domingo, 27 de abril de 2008

"Sem saber ler nem escrever!"

Esta frase lembra-me o meu Avô, que a dizia sempre que uma equipa ganhava um jogo de futebol sem saber lá muito bem como.

Hoje, e depois de mais uma exibição "daquelas", ela assenta que nem uma luva a este Sporting.

Mas será que isto nunca mais acaba?

Salvou-se a vitória e o ter atingido o segundo lugar.

Agora, estou com curiosidade em ver a resposta que a equipa dá em Paços de Ferreira, já prá semana, no jogo contra a equipa local - que está aflita para se manter na Primeira Liga...

Marketing


Numa sala de cinema, o "Blade Runner" é ainda melhor. Nunca o tinha visto "ao vivo" e, sinceramente, valeu mesmo a pena! Afinal de contas, é um dos "meus" filmes e, como tal, já era esperado que fosse o espectáculo que foi.

Dei por mim a dizer, em voz baixa e em simultâneo com o filme, as frases da conversa entre o Deckard e a Rachel na casa do Dr. Eldon Tyrell:


- "Do tou like our owl?"
- "It's artificial?"

- "Of course it is!"

- "Must be expensive..."

- "Very. I'm Rachel."

- "Deckard."


Espectáculo! :)


Agora, uma pergunta: alguém viu diferenças entre este "Final Cut" e o "Director's Cut" de 1992? Eu devo confessar que não vi. Mas, apesar de adorar este filme e de o ter visto algumas vezes, também não sou nenhum expert. E, também, não é que isso interesse muito... mas enfim.

Acho que este lançamento é mais um golpe de marketing do que outra coisa qualquer. Por mim, não há grande problema. E como pensava que esta versão nem sequer chegaria às nossas salas de cinema (e, em Lisboa, acho que só está no El Corte Inglés...), foi uma grande e boa surpresa!


Acho que vou revê-lo, prá semana. Ou prá outra... :)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Respirabilidade

Quando se entorna um líquido para limpeza de jantes na bagageira do carro, será que um perfume ambientador de 1,49 € é suficiente para tornar o ar respirável dentro do habitáculo - pelo menos, até pôr a dita bagageira dalla macchina a lavar?

Não percam as cenas dos próximos capítulos... :)

Selvas e Escapes

Uma vez que o mundo das empresas é, efectivamente, uma selva,

(e disto parece que ninguém duvida)

acho essencial que todos aqueles que nela (sobre)vivem tenham um refúgio, uma "fuga", um escape, um hobby - para manter a sanidade mental, a bem de um equilíbrio que é fundamental nas nossas vidas.

Ring The Bells


Tenho para mim que eles foram a next big thing, mas parece que nem todos deram por isso.

Por mim, tudo bem. Conheci-os, comprei-os, ouvi-os, vi-os e são um dos "meus" grupos.

Quem fez músicas como o "Sometimes", o "Sit Down", o "Tomorrow", o "Say Something", o Ring The Bells" e outras do género merece um lugar nos meus eleitos. E tenho dito!


Ainda bem que estão de volta. Agora, vamos escutá-los, e aproveitar bem este regresso. :)

domingo, 20 de abril de 2008

Regresso à "normalidade"

União de Leiria, 4 - Sporting, 1.

Chama-se a isto o regresso à "normalidade" 2007-2008. E acho que nem é preciso dizer mais nada.

A falta de frescura física que foi mais do que evidente não pode servir de desculpa para aquilo que se viu - ou melhor, que não se viu - hoje à noite.


Já andava há algum tempo à procura de uma expressão que "enquadrasse" devidamente o desempenho leonino desta época - não que isto seja muito importante, mas enfim...

E hoje, após esta magnífica exibição, e depois de tudo aquilo que temos visto (ultimamente e não só), acho que encontrei a tal expressão: "Falta de categoria".

Acho que, entre coisas boas e coisas más, a falta de consistência, por exemplo, será, apenas, uma das pontas do iceberg.

Actualmente, não temos categoria nenhuma. Mas nenhuma! Seja em termos de jogadores, de equipa técnica ou mesmo no que toca à estrutura (será que existe alguma?) do Departamento de Futebol.


