quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sofrer e Querer

Pois o Sporting lá eliminou o Fátima, na Taça da Liga. Custou (muito!), mas foi.


O querer dos jogadores foi absolutamente determinante! As coisas iam correndo mal - quanto mais não seja, pelo andamento do marcador - mas nunca viraram a cara à luta. E se houve alguns que estão mesmo em baixo, outros mostraram que se pode contar com eles.

O Fátima teve bastante azar, também. Numa altura em que venciam por um a zero, mandaram uma bola ao poste, e quando estava dois a dois, mandaram novamente a bola ao poste! Apesar de terem sido em jogadas de bola parada que o conseguiram (bem como os dois golos, nas chamadas "segundas bolas"), poderiam ter sido decisivas no desenlace da eliminatória.

Acho que nem foi um grande jogo. Em algumas fases, o Fátima voltou a correr mais do que o Sporting, mas não tiveram o controlo das operações por causa disso (ou seja, não traduziram em domínio de jogo esse factor).

Uma pergunta: como é que uma equipa do meio da tabela da segunda divisão corre o que estes tipos correm?

Outra pergunta: como é que o Sporting corre tão pouco?

Pareceu-me também que o Paulo Bento acertou nas alterações que fez na equipa. Não só nas substituições - o Pereirinha mexeu à brava na equipa, e o Purovic marcou - como também no esquema táctico que aplicou na segunda parte. Apesar de ter sido um "pau de dois bicos" (quando mandou a equipa prá frente, para virar o resultado, expôs-se aos contra-ataques do Fátima), a coisa funcionou. E ainda bem!


Agora, uma coisa foi por demais evidente: a arbitragem miserável daquela "madalena" que equipava de amarelo, um tipo chamado Olegário Benquerença.

Eu acho que não foi falta de qualidade. É que, se assim fosse, os erros seriam para os dois lados. Foi roubalheira, mesmo! Mas, com este tipo, e infelizmente, isto já não é de hoje.

Confesso que já perdi a conta ao número de jogos arbitrados por este "filha da p..." em que o Sporting foi claramente prejudicado.

Como diria o Eça, "uma besta".

Devo dizer que, por vezes, me acusam de ser o "advogado do Diabo", nestas coisas das arbitragens, pois procuro sempre ver o porquê das decisões aparentemente incompreensíveis, e de arranjar sempre argumentos para entender o outro lado. Mas isto, hoje, foi demais!...

Ficaram montes (mas montes!) de faltas por marcar a favor do Sporting, alguma completamente evidentes - algo que muda claramente a tendência de um jogo de futebol, pois a equipa que faz as faltas começa a ter a noção de que pode prevaricar sem ser punido, e quem as sofre começa a sentir-se enervada pela unilateralidade das decisões do árbitro (?).

Houve alturas em que quase que dava pena ver as reacções de alguns jogadores do Sporting - que chegaram há pouco tempo ao clube, e por isso ao país - casos do Vukcevic, Purovic ou do Izmailov - e que se via, nitidamente, que não percebiam porque é que o Benquerença agia daquela maneira... Acho que eles vão, lentamente, começando a perceber o tipo de arbitragens com que vão ter que lidar, daqui para a frente!


Mesmo com esta sensação quase sempre presente, os jogadores do Sporting nunca baixaram os braços e foram, por isso premiados com esta vitória e com a qualificação para a fase seguinte desta Taça da Liga, a Carlsberg Cup.

Agora, estou é com muita curiosidade em ver como é que o Sporting vai encarar o próximo jogo - Domingo, contra o Naval 1º de Maio...


Nota: É de mim, ou o Miguel Veloso está ali a mais, nesta altura? Na primeira parte, então...

Se o miúdo anda dominado pelas notícias dos jornais, não estará na altura de o mandar descansar uns jogos para o banco? Tenho para mim que talvez lhe fizesse bem - apesar de ser uma decisão arriscada, sempre dava uma hipótese ao Adrien Silva (um júnior que me parece ter condições para vir a ser um jogador fantástico!) de ganhar experiência de Campeonato.

Talvez fosse uma boa ideia... Mas isto é apenas o "treinador de bancada" que há em mim a falar. :)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Muito para ouvir




Speedway of Nazareth

After two thousand came two thousand and one
To be the new champions we were there for to run
From springtime in Arizona 'til the fall in Monterey
And the raceways were the battlefields and we fought 'em all the way

Was at Phoenix in the morning I had a wake-up call
She went around without a warning put me in the wall
I drove Long Beach, California with three cracked vertebrae
And we went on to Indianapolis, Indiana in May

Well the Brickyard's there to crucify anyone who will not learn
I climbed a mountain to qualify I went flat through the turns
But I was down in the might-have-beens and an old pal good as died
And I sat down in Gasoline Alley and I cried

Well we were in at the kill again on the Milwaukee Mile
And in June up in Michigan we were robbed at Belle Isle
Then it was on to Portland, Oregon for the G.I. Joe
And I'd blown off almost everyone when my motor let go

New England, Ontario we died in the dirt
Those walls from mid-Ohio to Toronto they hurt
So we came to Road America where we burned up at the lake
But at the speedway at Nazareth I made no mistake


Mark Knopfler, 2000

Dark

Há alturas em que a quantidade de coisas chatas que nos querem impingir (normalmente, é via-TV, mas não é um exclusivo desta...) é de tal forma asfixiante que só me apetece é pirar-me da sala e ir ouvir música, ou andar por aqui a navegar, ou mudar de canal e ver uns programas sobre animais, ou uma joga de ténis, etc., etc. ... e desligar. Ligar à terra.

