães correram mais,

como é que isto é possível? Nós tivémos mais quatro - quatro!!! - dias para nos prepararmos...

e mostraram que estudaram o adversário, tendo adaptado a sua equipa ao jogo português (sendo que o inverso nunca aconteceu). Além disso, foram muito mais eficazes.

Porque será que não conseguimos ser mais eficazes, nós? Este mal já não é de agora.

Rematámos mais à baliza, é certo, mas fizemo-lo de uma forma muito deficiente. Acho que o Lehmann, apesar de ter tido bastante que fazer, não fez assim nenhuma grande defesa.

É claro que nada disto importava se aquela bola do João Moutinho (o remate do joelho) tivesse entrado.

Mas não entrou.

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Depois de ver e rever aquele terceiro golo alemão, dei por mim a pensar que ainda não temos peso lá fora, neste tipo de competições. Nem sei se alguma vez teremos, também... Somos um país pequeno e, se pensarmos bem, quando foi a última vez que um país pequeno brilhou numa competição desportiva de selecções?


Que neura!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

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(c) Getty Images


Celtics, 131 - Lakers, 92!

Espectáculo!!! :)

domingo, 15 de junho de 2008

Merecem mais...

Uma pequena vergonha, isto que se viu hoje na segunda parte do jogo com a Suíça.

Portugal merece mais. E os emigrantes, mais do que todos os restantes portugueses, merecem ainda mais. Incansáveis no apoio, não mereceram esta "prenda" dos segundos quarenta e cinco minutos. Com culpas repartidas pelo treinador e pelos jogadores.

Tudo bem que já estava tudo decidido, mas esta rapaziada toda, como já aqui escrevi, tem responsabilidades. E bastante grandes, quanto a mim.

Espero que as coisas melhorem, e substancialmente, no próximo jogo. Também... se não melhorarem, game over.

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Parece-me que está em risco um certo élan que se criou com esta equipa. Com o timing-maravilha do anúncio do nosso (ainda) seleccionador/treinador, e com esta mudança radical na linha (oito substituições?), que resultou no brilhante desempenho contra esta "fortíssima" selecção suíça... Ai estamos, estamos!

Do Scolari é melhor nem falar.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Já só falta uma!


Finais da NBA: após quatro jogos, Boston Celtics, 3 - Los Angeles Lakers, 1!

Ontem à noite, no Staples Center (em Los Angeles), foi o jogo quatro: vitória dos Celtics - fora! - por 97 - 91, após terem estado a perder por vinte e quatro pontos (!!!!), algures na primeira parte, e por vinte (70-50) a meio do terceiro período...

Impressionante!

Nestas Finais - jogadas à melhor de sete jogos - , aos Celtics só falta uma vitória para vencer o décimo sétimo título da sua riquíssima história. E, cá entre nós, acho que já não lhes vai escapar.


O próximo jogo é Domingo bai naite, novamente em Los Angeles. Lá vou ter eu que me levantar novamente lá para as três e meia da matina... :)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Numa altura destas?

O Scolari no Chelsea???

Será verdade?


A confirmar-se, para mim era "das duas, uma": ou o Felipão mandava o Abramovich pastar caracóis - por ter denunciado a coisa numa altura destas - , ou, caso isto não viesse a acontecer, era o nosso Gilberto da FPF pôr-lhe o respectivo par de patins. E mesmo a meio do Euro!

Mas, para esta segunda opção, era preciso uma coisa que eu cá sei, e que não me apetece escrever aqui.


Vocês sabem do que é que eu estou a falar...

Fica tudo em casa, é?

Quero ver quando se acabar a gasosa que resta no carro da malta. Ai quero, quero!...


E quanto tempo é que vai demorar a reabastecer as bombas de gasolina? E os supermercados? Será rápido? Coisa de, quê?, uns dois ou três dias? Uma semana?

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Alguém estará efectivamente preparado para estas eventualidades tão... "fora de moda"?

Pois. Bem me parecia.

Tempos já houve em que coisas destas aconteciam - com alguma frequência, até. E não foi assim há tanto tempo.