O que vale é que já faltou mais para o final da época.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Bilhete para o Jamor - II

Fica para a História: Sporting, 5 - Benfica, 3. Épico!

Deve ter sido a maior reviravolta da história dos derbies portugueses. E, sinceramente, depois daqueles zero a dois com que terminou a primeira parte, se me dissessem que íamos ganhar ao Benfica por cinco a três, diria, no mínimo, para não me gozarem.

Mas aconteceu. E ainda bem! :)


Devo aqui dizer que disse tão mal, mas tão mal do Sporting da primeira parte, que nunca imaginei que a mesma (não era a mesma, pois não?) equipa fosse capaz, apenas com uns minutos de intervalo, de inverter a sorte da eliminatória e de garantir, acho que com todo o mérito, a presença no Jamor para defender o troféu ganho no ano passado.

Nem sei bem como é que o Yannick Djaló, por exemplo, depois daquela primeira parte perfeitamente inacreditável que (não) fez, ainda conseguiu - e bem - marcar dois golos!


Foram noventa minutos muito emocionantes, acima de tudo. Mas as duas partes deste jogo foram de tal forma distintas que qualquer análise que possa fazer nunca será muito... certa, digamos: é que praticamente todos os intervenientes tiveram altos e baixos. Por isso, nem me vou dar a esse trabalho. Fico-me, apenas , por algumas notas:

- O Benfica, na primeira parte, passou positivamente o Sporting "a ferro". Foi de tal forma simples e eficaz que até pareceu fácil. E acho que até foi.

- Até praí aos sessenta minutos o Sporting não fez um único (!!!) remate à baliza; depois, rematou com muito perigo praí umas oito vezes, e marcou em cinco delas!

- O Paulo Bento inventou - na linha inicial - mas teve ou sorte, ou "olho clínico" (inclino-me mais para a primeira...), e mudou-a bem.

Já na primeira volta do Campeonato, quando não se conseguia furar a defesa adversária, passava-se do sistema do tal "losango" para um "três-cinco-dois" (ou seja, asim uma espécie de "tudo lá para a frente"), e lá chegávamos ao(s) golo(s).

- O Chalana surpreendeu tudo e todos com o Di Maria de início e, enquanto este jogou, o Sporting passou "as passas do Algarve"; depois, começou cedo demais a defender o zero a dois, tirou-o de campo (porquê?) e, a partir daí, praticamente só deu Sporting.

Devo confessar que tive pena dele, fundamentalmente pela forma que escolheu para justificar a derrota.

- Com aquele três-três, julgava que ambas as equipas iam começar a jogar com mais cautelas na defesa; qual quê!

- Hoje, um colega disse-me algo que o meu avô dizia amiúde (apesar de parecer uma "verdade de La Palisse", assenta que nem uma luva nisto tudo, e a ambas as equipas), e que me deixou a sorrir, pelas lembranças que me trouxe: que "uma equipa só joga aquilo que a outra deixa jogar".


Enfim... Como diria o saudoso Jorge Perestrelo (fartei-me de imaginar o que ele diria ontem, se cá estivesse...), "Haja coração"!

Acho que mais emoção só no jogo de Alkmaar, com aquele golo inesquecível do Miguel Garcia, no último minuto do prolongamento da meia-final da Taça UEFA de 2005!

Duas horas depois do jogo, estava de rastos, tal foi a ansiedade, o sofrimento e a alegria!

Coisas da bola. :)


Independentemente de não ter sido lá muito bem jogado - que não foi -, este foi "o" derby mais mexido e mais emocionante que vi. E o Sporting ganhou-o!

Espectáculo! :)

Agora, meus amigos, venha o F. C. Porto. E, que diabo!, venha a Taça!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Bilhete para o Jamor - I

Amanhã escrevo sobre isto. Neste momento, não consigo sequer falar... :)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Desacordos...

Independentemente da razão que possa (ou não) ter, relativamente ao Acordo Ortográfico que se debate (?) hoje à noite no Prós e Contras da RTP 1, a forma como o Prof. Carlos Reis se dirige a quem dele discorda (e, se calhar, não só...) é de uma agressividade de tal forma rude e malcriada que consegue ser verdadeiramente irritante!

Parece que só ele é que sabe, e que a razão é toda sua!