É que é tudo mau! (Ou então "sujo", ou "negativo", ou "depreciativo", ou "decadente", ou "deprimente"!)

E se nós bem sabemos que há muitas coisas que são mesmo (mas mesmo!) más, também sabemos que há igualmente muitas que não o são, que diabo!


Porque será que este nosso mundo só é "pintado" em tons de cinzento e negro?

domingo, 28 de outubro de 2007

Acho que já fomos...

Ainda a primeira volta vai no adro, e parece-me que "já fomos"...

Não temos banco. Não temos velocidade (esta, sinceramente, não consigo entender!). E, por muito que me custe, acho que o nosso treinador é, ainda, um bocado limitado.

Ou seja, a este meu Sporting falta... classe, talvez. Não totalmente, claro! Mas falta.

Como a Liga dos Campeões é para equipas com outro nível, digamos, resta-nos lutar pelo segundo lugar neste nosso fraco campeonato - que, mesmo assim, vai ser muito difícil de conquistar, atenção!

O que me irrita ainda mais é que, apesar de termos perdido na terça-feira passada, em Roma, jogámos muitíssimo melhor contra os italianos do que contra este Nacional de nível mais do que duvidoso! ...


Não é este o Sporting que eu quero ver (só de pensar que pago, e bem, para o fazer in loco... até dói!), e de que tanto gosto.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Outro "Spirit"

Man gets tired
Spirit don’t
Man surrenders
Spirit won’t
Man crawls
Spirit flies
Spirit lives when man dies

Man seems
Spirit is
Man dreams
The spirit lives
Man is tethered
Spirit free
What spirit is man can be


Mike Scott, London, 1984

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Spirit!

O texto abaixo foi copiado do site www.planet-rugby.com (é acerca das nomeações, ou prémios - "awards" - que aqui foram atribuídos aos que mais se destacaram da Taça do Mundo de Râguebi), num artigo intitulado "Moments of the 2007 RWC":


Spirit Award: Coming into their first ever Rugby World Cup nobody gave Portugal a chance, and in fact had tipped them to ship in excess of three hundred points. However what we saw in the opening four weeks of the tournament from Os Lobos was a tribute to their sheer guts and determination. They may have gone down 108-13 to New Zealand, and finished the tournament without a win, but they left with huge respect and admiration from the rugby public. They managed to score a try in every one of their games, with the most popular score being Rui Cordeiro's try against the All Blacks. From an impromptu game of football against the All Blacks to a wedding proposal for one of their players after their last game, Portugal will forever be etched into rugby fans' hearts.


Espectáculo! :)

Rainha, 1986-1988

A próxima Sexta-feira vai acabar "em alta": está marcada uma jantarada de reencontro da turma de Artes dos 10º e 11º anos do nosso Liceu!


Apesar de não ir ter o mesmo impacto do da janta de Novembro do ano passado - essa fez-nos matar saudades que já datavam, em alguns casos, de vinte anos! - vai ser mais um regresso a um passado que todos têm guardado nos seus baús das boas recordações.

Mas o que é engraçado é que todos têm curiosidade de rever estes estranhos (velhos amigos ou, simplesmente, colegas) que, actualmente, ainda mal conhecem (na maioria dos casos), mas com quem passaram alguns dos momentos mais marcantes das suas juventudes!

É que ninguém quer faltar a estas jantaradas - apesar de serem difíceis de marcar... :) -, onde se vai tentando recuperar o "tempo perdido" destas amizades/camaradagens - é que isto de "vinte anos" é muito ano.... E se muitos já confirmaram a sua presença, outros andam a ver como é que se vão organizar para estarem presentes.

Espectáculo!

Diga-se de passagem que, com os diferentes rumos que as nossas vidas tomaram, também é impossível que os reencontros sejam mais frequentes... Por isso, há que tirar o máximo proveito destes momentos. Mesmo que durem apenas umas horas, são saboreados intensamente. E ainda bem que assim é!

É giro ver que, sempre que nos falamos, instintivamente pomos um sorriso - mesmo que não o estejamos a ver, sentimo-lo! -, queremos saber como estamos, e só se for mesmo impossível é que não nos encontramos!


Acho que isto diz bem do tal "espírito de turma", de camaradagem (de que já aqui falei) que sempre existiu nesta mescla muito eclética de rapazes e raparigas que constituem aquela que foi, e ainda é - como diz um de nós - "a melhor turma de Artes que o Liceu alguma vez teve"!

Perche?

Porque é que o Sporting não joga mais vezes assim, como fez esta noite, em Roma? Houve alturas do jogo em que parecia que quem jogava em casa era o Sporting, e não o Roma!

Perdeu, é certo, mas, se continuar a jogar desta maneira, os bons resultados irão certamente aparecer.

Romagnoli, Vukcevic, Romagnoli e Moutinho - um belo meio-campo! A repetir.

E acho que nem vale a pena malhar neste ou naquele jogador. Para quê? Já se conhecem as limitações da equipa, por isso... Bola prá frente!

domingo, 21 de outubro de 2007

The Brave One


Um show!

Subversivo, emocionante, duro, por vezes bastante violento, polémico, tem interpretações excelentes... Deixa-nos a pensar muito sobre o tema, a forma escolhida para lidar com ele e as suas implicações dessa escolha.

É uma ganda filmalhada, digo eu!


Vão ver, que vale mesmo a pena!

Springboks rule!


Os springboks venceram a Taça do Mundo de Râguebi! Espectáculo!