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Alguém viu, ou ouviu, o Sócrates, a propósito de Governo?

(Ou da ausência de Governo, no caso...)

O tipo costuma ser tão rápido a aparecer... Hmmm... Estou a estranhar.

É verdade: e o Louçã? Outro missing in action...


Porque será?

terça-feira, 10 de junho de 2008

A pato!

(c) Getty Images

Raramente fico indiferente quando há jogos de futebol na TV. E raramente fico "neutro", também.

O normal é torcer pela equipa menos forte (há excepções, claro). E, neste Euro 2008, tenho escolhido sempre um dos lados.

Ou, em alguns casos pontuais, contra um dos lados.

Nos jogos já realizados, torci pela Suíça, pelos nossos, pela Croácia, pela Polónia (contra a Alemanha), pela Roménia (contra a França), pela Itália (é, é verdade...) - embora aqui me tenha dividido um pouco, pois deu gosto ver jogar esta Holanda! -, pela Rússia (contra a Espanha) e pela Suécia (contra a Grécia).


Hoje, estive a gramar uma valente seca no Grécia - Suécia. A determinada altura, os gregos andavam a trocar a bola na defesa, e os suecos a ver de longe (já estavam, devida e prudentemente, preparados para estas situações) - como se ambos estivessem contentes com o zero-a-zero (situação que já se verificou inúmeras vezes em provas deste género, e que mereceu reprovação unânime, especialmente do público).

Apesar disto, os suecos sempre foram mais positivos. Agora, os gregos... meu Deus!

Para uma equipa Campeã da Europa, acho que estava a ser uma vergonha. No mínimo.

Apenas fiquei a ver a segunda parte na expectativa de que algum sueco desse um murro na mesa (no caso, um tiraço à baliza), e desequilibrasse a coisa. E não é que aconteceu isso mesmo?

(c) Getty Images

O Zlatan Ibrahimovic (nome 100% sueco, este) - o moço acima - mandou um míssil prá baliza grega, completamente indefensável, mais ou menos a meio da segunda parte. E, uns cinco minutos depois, já os gregos começavam a reagir, atacando como bem sabem (uma táctica tipo Itália, a helénica de hoje: "alguém há-de marcar; afinal de contas, sempre temos noventa minutos..."), zás!, outro golo sueco (resultado de uma confusão na pequena área, com vários jogadores à molhada; nem sei bem quem marcou, mas lá que a bola entrou, entrou).

Daí até ao fim, foi ver os gregos feito baratas-tontas, sem saber bem como é que "aquilo" lhes aconteceu, e a tentar, desinspiradamente, reduzir a desvantagem. Em vão.

Ou seja, valeu a pena, a seca! E soube completamente "a pato!", este Grécia, 0 - Suécia, 2.


É claro que esta "pequena alegria" teve muito a ver com o facto de ter acontecido com (contra!) a Grécia. Mas mesmo que tivesse sido com outra equipa qualquer - olhem, com a Itália, por exemplo!, que tantas e tantas vezes joga assim, mesmo sabendo fazê-lo pela positiva - o gostinho tinha sido praticamente o mesmo.

É que, para mim, quem joga (?) assim, merece perder. Mai nada!

Arbitragens

Afinal, lá por fora também se arbitra (muito) mal. Não é coisa que já não se soubesse, mas enfim.

Este Euro 2008 já teve tanta, mas tanta roubalheira em vários jogos - golos validados com foras-de-jogo de mais de um metro (!!!), dualidades gritantes de critérios, etc. - que faz com que, por cá, até pareça que temos bons árbitros...


Se calhar, discutimos demais as arbitragens, por cá. Ou será que, lá fora, é que se discute "de menos" esse assunto?

domingo, 8 de junho de 2008

Bem...


É de mim, ou ontem jogámos "umas coisas", contra os turcos?

Há já algum tempo que não se via um jogo melhor, digamos, da nossa selecção. Será que é para continuar? ;)

sábado, 7 de junho de 2008

Menino da Linha

Formalmente, desde ontem que já sou um "menino da Linha".