Haja pachorra...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

"Hit"? Hah! :)


Vasco, tu já tens tudo, né? Para ti, não deve valer a pena. Mas, para mim, acho que vale. Vou "investir". :)

Pelo sim, pelo não, fica aqui o registo.

domingo, 13 de abril de 2008

A nossa "Voz"

Ponto de Mira


Este "Ponto de Mira" ("Vantage Point") é um thriller que nos mostra as diversas visões de um atentado contra a vida do presidente dos E.U.A., numa cimeira mundial anti-terrorismo que se realiza em Salamanca.

Aquilo que se destaca mais neste filme é que ele mostra-nos várias vezes a mesma história, mas vista de diferentes perspectivas - as das personagens principais que compõem o elenco: o presidente, o segurança, o terrorista, um polícia local, um turista e a realizadora de TV, entre outros.

Além de ter um elenco com alguns actores já consagrados (Dennis Quaid, Forest Whitaker e uns pequenos papéis da Sigourney Weaver e do William Hurt), tem uma perseguição de automóvel daquelas "à maneira" e uma forma bastante original de nos contar uma história.


O mais interessante neste filme é que é só à medida que vamos vendo as tais diversas visões da mesma cena é que nos vamos apercebendo da forma como toda a trama está bem planeada e, claro está, do seu desenlace.

Faz lembrar, na forma (mas assim vagamente, só) "O Homem Que Matou Liberty Valance" - o "meu" John Ford de eleição.

Espectáculo! :)


Só por isto, já vale a pena ir vê-lo.

"My name is Foyle. I'm a police officer".



Esta "Uma Guerra À Parte" ("Foyle's War", no original) - que é, sempre que aparece, completamente maltratado pela nossa TV (atiram-na para bem depois da meia-noite, no Canal 1, assim sem avisar...) - é uma daquelas séries que me faz pensar que, se não vivesse aqui e agora, e que se fosse possível escolher país e época para viver, era no "campo inglês" dos meados do século XX que a minha escolha (quase de certeza!) recairia.

É uma série policial inglesa, passada na altura da Segunda Guerra Mundial numa pequena vila (Hastings), situada algures nesse tal countryside inglês que me fascina desde há anos, e que nos conta a história do chefe de polícia local (Foyle) e da sua actividade diária de resolução dos mais diversos crimes, sempre coadjuvado pelo seu deputy Milner e pela sua ajudante/motorista Sam.

O elenco é fantástico, claro, e as histórias são, apesar de "policiais", geralmente assim mais... levezinhas, digamos. E, depois, são todos, mas todos! (sem excepção) tremendamente educados.

Já existem em DVD nacional (milagre!) as três primeiras "épocas", como agora se diz, com quatro episódios cada. O problema é que, debaixo da oferta toda de séries de TV que existe por aí fora, e que todos conhecemos, passa praticamente despercebida.


Uma pena, digo eu. É que, para mim, é um verdadeiro must!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sporting, 0 - Rangers, 2


Jogámos pouco contra uma equipa perfeitamente acessível.

Falhámos no ataque, e na forma de o construir.

Mandámos muitas bolas por alto (já não é de hoje, esta...) contra uma defesa forte no jogo aéreo. Ou seja, estavam, logo à partida, condenadas ao insucesso.

Tivémos também algum azar na bola ao poste do Liedson, e nas duas hipóteses do Moutinho (1ª parte) e Tonel (2ª).

Os escoceses foram algo felizes, é certo (dois golos em quatro ocasiões), mas trocaram bem a bola e correram mais.

Quase que arriscava dizer que, hoje, foram mais "equipa" do que o Sporting.


Custa perder assim, mas acho que, sinceramente, e na globalidade, não fizemos o suficiente para passar.

Vamos lá a ver se não se vão abaixo, contra o Leixões, já neste Domingo...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Judah


Faleceu recentemente o actor americano Charlton Heston.

Ficou famoso por, entre outras, a magnífica interpretação de um judeu romano que, tendo acompanhado bem de perto a vida e morte de Jesus, se converteu ao Cristianismo - naquele que é, à data, o filme mais galardoado da História do Cinema: "Ben Hur".

É um dos meus filmes preferidos. Não me canso de o rever.

Foi, quanto a mim, o papel de uma carreira.