Num jogo muito à base de pontapés defensivos e de conquista de terreno, a África do Sul derrotou a Inglaterra (anterior detentora do troféu) por 15-6, no Stade de France, em Paris.

Os springboks são a minha equipa favorita há já muitos anos, desde que reentraram na cena internacional (julgo que em 1993) - após o levantamento da proibição de participarem em eventos desportivos, graças ao regime do apartheid. Quando acabou o apartheid, ganhei uma equipa de râguebi. :)

Apesar de ter sido um jogo mais feiinho, gostei imenso que os springboks tivessem ganho! Excelentemente capitaneados pelo seu talonador (o número dois) John Smit, e treinados pelo controverso Jake White,


- que foi buscar a preciosa colaboração técnica do antigo treinador da Austrália, Eddie Jones - eles foram a equipa mais regular, venceram todos os jogos que fizeram (incluindo uns 36-0 a esta mesma Inglaterra, ainda na fase de grupos!!!), tiveram o melhor marcador de ensaios da prova - o seu número onze, Bryan Habana, com oito,


e apresentaram aquela que terá sido a defesa mais consistente de todas as equipas em prova.

Na segunda parte, deu-se a jogada decisiva do jogo: naquele que parecia ser um excelente ensaio da Inglaterra, o árbitro teve dúvidas se o jogador inglês teria ou não tocado na linha lateral antes do toque de meta (não o pode fazer), e consultou o quarto árbitro - que tem acesso às revisões televisivas da jogada - para esclarecimento.

Após várias revisões do lance, o(s) árbitro(s) não validou o ensaio. Mas a jogada é mesmo no limite! Sorte para os sul-africanos, que assim se livraram de ficar a perder (o resultado estava em 9-3), possivelmente por 10-9.

O que é de realçar é que foi graças a uma placagem já em desespero do número oito sul-africano, Danie Rossouw, ao jogador inglês, Mark Cueto, que este tocou ao de leve na linha lateral, inviabilizando a concretização do ensaio!

Ou seja, foi uma espécie de defesa impossível. :)

Esta jogada mostra bem que é a defesa que ganha campeonatos.

O Percy Montgomery - o melhor marcador de pontos desta Taça do Mundo, com cento e cinco - marcou doze pontos (quatro pontapés de penalidade),


e o François Steyn mais três (um pontapé). O inglês Wilkinson marcou os seis pontos ingleses (dois pontapés), e falhou dois de ressalto...


No final, até o presidente Mbeki foi celebrar para o relvado!



Num país tão dividido como aquele ainda está, esta conquista de todos deveria também servir para juntar mais a malta toda. Mas não sei se o conseguirá...


Foi um espectáculo: quarenta e oito jogos de râguebi durante um mês e meio, com os nossos Lobos à mistura (que se portaram muito bem, também)! Vou ter saudades...

Agora, a próxima edição é daqui a quatro anos, em 2011, na Nova Zelândia. Mal posso esperar... :)

"To be...

... or not to be".

Expressão mundialmente conhecida da peça "Hamlet", de Villiam Shakespeare.

Ontem, fui vê-la e ouvi-la ao Teatro Maria Matos, numa encenação de João Mota, com o Diogo Infante a liderar um bom elenco.

Gostei muito! Tinha um guarda roupa muito simples mas bastante curioso, alternando o mais simples de época com alguns fatos e gravatas (!) - completamente contemporâneos, portanto - uma música mais pró minimalista, interpretada in loco por dois músicos (que tocavam instrumentos de sopro, cordas e percussão, e também geriam sons electronicamente), umas luzes que seriam apenas as estritamente necessárias, e uma acústica razoavelmente adaptada a um palco colocado no meio de três bancadas de público - uma tradicionalmente na sua frente, e mais duas colocadas nos seus lados!

Foi uma coisa assim mais modernaça. Mas nada assim demasiado avançado.

A peça é um dramalhão daqueles, e o texto (ou a sua adaptação...) nem sempre é fácil, mas gostei muitíssimo do trabalho da maioria dos actores e da sua direcção!

Ocasionalmente, houve um ou outra frase que os actores disseram que não percebi bem (e eu estava na fila da frente!) - não sei se seria pelo facto de irem dizendo as falas para que todas as bancadas os pudessem ouvir em igualdade de cirscunstâncias. Mas não houve nada que tivesse escapado, digamos.

Uma curiosidade: os actores estavam descalços.

Não percebi bem o alcance da coisa, devo dizer, mas o mal deve ser meu...

As cadeiras do Maria Matos é que eram horríveis! Duríssimas! Ao fim de duas horas de peça (que teve quase duas horas e meia de duração, sem intervalo! - mas, atenção: não custa nada a passar; está-se tão absorto a seguir o enredo que nem se dá pelo passar do tempo), o rabo estava completamente quadrado... Foi o único ponto francamente mau numa boa noite cultural.


Resumindo: valeu bem a pena! Venham mais peças destas, que a malta gosta.

Milagres...

Metem a reserva (?), e depois queixam-se... Nem um milagre salvou o Sporting, ontem.

O Fátima mostrou, ontem, no Restelo, que é uma "equipa" de futebol, na verdadeira acepção da palavra. Pode ser da segunda divisão, mas é uma equipa. Joga em equipa. Tem "colectivo".

O Sporting apresentou um conjunto de jogadores que habitualmente são suplentes, não tendo, por isso, as necessárias "rotinas de jogo". Confirmou-se, pois a velha máxima do futebol que afirma que "um conjunto de onze jogadores não faz uma equipa".