Parece-me bem. :)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Deus que vai a caminho

Para a Isabel, para o Pedro e para o Vitorino.


Hoje, quando vinha para casa, deparei-me com o seguinte cenário, perto da Av. Miguel Bombarda: um homem já idoso, sentado desajeitadamente no chão da rua, bengala tombada sob a perna, já tinha sangrado bastante do nariz (tinha certamente caído). A seu lado, sentada no chão, uma rapariga, inexcedível na assistência, tentava ajudá-lo a marcar um número no telemóvel, enquanto umas cinco ou seis pessoas que os rodeavam – já inteiradas do estado aparentemente não muito grave do homem – aguardavam pacientemente.

Às tantas, começa-se a ouvir uma sirene. Momentos depois, surge no horizonte a silhueta amarelo-azulada da ambulância. Três ou quatro pessoas começam desde logo a acenar, para sinalizarem à dita a presença do "seu" doente.

Chega ao local, pára na esquina mesmo ao lado do doente e da sua acompanhante de ocasião, e de lá de dentro saem duas raparigas: a tripulante, de luvas de látex já na mão, e a médica, de mala à tiracolo. Dirigem-se de imediato, em passo firme mas calmo, ao doente, e começam a fazer-lhe as primeiras perguntas, essenciais para tentar entender o sucedido e, depois, agir como poucos sabem.

A partir deste ponto, segui caminho. Tive a certeza de que este homem já estava nas melhores mãos possíveis.


Há uns anos, tive a sorte de conhecer uma "equipa" de malta muito fixe, beirã, que me mostrou, digamos assim, o INEM. Ou seja, uma realidade até aí perfeitamente desconhecida para mim.

A ideia que tinha do INEM era a normal, digamos: médicos e enfermeiros de urgência, a voarem baixinho para tentar chegar a tempo de salvar uma, ou mais, vidas.

Foi então que ouvi falar, pela primeira vez, no CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes – o centro de onde toda a sua actividade é guiada. Na altura, ainda só havia centros de emergência médica talvez apenas nas principais cidades do país. As VMER – Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação – eram uns VW Golf TDI completamente artilhados (lindíssimos!), e havia julgo que três helicópteros em outras tantas cidades do país.

Ouvi imensas histórias de "saídas" absolutamente incríveis. Desde malta que, de tão estoirada que estava (de saídas seguidas numa mesma tarde – ou noite, já nem me recordo bem…), até conseguia adormecer dentro do carro em marcha de emergência, com as sirenes a berrarem no máximo e as janelas abertas, devido ao calor (!!!), até uma de um tripulante de âmbulância que, por falta de alternativas expeditas, resolveu fazer, em plena hora de ponta, a Fernão de Magalhães, em Coimbra, em contramão!

O John Ford, julgo que n’ "O Homem Que Matou Liberty Valance", dizia algo do género: "Quando a ficção ultrapassa a realidade, publique-se a ficção". Pois neste caso, parece ficção, mas não é.

Outras histórias ouvi que eram bem mais dramáticas, devo dizer. O que é perfeitamente normal, nestas situações.


Entretanto, o Tempo encarregou-se de melhorar substancialmente as coisas – o que nem sempre acontece, como sabemos. E hoje já temos, para bem de todos, o INEM mais espalhado pelo país. As VMER também evoluíram – já são uma carrinhas VW Passat’s, ou Scenic’s – e até já vi médicos do INEM a saírem de mota para acudir um doente!

É claro que ainda acontecem cenas como aquela conversa telefónica que ouvimos aqui há uns meses largos… Mas o fundamental que retive, e retenho, de tudo isto é que, mesmo em condições difíceis – alguns destes "meus" bravos, por exemplo, acumulavam turnos destes com os respectivos trabalhos nos hospitais, e às vezes de seguida! – aquela (e esta, de hoje, também, claro está!) malta do INEM, que até parecem pessoas comuns, dá tudo por tudo pelos doentes. Mesmo!

Acho estes tipos absolutamente fantásticos, devo dizer!