Estes "grandes" do Cinema vão desaparecendo, fisicamente. É a Lei da Vida. Mas estes seus legado ficam. E ainda bem!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Emocionante!


Liga dos Campeões, quartos-de-final "à inglesa": Liverpool, 4 - Arsenal, 2.


Após um 1-1 relativamente receoso de ambas as equipas, zás!, final de jogo emotivíssimo: em cerca de vinte minutos, tivemos o 2-1 (grande golo do Fernando Torres!), o 2-2 (um golo à Maradona - o Theo Walcott passou praí por uns cinco jogadores do Liverpool, entrou na área e centrou para trás, dando o golo ao Adebayor, que só teve praticamente que encostar), logo seguido do 3-2 (penalty muito duvidoso - para não dizer outra coisa... - sobre o Ryan Babbel, que o Gerrard converteu como deve ser - em força e a meia altura), e acabámos com um 4-2, já nos descontos, obtido pelo mesmo Babbel, num contra-ataque fulminante!


A isto, meus amigos, chama-se um final emocionante de uma boa jogatana!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O regresso do tio Mark


Belo regresso do tio Mark Knopfler a Portugal!


Já com uma barriguinha, e tal... Mas também, quem sou eu para, nesse particular, apontar o dedo a quem quer que seja? :)

Começou às 21 e 30, sharp (será pontualidade escocesa?) e, apesar de ter tido alguns momentos bastante (demasiado?) calmos, tocou muito daquilo que queríamos ouvir. O esgotado Campo Pequeno (bela acústica!) agradeceu e, a avaliar pela reacção geral, gostou imenso.

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Houve, como quase sempre acontece nestas ocasiões, uma meia dúzia de anormais que passaram a melhor parte do concerto na passa (o que me lixa nem é eles fumarem; é nós levarmos por tabela!)... Acho que nem perceberam bem o que é que estavam a ouvir. Mas também, será que lhes interessava verdadeiramente?

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Gostei particularmente de voltar a ouvir o "Romeo and Juliet", o "Telegraph Road" (ainda hoje a oiço, vezes sem conta!), o "Speedway of Nazareth" e o sempre obrigatório "Going Home - Theme from Local Hero", a fechar. Ah, e uma tal de "Sultans of Swing", claro... :)

Aquele solo final continua um verdadeiro must! Ele já deve andar a tocá-lo há mais de vinte e cinco anos, mas soa sempre bem, e a malta continua a adorar ouvi-lo. Espectáculo!


Achei-o, por vezes, um pouco preguiçoso a cantar algumas das músicas (mas a voz ainda lá está... será que já estará farto de algumas delas?), mas acabou por passar por todos os seus discos a solo, e por mais umas quantas dos Dire Straits.

Eu achei bem, note-se.

E que grandes músicos que o acompanham, também.


Resumindo: um excelente concerto!

Acho que é sempre porreiro voltar a ouvir um dos músicos de que mais gostamos - neste caso, já vem desde os tempos do Liceu. E uma sorte, também!

As Estações


quarta-feira, 2 de abril de 2008

Caramel


Uma espécie de "Monsoon Wedding", passado numa cidade um pouco mais perto das nossas. Geografica e culturalmente falando.

Um filme que nos mostra que, afinal de contas, e contra quase tudo o que somos levados a pensar, há vidas onde não pensamos haver. Que, também lá (e como, de resto, um pouco por todo o mundo), as pessoas têm praticamente os mesmos desejos, objectivos, problemas, experiências de vida e ambientes que nós conhecemos.

Há bastante com que rir, muito para sorrir mas, também, coisas que deixam um gosto amargo na boca, situações que nos põem a pensar e que nos levam a concluir que, afinal (e por muito que não pareça) afinal, dizia, somos todos iguais.


Um pormenor bastante importante, agora: tem, seguramente, a maior concentração de aviões por metro quadrado de fita de que há memória num filme! Elas são morenas, ruivas, de cabelos lisos, encaracolados, jovens, menos jovens... Um espectáculo! :)


Da música, o mínimo que se pode dizer é que está perfeitamente à altura do filme.

Como diz um amigo, "Nível!".

Resumindo: a não perder! Quanto mais não seja, para verem ___ (a cidade onde o filme se passa) como raramente a mostram.