A primeira parte do Sporting foi bastante má, também por causa disso.Na segunda parte, ainda se tentou dar a volta ao resultado mas, desta vez, não se conseguiu.

Acho que nem vale a pena falar na falta de empenho ou de qualidade de alguns desses jogadores... Já a permanente falta de velocidade, de querer, de garra, essas sim!, acho que são preocupantes para o treinador e, principalmente, para os adeptos, que merecem bem mais do que se viu ontem.

Começa-se com aquela história de resguardar alguns jogadores, e tal... Conclusão: perdemos, e bem, o jogo da primeira volta desta eliminatória da Carlsberg Cup, vulgo Taça da Liga.

E foi muito bem feito!

Todo o mérito vai para os de Fátima, diga-se, que vieram fazer o seu jogo e que, em momentos-chave, tiveram a chamada "sorte do jogo" do seu lado.


Agora, não me venham falar é em milagres de Fátima... Ganhou quem mais fez por isso. E o resto é conversa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dezassete do dez

Às vezes, irrita-me ser assim! É que isto não me leva a lado nenhum.


Mas, também, podia ser pior...

Neste dia, e apesar da boa disposição reinante, acima de tudo, tenho montes de saudades da Avó Didi, do Avô Abel, da Avó Raquel, da Tia Berta, do Tio Américo, da Tia Ivone, do Tio Artur, do João e da Cristina do Porto. Todos sempre presentes, de uma maneira ou de outra.

Mas é bom lembrar-me de todos eles, também. :) É sinal de que me marcaram muito, e de que não os esqueci.


Merecem a minha lembrança, e muito mais!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Reduções


Hoje, entregaram uma nova versão da Lista das Páginas Amarelas cá em casa.

Bem... pelo menos não foi em Agosto, como é costume fazerem com a de Assinantes.

Por acaso, gostava que alguém me explicasse por que raio é que o fazem nessa altura... É que, como é bom de ver, Agosto (que é um mês de férias para não sei quantos por cento da população portuguesa) é sempre uma altura boa para aquela malta que anda praí a assaltar casas saber quem é que está em casa, e quem é que não - ou seja, basta verem se a dita cuja continua à porta uns dias depois de ter sido entregue, ou não...

Ora, o tamanho desta edição é... diferente: deve ser, aproximadamente, um A5. "Ena! É bem mais maneirinha", pensei eu.

Deve ser um dos resultados práticos de mais um programa de redução de custos da PT, tão em voga por esse mundo empresarial fora. Digo eu!

Até aqui, nada de muito especial. O único "detalhe" é que, em vez de manterem o tamanho das letras igual ao anterior, não: resolveram reduzi-lo, também, e logo praí para metade!

Ou seja, reduziram TUDO para metade. Espectáculo. E muito prático, claro.

Eu, que até vejo benzinho, faço um esforço do caraças para ler as moradas! Imagino a malta que vê pior...

Pergunto: para quê esta versão? Já tínhamos uma "normal", impressa a meias com as "Páginas Brancas", já entregues. É por ser mais pequena? Mais... sei lá, "fácil de manusear"? Mas e a legibilidade, meus amigos?


Será que, também aqui, anda tudo maluco??

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mais uma...

Outra descoberta:


(Isto é uma coisa completamente "de gaja"! Estou a ficar preocupado...)


Experimentem. Espectáculo!... :)

"Ler é urgente"

A minha Mãe deu-me a ler, mais uma vez, um artigo muito interessante.

Saiu na edição deste Domingo do Notícias Magazine (um suplemento do DN), e está muito bem escrito! É de um médico pediatra, o Dr. Octávio Cunha, e tem como tema "Ler é urgente".

Esta minha Mãe... :)

Nele é abordado o tema da leitura, os livros, o hábito de ler que está a cair (cada vez mais) em desuso, a falta de tempo para tal nos dias de hoje, e ainda arranja espaço, nas duas colunas que ocupa, para dar um conselho excelente aos pais, baseado certamente na sua experiência profissional: leiam uma história aos filhos ao adormecer.

Transcrevo a seguinte passagem:

"As histórias acalmam as crianças. Terão um sono mais tranquilo. Os terrores nocturnos serão menos frequentes e talvez, talvez, seja um primeiro passo para que comecem a gostar e a adquirir o gosto pela leitura".

Espectáculo! :)


Recomendo a leitura do artigo na totalidade. Vale bem o preço do jornal!

Saudades

Há bocado, quando vinha da bica (era um descafeinado, Susana... :) ), passei por uma autêntica relíquia: um Opel Commodore GS!, estacionado meio em cima do passeio, meio fora.


Confesso que se me dissessem apenas o nome e modelo do dito, ficava na mesma. Mas ao vê-lo, reconheci as linhas familiares.

É aquilo a que alguns de nós podem chamar de "banheira": se virem bem pela amostra acima - que, apesar de não ser bem igual, foi a imagem mais fiel que encontrei (deve ser um modelo Commodore A GS, de finais dos anos sessenta) - o capot deve ocupar quase metade do comprimento do carro... e os bancos ainda não tinham encostos para a cabeça! Espectáculo. :)

As linhas eram bem bonitas. Como hoje já não se vê, mesmo.

E lembrei-me do primeiro carro que conduzi, e onde continuei a minha aprendizagem prática de condução: o magnífico Peugeot 204 do meu Pai, igualzinho a este.


Tinha a chamada suspensão "francesa" - normalmente sinónimo de um conforto extremo -, era muito fácil de conduzir (sempre, sempre), tinha umas mudanças muito certinhas e uns sofás... perdão, uns bancos como também já não se deve ver.