E olhem que não ganho comissão nenhuma com esta prosa… :)

Escolhidos a dedo, adoram certamente a adrenalina destas situações. Mas também agem com uma precisão, calma e destreza que não devem ter igual! A este nível, talvez apenas os bombeiros – com quem, de resto, trabalham em colaboração – e alguma da nossa polícia (também temos bravos nestes campos, caso não saibam).

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Aqui há uns anos, numa aflição que tive com o meu Pai, pude comprovar muito do que aqui escrevi, apesar do nervosismo óbvio da situação toda – a espera (que não foi longa, diga-se, mas que pode muito bem sê-lo, infelizmente), a chegada, a calma na abordagem à situação, o encaminhamento da coisa e a ida para o hospital. Felizmente correu tudo pelo melhor.

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Hoje, a queda daquele homem, o apoio que recebeu de meros transeuntes (a rapariga que o amparou… Meu Deus! Um espectáculo!) e o seu posterior acolhimento e tratamento por esta malta da emergência médica – uma autêntica "tropa de elite" da Saúde, digo eu! – trouxe-me de novo à memória estas e outras histórias, de que aqui nem falei.

Acho que não será difícil concluir que, apesar de tudo o que nos mostram de mau que acontece aí fora, ainda há coisas que funcionam. Podiam funcionar melhor, é certo. Mas funcionam.


Quando aquelas VMER’s aparecem – para tentar parar o Tempo, e fintar algum Destino que pareça estar traçado – talvez seja Deus que vai a caminho.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Seleccionador de Bancada

Aqui vai:

Quim; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Raul Meireles, João Moutinho e Deco; Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida.

Pode ser...

... que estas imagens todas de praí meio Portugal completamente histérico com a nossa selecção - aquela rapaziada que, de vez em quando, mas apenas de vez em quando!, joga umas coisas valentes à bola -, pode ser que essas imagens, dizia eu, sirvam para meter na cabeça de cada um desses rapazes que eles têm uma responsabilidade acrescida, que me parece que ainda não sentem.

Digo "acrescida" porque além de ser uma Selecção Nacional - em princípio, representa o que de melhor existe no país, em termos futebolísticos - são (somos!) muitos a olhar para eles, e à espera de ver umas coisas com nível - no mínimo!

Isto numa altura em que estamos mergulhados no meio de um desânimo bastante acentuado.

Não faz lembrar um certo país-irmão, isto?

Era bom que essa responsabilidade acrescida os ajudasse, para que pudessem mostrar a todos - num momento tão ideal como é uma fase final do Campeonato da Europa de Futebol - aquilo de que são, efectivamente, capazes.

Porque me parece que são mesmo capazes!


É que, a avaliar pelo lindo exemplo que vimos no jogo contra a Geórgia, um "peso" destes está-lhes a fazer muita falta!

Não, pois não?

Alguém ainda aguenta a Selecção na televisão?

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Oxalá me engane, sinceramente!, mas algo me diz que, lá para dia quinze, e com isto tudo a continuar assim - fala-se de tudo menos em treinar, em melhorar, enfim, em futebol - já estará(?) tudo acabado.

É só um feeling, atenção!...

Pode ser sugestão, mas...

... acho que já começa, embora muito ligeiramente!, a cheirar a Primavera.

Eu ia escrever a Verão, mas seria algo exagerado. No mínimo!

Acho.

Também, já não era sem tempo!

As Sete Cores de Oníris



Rita, parabéns pela estreia! Muitas felicidades, e boa sorte com este primeiro livro!

Algo me diz que a recepção vai ser muito boa! :)

domingo, 1 de junho de 2008

Postiga


Assinou hoje, por três anos. 2,5 M€. Uma surpresa, digo eu!

Vamos ver...

Banhas

Cheguei à conclusão de que estou farto de ter peso a mais. Mas mesmo farto!


Agora, só me falta ter aquela força de vontade continuada para mudar o rumo que isto teima em manter.

Essa é a parte mais difícil.

Superior!



Repito: Superior!