Não era veloz, mas era económico, confortável, levava cinco pessoas na boa, e tinha uma mala espectacular!

E quando penso nele, lembro-me muitas vezes de uma viagem que fiz (julgo que em '95) para o Luso; demorei bem umas duas horas e meia (não devo ter passado dos 110 km/h...), mas foi uma daquelas viagens despreocupadíssimas, tipo braço de fora, janela aberta, sem pressa de espécie alguma.

Cheguei lá já por volta da hora do jantar, e encontrei a malta na Casa de Chá, onde jantámos todos - acho que comi uma pizza, e um Rol, da Olá... (como vêem, já vem de há algum tempo, esta minha tendência para a gastronomia italiana! :) )

O João estava muito bem disposto, e fartámo-nos de rir (parece que o estou a ver às gargalhadas!... ) com um chorrilho de anedotas que me tinham contado na altura! :)



Tenho saudades. De tudo: do João, da família da altura, do 204, do Luso em 1995.

(Há dias assim...)

Espero que o futuro seja tão bom como este passado que aqui guardo bem dentro.

domingo, 14 de outubro de 2007

Semi-finais da RWC


Mais duas grandas jogas de râguebi - as meias-finais da Taça do Mundo: a Inglaterra venceu ontem a França, que jogava em casa (em pleno Stade de France) por 14-9, e os Springboks (África do Sul) derrotaram os Pumas (Argentina) por 37-13.


No primeiro jogo, os bifes entraram bem, mas tiveram dificuldades em suster as cargas francesas da primeira parte. Ao intervalo, perdiam por 5-6. Depois, foi o show do Wilkinson, o médio de abertura inglês, que marcou três pontapés aos postes - dois dos quais nos últimos dez minutos do jogo que arrumaram a coisa.

Foi este tipo que decidiu a final da última Taça do Mundo, em 2003: com os seus pontapés (de ressalto, de penalidades ou em conversões de ensaios), foi decisivo na vitória inglesa sobre a Austrália em pleno Estádio Telstra, em Sydney.

Hoje, a África do Sul pôs muito mais dificuldades aos argentinos, que fizeram muito mais erros neste jogo apenas do que no resto da prova. Dois dos quatro ensaios sul-africanos resultaram de intersecções pelos defesas (são, tipicamente, os tipos que jogam com os números 11 a 15) de jogadas à mão dos sul-americanos.

Nessas situações, as intersecções dão frequentemente origem a ensaios das equipas que as conseguem, pois apanham os adversários em contrapé e, como tal, correm quase sempre sozinhos a distância desse ponto até à linha de ensaio.

Este segundo jogo foi mais animado do que o primeiro; mais movimentado, mais dinâmico, mas com mais erros, também. O Inglaterra-França foi muito táctico: pontapés para cima e para baixo, numa de conquista territorial... O que vale é que há quem goste de ambos os tipos de jogo... :)

No próximo sábado, é a final: Inglaterra - África do Sul. Eu estou pelos Springboks, como sempre. Espero que seja um jogo bom!

Vamos lá a ver se os sul-africanos conseguem vencer os ingleses, anulando os pontapés do Wilkinson - derrotaram-nos na primeira fase da prova por 36-0 sem ele, que estava lesionado na altura - e ganhar a Taça William Webb Ellis pela segunda vez.


Era um espectáculo se assim fosse! :)

Novos amigos

Primeiras visitas à Beatriz, filha da Clara e do António, e à Ana, filha da Inês e do Luís.

Ambas calmíssimas, e cheias de estilo. Acho bem. E como essas coisas têm que começar logo, logo, desde o início, elas estão, por assim dizer, bem lançadas! ... :)

Nada de choradeiras ao passarem de colo em colo, que isso é coisa de miúdos... E estiveram sempre muito bem comportadas durante as visitas! Até deu gosto.


Parabéns aos pais, e muitas Felicidades para todos!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Os "Orgulhosos Verdes"


O meu gosto pelo desporto vai muito para além do que tenho pelo futebol. E parece estar a decorrer uma ressureição de que me apetece falar.


Aqui há uns vinte e cinco anos, a RTP começou a transmitir os jogos da NBA, a liga de basquetebol profissional americana. Isso teve um impacto enorme na malta que gostava de desporto em geral e, em particular, nos amantes do basquetebol.

Sempre houve umas grandas jogas de basquete cá em Portugal, também... Lembro-me, quando era miúdo, de ouvir falar nos três grandes (que tinham, geralmente, boas equipas) e também do Sangalhos, do Illiabum e de mais uns quantos. E havia uns derbies bem animados, acreditem!

Nessa altura, na NBA, reinavam os Los Angeles Lakers e os Boston Celtics.

Os Lakers, treinados pelo "mestre" Pat Riley, tinham uma equipa absolutamente fantástica, onde pontificavam jogadores como "Magic" Johnson, Mychael Cooper, A. C. Green, Byron Scott, James Worthy e Kareem Abdul-Jabbar. Os Lakers jogavam um basquete tão animado, rápido e imprevisível que era apelidado de "Showtime", tal era o espectáculo que davam.

Já os Celtics, treinados pelo K. C. Jones, eram o seu contraponto: faziam um jogo mais pausado, sem grandes correrias, um pouco à imagem do seu treinador, mas com uma certeza nos passes e com uma qualidade de lançamento como ninguém mais tinha. Um dos seus melhores quintetos da altura é considerado, por muitos experts na matéria, como o melhor da história: Dennis Johnson, Danny Ainge, Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish.


Na altura, quando transmitiam esses grandes jogos das Finals do campeonato, eu escolhi torcer por uma dessas equipas, como tantas vezes faço (seja em que desporto for): preferi os Celtics.

Talvez o facto de jogarem de verde tenha ajudado... :)

Soube mais tarde que os Boston Celtics são a equipa com mais títulos da história da NBA - dezasseis, ganhos maioritariamente nos anos sessenta.

Julgo que foi nessa altura que foram apelidados de "orgulhosos verdes", pois jogavam com uma atitude não só extremamente competitiva como, por vezes, algo arrogante. Escusado será dizer que todos lhes queriam ganhar. Mas tiveram equipas imbatíveis, e venceram sete dos dez títulos em disputa nesses anos.

Estas duas equipas dividiram a maioria os títulos dos anos oitenta: três para os Celtics, e cinco para os Lakers, se bem me lembro. E foi graças à enorme rivalidade entre o celtic Larry Bird (branco, oriundo de uma pequena terreola do estado de Indiana) e o laker Earvin "Magic" Johnson (negro, nascido numa pequena cidade no estado de Michigan) que a NBA começou a crescer e a tornar-se no que é hoje - talvez o campeonato desportivo mais conhecido e apreciado em todo o mundo.

Depois... bem, depois, já no início dos anos noventa, apareceu um tipo chamado Michael Jordan, que revolucionou ainda mais o jogo, fazendo movimentos até aí nunca vistos e marcando várias vezes mais de cinquenta pontos num único jogo (coisa raríssima de ver). Tornou-se no melhor jogador da Liga e é considerado, hoje e julgo que continuará a sê-lo por muito tempo, o melhor de sempre.

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Nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, foi dada autorização aos EUA para levarem jogadores profissionais de basquetebol (o que nunca tinha acontecido antes) ao respectivo torneio olímpico. E foi então nesse ano que nasceu a equipa que ficou conhecida como o "Dream Team", da qual fizeram parte, além de Bird, Magic e Jordan, os seguintes jogadores: Charles Barkley (Phoenix Suns), David Robinson (San Antonio Spurs), Chris Mullin (Golden State Warriors), Scottie Pippen (Chicago Bulls), Patrick Ewing (New York Knicks), Karl Malone (Utah Jazz), John Stockton (Utah Jazz), Clyde Drexler (Portland Trail Blazers) e Christian Laettner (Universidade de Duke). Todos jogadores de primeiríssima água, e que, anos mais tarde, foram nomeados para o chamado "Hall Of Fame" da NBA - o seu "quadro de honra"!

Espectáculo!!

Nunca mais se conseguiu reunir numa selecção nacional um naipe de jogadores com a qualidade deste. E duvido que alguma vez se volte a conseguir.

Há uma foto famosa onde estão alinhadas todas as selecções que participaram nesse torneio. Vêem-se as selecções todas dispostas em fila, ao lado umas das outras, e enquanto que a americana tem, nesse instante, quase todos os seus jogadores a olhar em frente, todos os jogadores das restantes selecções (sem uma única excepção!) estão ou a tirar fotografias aos americanos, ou a olhar para eles, como se fossem extraterrestres (que, de certa forma, até eram...).

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A NBA, entretanto, mudou. E enquanto que os Lakers se foram mantendo mais ou menos a um nível de topo - venceram mais uns três campeonatos, acho eu, com jogadores fantásticos como Kobe Bryant e Shaquille O'Neal - os Celtics nunca mais ganharam um campeonato (o último data já do algo longínquo ano de 1986).

Pois este ano, o director geral dos Celtics passou-se. Já tinha na equipa um excelente jogador, mas que estava muito desapoiado e com uma grande tendência para se sentir frustrado, pois sentia-se impotente para levar sozinho às costas uma equipa sem grandes perspectivas - o base-extremo Paul Pierce. E, neste Verão, resolveu manter Paul Pierce e despachar a restante equipa quase toda (a do ano passado) para poder ir buscar dois grandes jogadores de topo, que já estão numa fase mais... "avançada" das suas carreiras, mas que ainda devem ter muito para dar ao basquete:

- Kevin Garnett, um extremo-poste com 2,11m que já foi o melhor jogador (MVP) da Liga em 2004 (comprado aos Minnesota Timberwolves), e

- Ray Allen, um dos melhores bases lançadores da Liga (vindo dos Seattle SuperSonics).

Garnett, Allen e Paul Pierce já foram várias vezes nomeados para o jogo All Star - para este jogo "de todas as estrelas" os jogadores são eleitos pelo público! Escusado será dizer que nasceu uma nova "alma" na equipa.


Espera-se muito deste novo Big Three em Boston.

O Big Three original eram Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish, os mais influentes e decisivos jogadores do tal quinteto da equipa dos anos oitenta.


Devidamente acompanhado de jogadores tipo-operários, poderão devolver a uns quase moribundos Celtics o brilho que o tempo foi apagando. E já se diz que estarão de novo prontos para lutar pelo título.

Como adepto que sou, espero sinceramente que sim!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Henley

Outro grande som. :)

Mais duas...





Espectáculo! :)

Lit Up

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Mais Rainha

Alguns maduros ex-alunos do Rainha D. Leonor resolveram fazer um blog para, entre outras coisas, se reverem velhas amizades, com direito a colocação de fotos antigas.

É malta que por lá passou entre o fim dos 80 e o início dos 90.

Também está prevista uma jantarada, lá para Novembro, a decorrer no ginásio. Acho muito bem!


Não há dúvida que, para muitos de nós, estas coisas marcam.

Roubo!

Há bocado, paguei um euro por um iogurte líquido daqueles todos especiais - tipo Danone Bifidus de cereais, ou lá o que é... - num café aqui perto.


Um euro? Duzentos paus por um iogurte líquido??? F***-**!!!!! Chama-se a isto um roubo. E de igreja!!!

Como dizia, e bem, um colega meu - assim mais para o explosivo - "Anda tudo a gamar!"

Ó Susana, tu que sabes destas coisas, diz-me: lá para meio da tarde, posso ficar-me antes por um copinho de água, posso? Assim só naquela...

E, atenção!: os mesmos gajos levam um pouco mais por uma garrafa de litro e meio de água!... É um euro e cinco, no caso.


Acho que já começo a perceber como é que o dono aparece com um Série 5...

domingo, 7 de outubro de 2007

Jogatanas


Em apenas dois dias, houve um Inglaterra - Austrália, um França - Nova Zelândia, um África do Sul - Ilhas Fiji e um Argentina - Escócia em râguebi! Espectáculo!

Para quem só vê, por ano, praí uns dez jogos (e, infelizmente, só para quem tem a SportTV...) - os do Torneio das Seis Nações, isto é um banquete!


Pois houve duas grandes surpresas: a derrota da favorita Austrália às mãos da irregular Inglaterra (10-12) e, principalmente, a da superfavorita Nova Zelândia pela imprevisível França (18-20).

É, é verdade: os famosos All Blacks ficaram, mais uma vez, pelo caminho. Nas cinco Taças do Mundo já disputadas - 1987, 1991, 1995, 1999 e 2003 - apenas venceram a primeira, que foi disputada em casa. Em todas as outras, foram sempre apontados como os grandes favoritos à vitória final, mas nunca o conseguiram. E também não vai ser desta. Talvez em 2011, novamente em casa...

A África do Sul, apesar de ter passado por uns valentes sustos com as Ilhas Fiji, venceu por 37-20, e a Argentina conseguiu resistir a um ataque final dos escoceses, tendo ganho por 19-13.

Foram uns embates fantásticos, com os jogadores a darem o seu máximo. Houve muito menos facilidades para se desenvolverem jogadas vistosas mas, mesmo assim, houve belos momentos de jogo à mão e ao pé - as Ilhas Fiji, então, e apesar da derrota, deram um verdadeiro espectáculo: jogadas rápidas à mão, sempre imprevisíveis, muito fluidas... Caíram de pé!

Também se viram mais erros, o que é perfeitamente normal. É que, agora, os jogos já eram a eliminar (a doer, portanto) e a pressão era bastante maior...

Mas foi um espectáculo! E, para a semana, há mais: nas meias-finais, vamos ter um Inglaterra - França, no Sábado, e um África do Sul - Argentina, no Domingo!


Cá por mim, podia ser assim - jogos destes durante o ano todo... :)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Evolução... ?

Hoje em dia, para se programar qualquer acontecimento, ou "evento" (social, principalmente), por mais variado que seja - festas de anos, cinemadas, e até idas para férias! - zás!, toca a mandar um e-mail, ou um SMS.

Tenho a impressão que a esmagadora maioria da malta já terá aderido a este método.

Diz-se que é muito mais barato, que é muito mais prático, e tal... Merda, é o que é.


Não sei se já repararam mas, desta forma, está-se lentamente a acabar com a parte humana destas combinações: a conversa. O acto de conversar, o ouvir de viva voz e "em directo" o amigo, o familiar.

Ocorreu-me agora que a ideia pode ser precisamente evitar a voz ou a conversa!, seja por causa da velocidade a que a maioria de nós vive, hoje em dia, seja porque, pura e simplesmente, não temos pachorra para nos ouvirmos. :) Também pode ser...

Bem, aí... sim. Aí, ok! Assim, consegue-se. Mas duvido que seja essa sempre a ideia...



Dantes, tinha que se falar à malta toda envolvida, fosse qual fosse a ocasião. Era menos... prático, mais... demorado, mais caro!, do que mandar o tal e-mail ou o SMS, dir-me-ão.

F***-se! Menos prático? Mais demorado? Mais caro???

Eu prefiro mil vezes ouvir a voz dos meus amigos a convidarem para qualquer coisa, ou a sugerirem qualquer coisa, do que ler mais um e-mail, ou mais um SMS!!! Mas mil vezes!

Os SMS são muito eficazes, sem dúvida. E os e-mails até mais. Mas, quanto a mim, acho que têm os seus campos de aplicação mais adequados, respectivamente, na rápida e breve troca de comentários ou de simples informações (no caso dos SMS) e na troca profissional de informação, no envio mais "casual" (ler em Inglês, se faz favor) de novidades mais ligeiras aos amigos, e até num papel de substituição, de actualização, de adaptação aos tempos modernos das cartas que, frequentemente, se escreviam até há não muito tempo (no caso dos e-mails).

Agora, pergunto: e se o telemelga, por algum motivo, estiver desligado? E se se trabalhar longe de um PC durante uma temporada (pode acontecer, acreditem...), ou longe dos e-mails? Aí, não se tendo acesso a estes meios, como é que é? 'Tamos desligados do mundo, é? Não existimos?

Espectáculo! Como diz um amigo, "Maravilha!"...


Há alguns anos, combinou-se uma jantarada por e-mail, num grupo de amigos. Apareceram todos menos um que, por um motivo qualquer de que já não me lembro, não leu a avalanche de e-mails que então caracterizava essas ocasiões.

Conclusão: a malta ficou um bocado com um peso na consciência por causa dessa ausência. Afinal de contas, ele não sabia sequer do jantar, e não teve culpa nenhuma no cartório. É que bastava apenas um telefonemazinho a confirmar a sua presença (uma vez que não chegou qualquer resposta)!, mas isso foi coisa que, na altura, não ocorreu à "organização". Acontece, também.

Desde essa data, devo ser um dos únicos "extraterrestres" que ainda telefona à malta a combinar o que quer que seja. Desculpem lá o "século XX", mas é assim que sou. E como eu é que pago as chamadas... :)

Para ser cem por cento correcto, devo dizer que já tenho recorrido aos e-mails para esse fins. Mas foi apenas em casos pontualíssimos, e sempre seguido dos telefonemas habituais.


Também já tenho pensado no papel da blogosfera neste assunto. É que, por exemplo, alguns dos meus amigos apenas souberam da minha operação à hérnia inguinal aqui pelo blog... Não sei é se este será um bom exemplo para reflectir sobre isto!... :)

Seja como for, e sobre este particular, não tenho uma opinião formada (ainda ando numa fase mais inicial, de análise desta "novidade"...). Acho que voltarei a este tema, qualquer dia.

E, já agora, já pensaram bem nas implicações do tão-na-moda 3G? Com vídeo, e tal... Onde é que começará, aí, a nossa privacidade? :)


Não sei se o preço a pagar por esta "evolução", por este uso (cada vez maior) que estamos a dar a estes meios de comunicação do século XXI - que também estão a crescer e a evoluir a um ritmo impressionante! - não será um bocado elevado...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"Mixed feelings"

Depois da exibição de hoje em Kiev - vitória sobre o Dínamo local por dois a um - , nem sei bem o que pensar do meu Sporting.


É que, afinal de contas, ganhámos! São três pontos muito importantes nesta Liga dos Campeões, que nos dão algum alento para os próximos embates com o AS Roma. E, mais do que três pontos, são uns milhares de Euros que entram. Não é nada mau!

Já repararam como, agora, está na moda dizer-se "a" qualquer-coisa? É "a" AS Roma, "a" União de Leiria... "A" Juventus ainda entendo: é "a" Vecchia Signora, alcunha de muitos anos. Agora os outros? Uma tanga do futebolês, digo eu.

Mas a verdade é que passei a maioria dos noventa e tal minutos que este jogo de Kiev durou crispado, irritado, desiludido, triste e conformado.

Salvou-se a exibição do Stojkovic (excelente!), do Polga, do Tonel, e talvez do Ronny e do Abel (estes uns furos abaixo), e o golo do Polga. De resto, foi mauzinho. É o que eu acho! A segunda parte, então, foi aliviar à toa para o campo defensivo dos ucranianos, e defender, defender, defender.

Queria ver trocas de bola feitas com mais segurança, mais rapidez nas jogadas, chutos prá bancada apenas quando fosse estritamente necessário, pontapés de reposição da bola em jogo pelo guarda-redes feitos com cabecinha. E não vi nada disso.

Vi, mais uma vez, uma grande lentidão na construção de jogo, montes de alívios tipo "chuto prá frente", falta de apoio entre sectores e, muitas vezes, entregas sucessivas de bola ao adversário sem necessidade nenhuma.

Sem, obviamente, querer comparar - tal são as diferenças - as equipas do Mourinho, por ex., muito raramente o fazem. Era das poucas coisas que eu gostava de ver no Chelsea.

Parece que não treinam, caramba! Mesmo que o conjunto dos vinte e tal jogadores seja - ou melhor, "esteja actualmente" desequilibrado (devido, também, às lesões - Pedro Silva, Had, Derlei), não se vê ali nenhum "fio-de-jogo"! Ou vê?

Para ser sincero, das últimas vezes que vi o Sporting jogar, fiquei bastante apreensivo neste particular.

Uma vez que não há dinheiro para comprar jogadores que façam permanentemente a diferença, tem que haver alguma conformação, é certo. Mas acho que se deve exigir mais a esta equipa.

Não sei se o mal é dos jogadores, do treinador, ou de ambos. Sei é que se devia ver mais e melhor. Maior rapidez, melhores trocas de bola e mais garra, pelo menos! Acho que, para isto, não é preciso dinheiro, é preciso treino.

E aquele "losango"... meu Deus! Alguma equipa de renome joga com um sistema de jogo semelhante a este, que se mantém já desde o tempo do Peseiro? Que tal um 4-3-3-? Ou um 4-5-1? Já se viu um 3-5-2, mas apenas em situações de emergência, e que até resultou bem...

(Aqui está, obviamente, o meu lado de treinador de bancada a vir ao de cima. :) Mas, que diabo!, se todo e qualquer bicho-careta pode mandar os seus bitaites, eu também posso, não é verdade?)


Bem, vamos ver o que o futuro nos vai trazer. Acho é que, a continuar assim, não me parece que seja grande coisa...

Estátua, já!


O homem 'tá a defender muito bem. E agora, depois de sei lá já quantos anos a jogar no Sporting, também marca!

E o Dunga, seleccionador do Brasil, quando escolhe jogadores, leva o Gladstone... Não é que este não seja bom mas, com o Polga a jogar assim, não entendo.

Ele é que anda a levar a equipa ao colo, defensivamente. Por vezes com ajudas decisivas dos colegas, claro. Mas, ultimamente, tem sido muito raro falhar.


Para mim, este homem já merece uma estátua. No mínimo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Grandes sons!

Para quem não "acredita" na música actual, experimentem ouvir estas duas canções.

Parece-me que ainda se fazem umas coisas giras por aí... :)